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Fecho dos mercados: Petróleo sobe quase 2% e dólar ganha o dia
Num dia morno para o principal índice europeu, o sector das matérias-primas foi o que mais se destacou. Em Londres, as cotações do petróleo somam quase 2% e o zinco destaca-se pela negativa, ao atingir mínimos de mais de dez meses e ao entrar em mercado urso.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,79% para 5.572,36 pontos
Stoxx 600 apreciou 0,02% para 377,26 pontos
S&P 500 valoriza 0,27% para 2724,28 pontos
"Yield 10 anos de Portugal subiu 4,9 pontos base para os 1,883%
Euro recua 0,43% para os 1,1653 dólares
Petróleo valoriza 1,70% para os 76 dólares por barril em Londres
Europa recupera com ganhos ligeiros
Na Europa assistiu-se a um alívio generalizado das bolsas, depois de os receios em torno da guerra comercial entre os Estados Unidos e a Europa terem atirado o Stoxx600 em quatro meses para a maior quebra em quatro meses. O principal agregador europeu fechou ligeiramente acima da linha de água, com uma subida de 0,02% para 377,26 pontos, com o sector das matérias-primas a registar as maiores subidas. As bolsas alemã, francesa e grega não conseguiram escapar ao terreno negativo.
Em Lisboa, a bolsa nacional somou 0,79% para 5.572,36 pontos. A EDP Renováveis puxou pelo PSI-20 com uma valorização de mais de 6%.
Juros da dívida portuguesa e italiana de mãos dadas nas subidas
Os juros das obrigações nacionais com maturidade de dez anos aumentaram para níveis de 15 de Junho, agravando 4,9 pontos base para os 1,883%. A dívida italiana também fechou com uma subida de 6,5 pontos base para 2,891%, voltando a cotar em níveis de 11 de Junho. Já as bunds alemãs somaram 1 ponto base para os 0,338%, colocando o prémio de risco da dívida portuguesa face à germânica nos 154,5 pontos base.
A incerteza política em Itália continua desta forma a influenciar a percepção de risco que os investidores têm da economia transalpina, e que acaba por contagiar os pares europeus.
Taxas Euribor sobem a 3 meses, descem a 6 e mantêm-se a 9 e 12 meses
As taxas Euribor subiram a três meses, desceram a seis e mantêm-se a nove e 12 meses em relação a segunda-feira.
A Euribor a três meses subiu para -0,323%, mais 0,001 pontos. A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação rumou no sentido inverso e desceu na mesma medida para ser fixada em -0,270%. A nove meses, a Euribor voltou a ser fixada em -0,214% e no prazo de 12 meses também se manteve ao ser fixada em -0,181%.
Dólar é o vencedor do dia nos mercados cambiais
A moeda única europeia voltou a níveis de dia 14 de Junho, a data da reunião do Banco Central Europeu, para depois inverter para perdas. Segue a desvalorizar 0,43% para os 1,1653 dólares, depois de três sessões de ganhos consecutivas.
O euro é penalizado pela incerteza quanto aos desenvolvimentos da guerra comercial lançada pelos EUA, mas não é a única divisa a ceder perante a nota verde. O dólar avançou, embora ligeiramente, contra várias moedas, sobretudo aquelas que estão associadas a economias mais dependentes de trocas comerciais internacionais, como é o caso da Austrália e do Canadá.
Petróleo valoriza quase nos 2%
O petróleo recupera da quebra da sessão anterior, e o barril do Brent, referência para a Europa, sobe 1,70% para os 76 dólares por barril. A valorização acontece apesar de a Arábia Saudita anunciar a previsão de uma produção recorde em Julho. A petrolífera estatal Saudi Aramco quer aumentar a fasquia para os 10,8 milhões de barris por dia, que comparam com os 10,72 milhões definidos em Novembro de 2016.
Zinco em "bear market"
O zinco caiu pelo nono dia consecutivo, contando o maior ciclo de quebras em mais de três anos. Está agora a negociar nos 2.833 dólares por tonelada, um mínimo de dez meses. Desta forma, torna-se o metal básico com o pior desempenho este ano e entra em bear market. O zinco afunda mesmo além da fasquia dos 2.860 dólares, a cotação que marca uma perda de 20% desde os 3.575 dólares atingidos em Fevereiro e portanto o preço suficiente para negociar em mercado urso.
O preço deste metal é afectado pelos receios em torno da procura, que se espera que decresça, enquanto a oferta tem visto subidas.