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Fecho dos mercados: Banca puxa pelas bolsas europeias. Juros e petróleo recuam

As bolsas europeias avançaram pela primeira vez em três sessões, impulsionadas pelas subidas na banca e energia. Os juros da dívida portuguesa aliviaram 13 pontos base. O petróleo está a desvalorizar.

Bloomberg
25 de Fevereiro de 2016 às 17:29
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,55% para 4.661,93 pontos

Stoxx 600 subiu 1,97% para 326,54 pontos

S&P 500 valoriza 0,05% para 1930,75 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desce 13,4 pontos base para 3,331%

Euro avança 0,12% para 1,1027 dólares

Petróleo cai 0,93% para 34,09 dólares por barril, em Londres

 

Banca puxa pelas acções europeias

As bolsas europeias avançaram esta quinta-feira, após duas sessões em queda. O Stoxx 600 subiu 1,97% para 326,54 pontos, impulsionado principalmente pela banca e pela energia. O Lloyds anunciou uma subida de 5% nos lucros do ano passado e revelou que vai distribuir mais de dois mil milhões de libras em dividendos, levando as acções a disparar 12%, puxando pelo sector. A Total e a Shell, que valorizaram em contraciclo com os preços do petróleo, também puxaram pelo Stoxx 600. Entre as principais praças europeias, Madrid destacou-se com uma subida de 2,52%, seguida por Londres, que ganhou 2,48%.

A bolsa de Lisboa acompanhou a tendência de ganhos. O PSI-20 subiu 1,55% para 4.661,93 pontos, com 14 cotadas a subir e três em queda. A Jerónimo Martins e a EDP foram as principais responsáveis pelo desempenho do índice de referência nacional. A retalhista ganhou 2,53% para 12,945 euros e a eléctrica valorizou 2,61% para 2,875 euros. Pela negativa destacou-se a Pharol que afundou 12,88% para 20,3 cêntimos, depois de a TIM ter informado que o fundo russo Letter One não quer avançar com uma fusão com a Oi.

Juros afundam em sessão de recompra

Os juros da dívida portuguesa aliviaram esta quinta-feira, acompanhando a tendência da Zona Euro. A "yield" das obrigações portuguesas a 10 anos caiu 13,4 pontos base para 3,331%, uma queda mais expressiva do que a registada pelas pares. A "yield" espanhola recuou 1,7 pontos base para 1,607%. As obrigações alemãs caíram 1,6 pontos base para 0,138%, aliviando o prémio de risco para 319,4 pontos.

O Estado português realizou esta quinta-feira um leilão de recompra de 1.075 milhões de euros de obrigações. O preço da operação ficou em linha com os praticados em mercado secundário e os valores da recompra foram os esperados pelos analistas.

Taxas Euribor ficam inalteradas

As taxas Euribor ficaram inalteradas esta quinta-feira, nos prazos a três, seis, nove e 12 meses. A Euribor a três meses manteve-se em -0,201%, o actual mínimo histórico, fixado pela primeira vez na sessão anterior. A taxa a seis meses ficou inalterada em -0,128%, também o valor mais baixo de sempre, atingido na quarta-feira. No prazo a 9 meses, o indexante manteve-se nos -0,072%. A Euribor a 12 meses ficou inalterada em -0,015%, ainda acima do mínimo histórico de -0,018%.

 

Real sobe com fragilidade política

O real está a valorizar, impulsionado pela expectativa de uma mudança política. O aumento da contestação à liderança de Dilma Rousseff pela oposição, pedindo a sua demissão, está a motivar a valorização da moeda, que sobe 0,59% para 0,2541 dólares, ou seja um dólar equivale a 3,94 reais. Chegou a subir um máximo de 0,91%. "Quanto mais vulnerável fica o governo, melhor reagem os activos brasileiros", diz João Paulo Gracia Correa, da SLW Corretora de Valores, à Bloomberg.

Excesso de oferta penaliza petróleo

O petróleo está a desvalorizar, após ter subido para máximos de três semanas na sessão anterior. O excesso de oferta de matéria-prima continua a pressionar a negociação. Os inventários nos EUA voltaram a aumentar na semana passada, totalizando 507,6 milhões de barris, o valor mais elevado desde que há registos. Por outro lado, as declarações dos ministros que tutelam a exploração de petróleo nos maiores exportadores mundiais afastam a probabilidade da redução do excesso de oferta. Assim, o Brent, negociado em Londres, segue a cair 0,93% para 34,09 dólares por barril. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 1,59% para 31,64 dólares.

 

Ouro avança pela terceira sessão

As incertezas dos investidores em torno do crescimento da economia, reforçadas pela queda do petróleo, têm impulsionado o ouro. Esta quinta-feira, o metal precioso valoriza pela terceira sessão consecutiva, apesar dos ganhos no mercado accionista. Sobe 0,83% para 1.238,89 dólares por onça. "Enquanto a incerteza permanecer entre os participantes no mercado e os preços do petróleo e os mercados accionistas não demonstrarem uma tendência clara de subida, a procura de ouro provavelmente irá manter-se elevada", diz o Commerzbank, numa nota para investidores.

 

Destaques do dia

 

Novo Banco tem em cima da mesa despedimento colectivo de 500 trabalhadores. Depois de uma reunião com a administração, a comissão de trabalhadores do Novo Banco revela que a intenção é cortar 1.000 postos de trabalho, 500 dos quais em despedimento colectivo. O organismo está contra.

 

Quais os desafios do Novo Banco depois dos prejuízos de 980,6 milhões?. O Novo Banco registou perdas de 980,6 milhões de euros em 2015. Maria João Gago, redactora principal do Negócios, explica as razões e fala do plano do banco.

 

BBVA prevê mais défice do que o Governo e alerta para "riscos de desvio" elevados. O banco espanhol mantém as estimativas de crescimento para a economia portuguesa de 1,3% em 2016, e revê em alta as projecções para o défice, que deverá fixar-se em 2,6%. As previsões do Governo são demasiado "optimistas", alerta o BBVA.

 

Moody’s dá nota positiva à aprovação do OE, mas vê défice nos 3%. Apesar de aplaudir a cedência do Governo português às exigências de Bruxelas, a agência financeira continua a não acreditar nas metas para 2016. O crescimento deverá ficar aquém do esperado, o que levará a um défice a rondar os 3%.

 

Empréstimo do Santander ao Estado foi para "responder ao desafio". Este é um dos esclarecimentos que o banco liderado por Vieira Monteiro faz esta quinta-feira, num comunicado em que explica que o empréstimo de 1.766 milhões de euros ocorreu apenas a 22 de Fevereiro.

 

Portugal recompra mais de mil milhões de euros de obrigações. O leilão de recompra envolveu os valores que eram esperados pelos analistas. As obrigações com maturidade em 2019 foram o alvo das maiores recompras.

 

Acções da Pharol afundam mais de 10%. Após terem estado a ganhar mais de 4%, os títulos da Pharol seguem agora a cair 10,73% depois de a TIM ter informado que o fundo russo LetterOne não quer aprofundar as negociações com a Oi para avançar com uma fusão dos activos.

 

Lloyds mais do que triplica dividendo e acções disparam. O banco liderado por António Horta-Osório anunciou uma subida de 5% nos lucros do ano passado e revelou que vai distribuir mais de dois mil milhões de libras em dividendos. As acções já subiram mais de 10%.

 

Testes de stress para a banca simulam queda de 5,2% do PIB português até 2018. Os testes da EBA não cobrem a banca portuguesa mas o Haitong Bank acredita que as suas linhas gerais vão ser usadas pelo BCE, que irá examinar o sector nacional. O exercício antecipa três anos de contracção em Portugal.

 

O que vai acontecer amanhã

EUA. Será conhecido o produto interno bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre de 2015.

Zona Euro. O Eurostat publica índices de confiança dos consumidores e empresários, em Fevereiro.

INE. O INE divulga os resultados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores.

Resultados. O RBS apresenta resultados do quarto trimestre de 2015.

"Rating". A Moody’s tem agendada uma possível revisão do "rating" da Grécia.

Eleições. A Irlanda e o Irão realizam eleições legislativas.

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