Notícia
Fecho dos mercados: Bolsas europeias mistas. Petróleo, juros e euro sobem.
A principais bolsas europeias oscilaram, registando maioritariamente ganhos inferiores a 1%, numa sessão com menor volume de negociação. O petróleo sobe mais de 1% em Nova Iorque, ultrapassando o valor do Brent.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,48% para 5.259,23 pontos
Stoxx 600 caiu 0,08% para 356,23 pontos
S&P 500 valoriza 0,43% para 2029,93 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal avança 1,7 pontos base para 2,522%
Euro avança 0,59% para 1,0979 dólares
Petróleo sobe 0,11% para 36,39 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias oscilam
As principais bolsas europeias oscilaram entre perdas e ganhos ligeiros durante a sessão, encerrando maioritariamente em "terreno" positivo, numa altura que há menos investidores no mercado, devido ao período de Natal. Contudo, o Stoxx 600, que reúne as 600 maiores cotadas europeias, recuou 0,08% para 356,23 pontos. As petrolíferas travaram uma queda maior no índice europeu, numa sessão em que o petróleo está a valorizar. O Ibex 35 avançou 0,4%, após ter caído mais de 3%, na sessão anterior, com o impasse que surgiu dos resultados eleitorais. Os índices de referência da Alemanha, Itália e Grécia recuaram.
Em Lisboa, o PSI-20 valorizou 0,48% para 5.259,23 pontos, impulsionada principalmente pela Galp Energia. A petrolífera avançou 2,13% para 10,29 euros, numa sessão em que o petróleo está a recuperar de mínimos de 11 anos. A Jerónimo Martins e o BCP também contribuíram para a subida do índice de referência nacional. A retalhista valorizou 1,24% para 11,80 euros e o banco avançou 2,18% para 0,0515 euros.
Juros sobem. Prémio de risco diminui
Os juros da dívida portuguesa avançaram pela segunda sessão consecutiva, acompanhando a tendência da maioria dos países da Zona Euro. A "yield" das obrigações nacionais a 10 anos, considerada a maturidade de referência, subiu 1,7 pontos base para 2,522%. Em Espanha os juros subiram 1,8 pontos base para 1,793%. Os juros das "bunds" alemãs avançaram apenas 0,3 pontos base para 0,551%, fazendo subir o prémio de risco que os investidores pagam para apostar na dívida portuguesa em detrimento da alemã para 195,4 pontos.
Euribor a três meses recua
A Euribor a três meses recuou de -0,130% para -0,131%, ainda acima do actual mínimo histórico de -0,133%, fixado na quarta-feira, dia 16 de Dezembro. A taxa a seis meses, o indexante mais utilizado no crédito à habitação em Portugal, manteve-se inalterada, pela sexta sessão consecutiva, em -0,041%. Mantém-se também acima do actual mínimo histórico de -0,051%, fixado a 3 de Dezembro. A Euribor a nove meses avançou de 0,002% para 0,003%. A taxa a 12 meses caiu de 0,061% para 0,060%.
Euro avança pela terceira sessão
O euro está a valorizar 0,59% para 1,0979 dólares, pela terceira sessão consecutiva. A perspectiva de uma subida gradual dos juros nos EUA durante o próximo ano, que pode ainda ser ameaçada pelo abrandamento da economia global, tem penalizado o dólar e impulsionado a moeda única.
WTI mais caro do que o Brent
O petróleo está a valorizar, após as fortes quedas registadas na sessão anterior, que levaram o Brent a tocar em mínimos de mais de 11 anos. O petróleo negociado em Londres, que serve de referência para a Europa, está a valorizar 0,11% para 36,39 dólares por barril. Na segunda-feira, tocou nos 36,04 dólares por barril durante a sessão, o valor mais baixo desde 2 de Julho de 2004.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, regista uma subida mais acentuada, de 1,65% para 36,40 dólares por barril, ultrapassando assim o valor do Brent, pela primeira vez desde Janeiro. O fim do embargo às exportações nos EUA tem diminuído a diferença entre o valor do Brent e WTI nas últimas sessões, ao impulsionar os preços do petróleo transaccionado em Nova Iorque e pressionar o petróleo negociado em Londres.
Cacau recua pela sexta sessão
O cacau para entrega em Março está a desvalorizar 1,42% para 3.193 dólares por tonelada métrica, pela sexta sessão consecutiva. Esta é a maior série de quedas desde Outubro. O cacau é uma das poucas matérias-primas agrícolas com saldo positivo este ano, provocado pela projecção de um défice na oferta, pelos analistas.
Destaques do dia
O que acontece a quem tem acções do Banif? Os títulos do banco estão suspensos de negociação por determinação do regulador do mercado de capitais, a CMVM. A Euronext expulsou-os do PSI-20. Dificilmente haverá dinheiro para recuperar, mesmo uma pequena parte, do que foi investido no Banif.
PCP: "Não podemos gastar este dinheiro todo e entregar o Banif a um privado estrangeiro". João Oliveira explica voto contra o Orçamento Rectificativo do PS e diz que a solução estaria na integração do Banif na CGD e no controlo público da banca.
Conselho de Administração do Banif demarca-se da solução encontrada para o banco. O Conselho de Administração do Banif demarca-se, numa carta enviada aos colaboradores, da solução encontrada de venda do banco ao Santander, alegando que "não foi ouvido nem incluído nas negociações" desenvolvidas pelas autoridades.
Dívida pública abaixo dos 230 mil milhões de euros. Depois de três meses seguidos de aumentos, a dívida pública voltou a descer em Outubro, regressando a níveis abaixo de 230 mil milhões de euros, de acordo com os dados do Banco de Portugal.
O que vai acontecer amanhã
Síntese da execução orçamental. A Direcção Geral do Orçamento (DGO) publica a síntese da execução orçamental relativa a Novembro.
Estatísticas do INE. O INE publica o inquérito à avaliação bancária na habitação, em Novembro, assim como as contas nacionais trimestrais, por sector institucional, referentes ao terceiro trimestre.
PIB da França e Reino Unido. O Reino Unido e a França publicam a evolução do PIB, no terceiro trimestre. A economia britânica deverá ter crescido 2,3%, enquanto que o PIB da França deverá ter subido 1,2%, de acordo com as estimativas médias dos economistas consultados pela Bloomberg.
EUA divulgam reservas petrolíferas. A Administração de Informação de Energia dos EUA publica o relatório semanal sobre os inventários de produtos petrolíferos.