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Fecho dos mercados: Risco da dívida portuguesa em mínimo de oito anos. Trump pressiona bolsas e dólar

A sessão foi condicionada pela decisão de Trump demitir Tillerson e colocar Pompeo à frente da diplomacia do país. As obrigações portuguesas também beneficiaram, com o "spread" face à dívida alemã a cair para mínimos de Abril de 2010.

Reuters
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Mercados em números

PSI-20 desceu 0,23% para 5.425,62 pontos

Stoxx600 caiu 0,98% para 375,49 pontos

S&P500 desce 0,06% para 2.781,02 pontos

Euro sobe 0,48% para 1,2393 dólares

"Yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos desce 2,4 pontos base para 1,8%

Brent em Londres recua 0,60% para 64,56 dólares 

 

Bolsas europeias caem pela primeira vez em sete sessões 

As bolsas europeias encerram em queda esta terça-feira, 13 de Março, depois de seis sessões consecutivas de ganhos, o que representa a mais longa série de valorizações desde Outubro.

 

As acções foram penalizadas pela decisão de Donald Trump de substituir Rex Tillerson por Mike Pompeo no cargo de secretário de Estado norte-americano. O até agora director da CIA é visto como tendo uma postura mais radical, o que aumenta os receios em torno da guerra comercial que se desenha no horizonte.

 

O alemão DAX, composto por empresas fortemente exportadoras, foi mesmo o índice mais penalizado, com uma descida de 1,59% para 12.221,03 pontos.

 

"A mudança de Tillerson para Pompeo pode ser vista como outra vitória para os radicais do comércio", afirma Terry Haines, estratega político na Evercore ISI, citado pela Bloomberg.

 

Com excepção da indústria mineira, todos os sectores encerraram no vermelho, levando o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, a descer 0,98% para 375,49 pontos.

 

Em Lisboa, o PSI-20 desceu 0,23% para 5.425,62 pontos, penalizado sobretudo pelaNos e Mota-Engil. A operadora liderada por Miguel Almeida desvalorizou 4,98% para 4,846 euros enquanto a Mota-Engil afundou 8,49% para 3,505 euros no dia em que o Santander reviu em baixa a recomendação e o preço-alvo para as acções.

  

Juros da dívida em queda antes de emissão de longo prazo 

Os juros da dívida pública portuguesa a 10 anos estão a aliviar pela segunda sessão, tendo hoje tocado em mínimos de dois meses abaixo de 1,8%, o que levou o "spread" das obrigações do Tesouro face às bunds para níveis abaixo de 118 pontos base, o que que representa um novo mínimo desde Abril de 2010.

 

A valorização da cotação das obrigações portuguesas acontece na véspera de o IGCP realizar mais um duplo leilão de dívida de longo prazo. O objectivo é que o país se financie em até 1.250 milhões de euros, em títulos a 10 e 27 anos.
 

A pressionar os juros das obrigações na Europa e também nos Estados Unidos está o abrandamento da inflação norte-americana em Fevereiro, que reduz a pressão para a Fed acelerar a subida de juros, bem como a demissão de Tillerson, que acabou por aumentar a volatilidade nos mercados.

 

Dólar cai após demissão de Tillerson

O dólar está em queda depois de Donald Trump ter demitido Rex Tillerson, o secretário de Estado norte-americano, tendo sido substituído por Mike Pompeo, que até aqui era director da CIA. Este evento aumentou a incerteza em torno da política da Casa Branca, o que leva os investidores a apostar noutros mercados, incluindo na moeda única europeia.

 

Este anúncio da demissão de Tillerson provocou uma subida do euro, que sobe 0,48% para 1,2393 dólares.

Taxas Euribor mantêm-se a 3 e 6 meses 

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis e 12 meses e desceram a nove meses em relação a segunda-feira. A Euribor a três meses voltou hoje a ser fixada pela décima sessão consecutiva em -0,327%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%, registado pela primeira vez em 10 de Abril do ano passado. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 06 de Novembro de 2015, manteve-se hoje pela terceira sessão consecutiva em -0,271%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez em 31 de Janeiro.    

 

Petróleo cai mais de 1%

O petróleo segue a cair mais de 1%, numa altura em que as atenções dos investidores estão viradas para as reservas petrolíferas americanas, isto porque as estimativas apontam para um aumento destes inventários, o que pode afectar os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados na redução de oferta de petróleo no mercado. Nos EUA, o West Texas Intermediate desce 1,09% para 60,69 dólares por barril. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, referência para as importações portuguesas, está a cair 0,60% para 64,56 dólares.

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