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Fecho dos mercados: Bolsas recuam, euro avança e petróleo volta a disparar

As principais praças europeias fecharam esta segunda-feira em queda. Um desempenho que levou o Stoxx 600 a registar o pior mês desde 2011. Já a moeda única avança para valer mais de 1,12 dólares, graças aos dados da inflação na Zona Euro. Ao mesmo tempo, o petróleo está de novo a disparar, após uma comunicação da OPEP.

Bloomberg
31 de Agosto de 2015 às 17:24
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Os mercados em números

PSI-20 desvalorizou 0,36% para 5.286,23 pontos

Stoxx 600 caiu 0,13% para 362,79 pontos

S&P 500 desce 0,41% para 1.980,91 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal avançou 5,2 pontos base para 2,655%

Euro valoriza 0,17% para 1,1205 dólares

Petróleo sobe 4,88% para 52,49 dólares por barril, em Londres


Bolsas europeias encerram em queda

As principais bolsas europeias encerraram em queda esta segunda-feira. Numa sessão em que a praça de Londres esteve encerrada devido a um feriado, o Stoxx 600, índice europeu de referência, caiu 0,13% para 362,79 pontos, acumulando uma queda de 8,47% em Agosto. Este foi o pior desempenho mensal do índice desde 2011, pressionado pelos receios em torno da subida dos juros nos EUA e pela turbulência na China. A maior queda foi do grego FTASE, que recuou 2,12% para 182,72 pontos, logo seguido pela queda de 1,91% do espanhol IBEX para 10.259,0 pontos. Ainda em destaque nas quedas esteve o alemão DAX, que encerrou a cair 0,38% para 10.259,46 pontos.

Por cá, o PSI-20 perdeu 0,47% para 5.261,15 pontos. Uma sessão na qual a bolsa de Lisboa foi pressionada pelos desempenhos da Jerónimo Martins e do BCP, sendo que apenas cinco cotadas valorizaram. A retalhista recuou 1,36% para 12,354 euros, ao passo que os títulos do banco liderado por Nuno Amado caíram 1,72% para 6,3 cêntimos. Ainda a pressionar o índice esteve a Galp Energia, cujas acções desvalorizaram 1,16% para 9,397 euros.

Juros da dívida regressam às quedas

Após três sessões consecutivas a recuar, os juros da dívida soberana portuguesa voltaram às subidas esta segunda-feira. A taxa de juro das obrigações a 10 anos avançou 5,2 pontos base para 2,655%. Um desempenho seguido por Espanha e Itália, cujas "yields" subiram, respectivamente, 4,5 pontos para 2,109% e 4,3 para 1,962%. Também a taxa de juro da dívida alemã a 10 anos subiu, desta feita 5,6 pontos para 0,798%. Um desempenho que levou o "spread" de Portugal a cair para 185,6 pontos.

 

Euribor a três meses mantém-se em mínimo histórico

A taxa Euribor voltou a ficar inalterada esta segunda-feira. O indexante manteve-se, assim, em -0,033%, o actual mínimo histórico. Já a Euribor a seis meses, o indexante mais utilizado em Portugal no crédito à habitação, voltou a cair para 0,039%, face aos 0,040% registados na última sexta-feira. A acompanhar esta tendência esteve a taxa de juro a 12 meses, que passou de 0,161% para 0,160%.

 

Euro recupera após quatro sessões em queda

A moeda única regressou aos ganhos esta segunda-feira. Após quatro sessões a desvalorizar, o euro está de novo a negociar acima de 1,12 dólares. Sobe por esta altura 0,17% para 1,1205 dólares, tendo tocado num máximo de 1,1262 dólares. A impulsionar a moeda única estão os dados da inflação na Zona Euro. A média das estimativas dos analistas previa que os preços tivessem crescido na região apenas 0,1% em Agosto. Mas os dados divulgados pelo Eurostat revelaram uma subida de 0,2%, o mesmo registado no passado mês de Julho.

 

Petróleo inverte e volta a negociar acima dos 50 dólares

Após duas sessões consecutivas de fortes ganhos, o petróleo voltou às quedas esta segunda-feira, com o Brent a negociar abaixo dos 50 dólares. Mas o boletim mensal da OPEP a meio da tarde levou a uma inversão da tendência. O organização informou que está disponível para consertar, com outros países produtores de petróleo, um preço justo para a matéria-prima. Este desenvolvimento é uma clara inversão da posição da OPEP até agora, cujos países estavam a apostar na maior produção para defender a quota de mercado. Em reacção, o Brent, negociado em Londres, passou das quedas para valorizar, actualmente, 4,88% para 52,49 dólares por barril. Já o WTI, em Nova Iorque, sobe agora 5,04% para 47,50 dólares.

Cobre a caminho do quarto mês consecutivo de perdas

A matéria-prima está de novo a cair esta segunda-feira. Após duas sessões a recuar, o cobre está agora a cair 0,38% para 2,337 dólares por dólares por libra-peso. A terminar assim a sessão, o metal registará o quarto mês consecutivo de perdas. Um desempenho que tem sido espoletado pelo abrandamento económico da China, cujos indicadores económicos têm revelado consecutivos sinais de deterioração.

 

Destaques do dia

A um dia do fim do mês, BCE prepara-se para falhar objectivo de compra de activos. As compras de activos voltaram a registar valores muito reduzidos. Uma evolução que torna a tarefa do BCE, de alcançar a meta mensal de 60 mil milhões, quase impossível. O risco é que nem as compras em excesso dos meses anteriores consigam equilibrar a quebra em Agosto.

 

FT: China termina programa de compra de acções em grande escala. A China irá terminar o programa de compra de acções em grande quantidade para recuperar a bolsa e acentuar a investigação e consequente acusação dos responsáveis pela desestabilização do mercado, avança o Financial Times.

 

Lisboa promete ganhos após mês negro de AgostoA bolsa portuguesa acompanhou o desaire das praças mundiais, em Agosto. Cai mais de 7,5%. Mas, ao contrário do que acontece com outros mercados, garante retornos de dois dígitos no ano. Ganhos que ainda podem crescer até ao final do ano.

 

Quais as perspectivas para a bolsa de Lisboa? A bolsa de Lisboa acompanhou o desaire das praças mundiais registado em Agosto. Mas no conjunto do ano ainda está a subir e os analistas acreditam que os ganhos ainda podem crescer. O Negócios explica o que tem impacto na bolsa nacional.

Miguel Gomes da Silva: "As eleições podem ser um factor de risco para a bolsa". Apesar da incerteza em relação à economia chinesa, Miguel Gomes da Silva continua optimista para a bolsa portuguesa. O responsável pela sala de mercados do Montepio identifica oportunidades nas empresas que foram contagiadas pela maré negativa, mas antevê riscos em Lisboa. Essencialmente devido ao aproximar das eleições legislativas.


Ameaça chinesa dita saída recorde de dinheiro das acçõesA crise chinesa ditou uma onda de resgates histórica nos fundos de acções mundiais, numa semana frenética nas bolsas. Apenas num dia os investidores tiraram 19 mil milhões de dólares destes produtos.

Quatro executivos da maior corretora chinesa foram detidos. A China, que na semana passada iniciou investigações a empresas de corretagem por eventuais irregularidades durante as recentes quedas das bolsistas, já realizou detenções. Quatro executivos da maior corretora chinesa estão detidos.

O que vai acontecer esta terça-feira
 

Estatísticas de crédito do Banco de Portugal – O regulador nacional divulga as estatísticas da central de responsabilidades de crédito, relativas a Julho.

Assembleia-geral da Oi – A empresa de telecomunicações brasileira realiza uma assembleia-geral para decidir a reorganização societária e a nova administração.

Desemprego na Zona Euro – O Eurostat publica a taxa de desemprego, relativa a Agosto [anterior: 11,1%; estimativa: 11,0%].

 

PIB de Itália – É conhecida a evolução da economia italiana, durante o segundo trimestre.

Desemprego na Alemanha – É divulgada a taxa de desemprego na Alemanha, relativa ao mês de Agosto.

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