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Fecho dos mercados: China impulsiona matérias-primas. Brent acima de 40 dólares

As bolsas europeias tiveram quedas ligeiras no arranque de uma semana em que todos os olhos estão postos no BCE. Já as matérias-primas tiveram ganhos generosos, beneficiando da expectativa de mais estímulos na China.

07 de Março de 2016 às 17:22
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,45% para 4.928,97 pontos

Stoxx 600 deslizou 0,25% para 340,93 pontos

S&P 500 avança 0,22% para 2.004,37 pontos

"Yield" a dez anos de Portugal sobe quatro pontos base para 3,137%

Euro inalterado em 1,1005 dólares

Brent dispara 4,24% para 40,36 dólares

Bolsas à espera do BCE

O Stoxx Europe desceu 0,25%, com o sector da banca a ser o mais penalizado. Os investidores mostraram alguma cautela nas vésperas da reunião de 10 de Março do BCE, em que o banco central poderá anunciar mais estímulos. O índice que mede o desempenho dos maiores bancos europeus cedeu mais de 1%, pressionado sobretudo pelos bancos italianos. O sector financeiro deste país tem sido afectado pelas preocupações em torno do elevado crédito malparado nos balanços dos bancos. A impedir perdas de maior dimensão estiveram as cotadas do sector mineiro, a beneficiar de uma recuperação nos preços das matérias-primas.

O PSI-20 também não resistiu e interrompeu uma sequência de sete sessões de subidas. Desceu 0,45%. A pesar no comportamento do índice esteve, principalmente, a queda da EDP. A eléctrica desceu 4,41% após uma análise negativa do Société Générale. A Jerónimo Martins também teve comportamento negativo, cedendo 1,81%. A contrariar estas quedas, e contrariamente ao que ocorreu nas bolsas europeias, estiveram as acções da banca. Numa altura em que se discute o futuro do BPI, as acções do banco liderado por Fernando Ulrich ganharam 4,99%. Já o BCP valorizou 2,58%.

Juros sobem em vésperas de leilão de obrigações

As taxas das obrigações portuguesas sobem pela segunda sessão consecutiva. Esta semana, o Estado vai realizar o primeiro leilão de dívida de longo prazo do ano, agendado para quarta-feira, e no final da semana passada a Fitch cortou as perspectivas para o "rating" de Portugal, de positivas para estáveis. A agência manteve a notação em BB+, o primeiro nível de "lixo". A "yield" exigida pelos investidores sobe, esta segunda-feira, quatro pontos base para 3,137%. Já o prémio de risco face à Alemanha aumenta 5,37 pontos base para 291,3 pontos base.

As "yields" das obrigações espanholas também sobem, enquanto as de Itália estão quase inalteradas. No prazo a dez anos, a taxa dos títulos espanhóis aumenta 2,9 pontos base para 1,59%. Já a "yield" das obrigações italianas segue em 1,46%.

Euribor com direcções diferentes

Em semana de reunião do BCE, em que o mercado espera mais medidas, as taxas Euribor deram sinais diferentes. O indexante a três meses desceu 0,001 pontos para -0,216%, um novo mínimo histórico. Já a Euribor a seis meses ficou inalterada em -0,136%, enquanto a taxa a 12 meses subiu 0,004 pontos para -0,024%.

Euro mantém fasquia de 1,10 dólares

A moeda única até esteve a perder face ao dólar durante grande parte da sessão, mas segue inalterada em 1,10 dólares. Isto poucos dias antes da reunião do BCE, em que o mercado espera que sejam anunciados mais estímulos monetários. Os analistas do ABN Amro, citados pela Bloomberg, esperam um pacote agressivo de novas medidas e defendem que isso irá pressionar o euro, antecipando que a moeda única desça para 1,05 dólares.

Brent tocou nos 40 dólares

Os preços do petróleo continuam a recuperar e o Brent ultrapassou a fasquia de 40 dólares pela primeira vez este ano. A impulsionar os preços está a divulgação dos dados da produção nos EUA, publicados na última sessão. A produção dos EUA recuou para o valor mais baixo desde 2014 e os poços activos caíram para um mínimo de Dezembro de 2009. Além disso, o mercado de matérias-primas aparenta ter reagido positivamente às indicações de mais estímulos na China. O Brent segue a subir 4,26% para 40,37 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, avança 4,23% para 37,44 dólares.

Minério de ferro com subida recorde

O minério de ferro disparou 19% esta segunda-feira para 63,74 dólares por tonelada métrica, no mercado chinês. É a maior subida diária desde, pelo menos, 2009, data dos primeiros dados diários da Metal Bulletin, citados pela Bloomberg.  Isto depois do governo chinês ter sinalizado mais medidas de estímulos para conseguir uma taxa de crescimento de entre 6,5% e 7%. Outras matérias-primas industriais, como o cobre e o níquel, por exemplo, ganham mais de 3%.

Destaques do dia

BCE já gastou 600 mil milhões nas compras de activos públicos. A instituição monetária da Zona Euro voltou a cumprir o objectivo mensal. Comprou mais de 62 mil milhões de euros em activos, tendo atingido o valor mais elevado de sempre em dívida portuguesa.

Petróleo sobe para 40 dólares em Londres. O petróleo tocou nos 40 dólares por barril, em Londres, pela primeira vez este ano. A redução da produção e dos poços activos nos EUA está a impulsionar a negociação.

BIS alerta para riscos de taxas ainda mais negativas. Apesar de não identificar, por agora, grandes deturpações no mercado, a instituição sediada na Suíça questiona os potenciais riscos de taxas ainda mais negativas. Principalmente no que toca às instituições financeiras. Certo é que, explica, os benefícios ainda estão por provar.

Société Générale corta avaliação da EDP em 19% e recomenda "vender". O banco francês considera que as expectativas do mercado em relação aos resultados de 2016 e 2017 da eléctrica são "demasiado elevadas". Sustentabilidade dos dividendos está "em dúvida". Acções caem mais de 3%.

Acções da FCC disparam mais de 15% após OPA de Slim. O milionário mexicano Carlos Slim lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre 100% do capital da construtora espanhola, cujos títulos chegaram a disparar quase 17% esta manhã.

O que vai acontecer amanhã

Portugal

O Banco de Portugal divulga as estatísticas de instituições financeiras monetárias, referentes a Janeiro.

Europa

Reunião dos ministros da Economia e Finanças da União Europeia, em Bruxelas.

Divulgação do PIB da Zona Euro no quarto trimestre.

São revelados os dados da produção industrial na Alemanha, referentes a Janeiro.

EUA

A Administração de Informação de Energia dos EUA publica o relatório de previsões de curto prazo para o petróleo.

China

São divulgados os dados da balança comercial, referentes a Fevereiro.

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