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Fecho dos mercados: Bolsas com fortes ganhos, euro e juros em queda
Após duas sessões de quedas, as principais praças europeias registaram valorizações expressivas. Lisboa liderou os ganhos entre as congéneres do Velho Continente, num dia em que o euro caiu e os juros da dívida recuaram.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 3,08% para 5.047,29 pontos
Stoxx 600 ganhou 2,52% para 347,77 pontos
S&P 500 valoriza 1,19% para 1.906,63 pontos
"Yield" 10 anos de Portugal recuou 3,1 pontos base para 2,394%
Euro desvaloriza 0,73% para 1,1167 dólares
Petróleo avança 0,75% para 48,59 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias regressam aos ganhos
As principais praças do Velho Continente regressaram aos ganhos esta quarta-feira, após duas sessões consecutivas de perdas. Apesar dos piores dados em relação à economia europeia, os analistas consultados pela Bloomberg apontam que, o facto de este ser o pior trimestre desde 2011, já reflecte as piores expectativas. O STOXX 600, índice europeu de referência, valorizou 2,52% para 347,77 pontos, numa sessão em que o italiano FTSE MIB valorizou 2,74% para 21.294,98. Já o britânico Ftoosie avançou2,58% para 6.061,61 pontos.
Mas a liderar os ganhos esteve mesmo a bolsa de Lisboa, o PSI-20 valorizou 3,08% para 5.047,29 pontos, impulsionado pelos desempenhos da Jerónimo Martins e da Galp Energia. A retalhista nacional encerrou a disparar 7,16% para 12,045 euros, ao passo que a petrolífera subiu 3,53% para 8,799 euros. Em destaque esteve ainda a Sonae, que que avançou 3,68% para 1,10 euros.
Juros recuam pela sexta sessão
Os juros da dívida soberana portuguesa estão novamente em queda. A taxa das obrigações a 10 anos recuou 3,1 pontos base para 2,394%, naquela que é a sexta sessão consecutiva de quedas. Em sentido contrário estiveram as "yields" de Espanha e Itália, que avançaram, respectivamente, 0,2 pontos para 1,892% e 1,1 pontos para 1,725%. Já a taxa da dívida alemã na mesma maturidade subiu 0,4 pontos para 0,587%, o que levou o "spread" de Portugal a cair para 180,6 pontos.
Euribor a 12 meses renova mínimo histórico
A Euribor a 12 meses voltou a cair esta quarta-feira, atingindo assim um novo mínimo histórico. A taxa caiu de 0,143% para 0,142%. Já a Euribor a três meses subiu de -0,041% para -0,040%, afastando-se do calor mais baixo de sempre. Por outro lado, a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal no crédito à habitação, manteve-se em 0,029%, o actual mínimo histórico.
Inflação negativa pressiona euro
Após duas sessões a valorizar, a moeda única está a negociar em "terreno" negativo esta quarta-feira. O euro perde 0,73% para 1,1167 dólares, tendo chegado a perder um máximo de 0,81%. A pressionar a moeda está a inflação na Zona Euro. O Eurostat anunciou que a evolução dos preços na região foi negativa em Agosto, já que caíram 0,1%.
Petróleo sobe apesar de aumento das reservas
Os preços do petróleo estão a negociar em alta esta quarta-feira, tal como aconteceu na sessão anterior. O Brent, negociado em londres, avança 0,75% para 48,59 dólares por barril, ao passo que o WTI, em Nova Iorque, ganha 0,44% para 45,45 dólares. Isto apesar de as reservas de crude nos EUA terem voltado a aumentar na última semana, contrariando as expectativas dos analistas. Segundo a Agência Internacional de Energia, os inventários aumentaram em 3,95 milhões de barris.
Ouro regista maior série de quedas desde 1997
Pela quarta sessão consecutiva, a cotação do ouro está em queda nos mercados. O metal precioso recua 1,08% para 1.115,17 dólares por onça, tendo chegado a perder um máximo de 1,38%. O ouro está a ser pressionado pelos bons dados do mercado laboral norte-americano, que reduzem a procura dos investidores por um activo de refúgio. A confirmar-se a queda nesta sessão, este será o quinto trimestre de quedas para o ouro e, diz a Bloomberg, a maior série de desvalorizações trimestrais desde 1997.
Destaques do dia
Pode a taxa negativa chegar aos créditos com Euribor a seis meses? A pergunta coloca-se porque a taxa a seis meses é o indexante mais utilizado no cálculo dos créditos à habitação.
DBRS coloca BCP e Montepio no "lixo". A agência de notação financeira cortou em um nível as classificações de risco do Banco Comercial Português e da Caixa Económica Montepio Geral.
O que está a pressionar as acções do BCP? As acções do BCP têm desvalorizado ao longo deste ano. O Negócios explica o que tem pressionado a cotação do banco liderado por Nuno Amado.
BCP e o cocktail explosivo. Novo Banco, Polónia, Angola e reembolso da ajuda estatal são elementos que continuam a causar preocupação aos investidores.
Enel vende todos os parques eólicos em Portugal a gestora de activos australiana por 900 milhões. Com a venda da Finerge, a Enel vai abandonar o mercado português para aproveitar países com "maior potencial de desenvolvimento". Entra a First State Investments, que pertence ao Commonwealth Bank of Australia.
Compra de acções próprias alimenta ideia de que Mota-Engil África vai ser retirada de bolsa. A cotada africana do grupo Mota-Engil poderá estar de saída do mercado regulamentado. Uma ideia que é alimentada pelo reforço da carteira de acções próprias.
O que vai acontecer quinta-feira
Zona Euro. Índice de produção industrial, em Agosto [anterior: -2,5% homóloga; estimativa -2,1%].
Zona Euro. Índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas no Comércio a Retalho, em Agosto.
EUA. Índice PMI da Markit, que mede a actividade industrial, em Setembro (final) [anterior: 53,0; estimativa: 53,0 pontos].
China. Índice PMI, que mede a actividade industrial, em Setembro [anterior: 53,5 pontos].