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Fecho dos mercados: Bolsas no “vermelho”. Petróleo afunda para mínimos de 2008

As bolsas europeias recuaram mais de 2% na última sessão da semana. O Brent transacciona abaixo dos 48 dólares, em mínimos de 2008. O euro valoriza e os juros nacionais sobem em contra-ciclo.

Bloomberg
11 de Dezembro de 2015 às 17:28
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 1,66% para 5.086,23 pontos

Stoxx 600 caiu 2,04% para 355,79 pontos

S&P 500 desvaloriza 1,31% para 2025,32 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal avança 1,6 pontos base para 2,451%

Euro avança 0,56% para 1,1003 dólares

Petróleo cai 4,56% para 37,92 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias recuam

As principais bolsas europeias encerraram em queda na última sessão da semana. O Stoxx 600 recuou 2,04% para 355,79 pontos, elevando para 3,99% a queda semanal (a maior desde Agosto). As fabricantes automóveis e as mineiras lideraram as perdas na sessão desta sexta-feira. Entre as principais praças europeias, a bolsa alemã foi a que mais recuou, ao cair 2,44%, seguida por Amsterdão, que perdeu 2,00%. Pela positiva, destacou-se a Grécia que perdeu ligeiros 0,08%.

 

Em Lisboa, o PSI-20 recuou 1,66% para 5.086,23 pontos, o valor mais baixo desde 30 de Setembro. A penalizar o desempenho da bolsa nacional esteve a Galp, que caiu 3,14% para 9,739 euros, acompanhando a tendência negativa nos preços do petróleo.

 

Juros portugueses sobem em contra-ciclo

Os juros da dívida portuguesa avançaram, ao contrário da tendência registada na maioria dos países da Zona Euro. A "yield" das obrigações nacionais a 10 anos, considerada a maturidade de referência, avançou 1,6 pontos base para 2,451%. Os juros das obrigações a 10 anos em Espanha avançaram 0,4 pontos para 1,624 pontos. Pelo contrário, os juros das "bunds" alemãs caíram 2,8 pontos para 0,540%, elevando o prémio de risco pago pelos investidores para apostar na dívida alemã em detrimento da dívida portuguesa para 191,1 pontos.

  

Euribor a três meses fixa novo mínimo histórico

As taxas Euribor a três, seis, nove e 12 meses recuaram esta sexta-feira, face à sessão anterior. A Euribor a três meses caiu para -0,128%, fixando um novo mínimo histórico. A taxa a seis meses recuou para -0,038%, ainda assim acima do actual mínimo histórico de -0,051%. A Euribor a 9 meses, que fixou valores negativos pela primeira vez a 27 de Novembro, recuou para 0,009%. A 12 meses a taxa desceu de 0,064% para 0,063%.

 

Euro valoriza para 1,10 dólares

O euro está a valorizar 0,56% para 1,1003 dólares, após ter recuado na sessão anterior. Ainda assim, avançou 1,09% esta semana, corrigindo da anterior queda motivada pela expectativa de estímulos do BCE com maior impacto. A reunião da Reserva Federal dos EUA, que irá decorrer na próxima semana, também tem pesado na negociação cambial.

 

Brent abaixo dos 38 dólares

O petróleo está a afundar, na sessão em que a Agência Internacional de Energia divulgou no relatório mensal uma previsão de continuação do excedente de matéria-prima até ao final do próximo ano. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, desvaloriza 4,56% para 37,92 dólares por barril, um mínimo de 31 de Dezembro de 2008. Recua pela sexta sessão consecutiva, elevando para 11,84%, a perda na semana.

 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a recuar 2,58% para 35,81 dólares por barril, elevando a queda semanal para 10,38%. Chegou a negociar nos 35,67 dólares por barril, o valor mais baixo desde 2009.

 

Minério de ferro recua pela nona semana

O minério de ferro desvaloriza 0,57% para 38,30 dólares por tonelada métrica, elevando para 4,3% a queda semanal. Esta é a sétima semana consecutiva de perdas, a série negativa mais longa do metal desde 2008. O minério recua 46% este ano, pressionado pelo aumento da produção, principalmente no Brasil e Austrália, e pela perspectiva de um abrandamento do consumo na China.

 

Destaques do dia

 

Petróleo recua para novos mínimos de sete anos. A matéria-prima está a negociar abaixo dos 39 dólares depois da Agência Internacional de Energia (AIE) estimar um recuo na procura e uma produção excedentária no próximo ano, na sequência da decisão da OPEP em manter os actuais níveis de produção.

 

AIE: Excesso de petróleo deverá manter-se até ao final de 2016. Com o fim dos limites de produção da OPEP, o mercado deverá continuar fortemente excedentário no próximo ano. Até porque os baixos preços vão afectar a produção de outros países. Mas a procura também deverá diminuir.

 

IGCP emite até 1.000 milhões no último leilão do ano. O Tesouro confirmou o previsto no programa de financiamento do trimestre: o último leilão de dívida de curto prazo do ano irá ocorrer na próxima semana. O instituto liderado por Cristina Casalinho irá colocar títulos a três e 11 meses

 

Banif avança com venda formal da posição do Estado. O Estado tem 60% do Banif e a instituição liderada por Jorge Tomé vai iniciar, pela primeira vez, de forma formal o processo de venda. O Negócios explica o que está a avançar.

 

DuPont e Dow Chemical unem-se para criar um gigante no sector químico. A DowDuPont terá uma capitalização bolsista de 130 mil milhões de dólares e será uma das maiores empresas do sector. 

 

O que vai acontecer segunda-feira

 

Mario Draghi discursa. O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, abre a semana com um discurso em Bolonha, Itália. O responsável pela política monetária na Zona Euro deverá explicar o reforço dos estímulos à economia, aprovado na última reunião do BCE.

 

Produção industrial na Zona Euro. O Eurostat divulga a evolução da produção industrial, em Outubro. Os economistas consultados pela Bloomberg estimam uma taxa de 1,2%.

 

Estatísticas do INE. O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica dados dos serviços, em Outubro, e da agricultura, em 2015.

 

Inflação nos EUA. Será conhecido o índice de preços no consumidor, nos EUA, em Novembro, na sessão antes de começar a reunião de dois dias da Reserva Federal. 

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