Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,16% para 5848,66 pontos

Stoxx 600 subiu 0,57% para 393,00 pontos

S&P 500 valoriza 0,27% para 2110,85 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 7,8 pontos base para 2,897%

Euro recua 0,77% para 1,1237 dólares

Petróleo desvaloriza 1,25% para 64,88 dólares por barril

Galp e Nós impulsionam bolsa de Lisboa

A bolsa de Lisboa avançou esta quinta-feira 1,16%, acompanhando a tendência de ganhos das principais praças europeias, com os investidores à espera da concretização de um acordo com a Grécia. A bolsa grega destacou-se ao subir 9%, antes de ser noticiado que o FMI abandonou as negociações com o governo grego sem chegar a acordo. Em Lisboa, a Galp e a Nos impulsionaram a subida do PSI-20. A Galp avançou 2,74% para 11,25 euros e a Nos valorizou 2,00% para 6,798 euros. A EDP, BCP e retalhistas também contribuíram para a subida do índice.

Juros recuam na Europa

Os juros da dívida portuguesa caíram esta quinta-feira, acompanhando a tendência da Zona Euro. A "yield" das obrigações nacionais a 10 anos recuou 7,8 pontos base para 2,897%. Uma descida menos acentuada do que a registada nas "bunds" alemãs, fazendo aumentar o "spread" para 201,1 pontos base.

Euribor inalterada em mínimo histórico

A Euribor a três meses ficou esta quinta-feira inalterada no actual mínimo histórico, atingido pela primeira vez na semana passada. A taxa fixou-se em -0,014% pela segunda sessão consecutiva. Este importante indexante nos créditos à habitação em Portugal tem renovado mínimos históricos na sequência da política monetária do BCE.

Euro corrige com tensão na Grécia

O euro está a recuar esta quinta-feira, corrigindo a subida da sessão anterior, em que ultrapassou a fasquia dos 1,13 dólares. A moeda única desvaloriza 0,77% para 1,1237 dólares, numa altura em que as atenções estão voltadas para a saída da equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) das negociações com a Grécia, devido a "grandes diferenças", de acordo com o porta-voz do FMI.

OPEP pressiona petróleo

O Brent negociado em Londres está a recuar 1,25% para 64,88 dólares, após a Agência Internacional de Energia (AIE) ter afirmado que a recuperação dos preços está ameaçada pelo nível recorde de produção dos principais produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em Maio. A importação de crude iraniano subiu para o valor máximo desde Junho de 2012, revelou também a agência, numa altura em que o mercado se prepara para a possibilidade do Irão aumentar a produção em um milhão de barris diários.

Café mais barato

O preço do café está a recuar 2,81% para 1,347 dólares por libra-peso. A matéria-prima estava a ser pressionada pelas condições meteorológicas que estavam a dificultar as colheitas no Brasil e Vietname, osmaiores produtores mundiais de arábica e robusta, respectivamente. As previsões meteorológicas para os próximos dias, favoráveis à colheita do café – com tempo seco no Brasil e chuviscos no Vietname – estão a fazer cair os preços, ao aumentar a oferta.

Destaques do dia

Troca de dívida permite ao BCP aumentar capital em 404 milhões de euros. Os investidores aceitaram trocar mais de 75% dos títulos de dívida emitidos pelo banco por novas acções, permitindo ao BCP avançar com um aumento de capital num valor que supera os 400 milhões de euros.

Equipa do FMI abandona negociações com Atenas por existirem "grandes diferenças". "Existem grandes diferenças entre nós [FMI e Governo grego] na maioria das áreas-chave. Não houve qualquer progresso na redução dessas diferenças, recentemente", afirmou o porta-voz do FMI, para justificar a retirada da equipa negocial da instituição.

Bolsa grega dispara 9% e juros a dois anos afundam 150 pontos. A expectativa de que a Grécia chegará a um acordo com os credores antes do Eurogrupo de 18 de Junho levou a bolsa de Atenas a valorizar 8,93%. Os bancos registaram as maiores subidas - como o Piraeus Bank, que disparou 20,35%.

O que vai acontecer amanhã

Zona Euro. Produção industrial, em Abril [anterior: -0,3% ; estimativa: 0,4%]

EUA. Índice de preços na produção, em Maio [anterior (homólogo): -1,3% ; estimativa: -1,1%]

EUA. Indicador de confiança da Universidade do Michigan, em Maio [anterior: 90,7 pontos ; estimativa: 91,0 pontos]