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Fecho dos mercados: Juros italianos aliviam de máximo de três meses com promessas do ministro das Finanças
As promessas de Giovanni Tria foram suficientes para acalmar os juros italianos, ainda que a Fitch tenha levantado dúvidas sobre Itália na passada sexta-feira.
Os mercados em números
PSI-20 desceu 0,23% para 5.409,89 pontos
Stoxx 600 subiu 0,07% para 382,51 pontos
Bolsas norte-americanas estão encerradas devido ao feriado do Dia do Trabalhador
Yield 10 anos de Portugal recua 2,1 pontos base para 1,903%
Euro sobe 0,15% para 1,1619 dólares
Petróleo aprecia 0,66% para 78,15 dólares por barril
Bolsas europeias mistas sem Wall Street
As bolsas norte-americanas estão fechadas e, por isso, os índices europeus não contaram hoje "com o seu principal factor de sustentação", escreviam os analistas do BPI esta manhã. De facto, o Stoxx 600 não desanimou nem animou: o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias valorizou ligeiramente: mais 0,07% para os 382,51 pontos. O sector energético foi o que se destacou pela positiva enquanto o sector automóvel e o da construção registaram perdas.
Entre as principais praças houve diferenças. Londres e Milão, por exemplo, registaram ganhos, ao contrário do que aconteceu em Lisboa ou Madrid. O PSI-20 deslizou pela quinta sessão consecutiva, arrancando o mês de Setembro com o pé esquerdo. O índice português tocou em mínimos de 30 de Maio.
Além da ausência da negociação norte-americana, as bolsas europeias continuam a digerir o complexo cenário de relações comerciais que se está a estabelecer. Por um lado, o agravamento das tarifas dos EUA à China. Por outro lado, o acordo com o México e as negociações com o Canadá.
Juros italianos aliviam com promessas do ministro das Finanças
A pesar na Europa está a situação italiana depois de a Fitch ter colocado o rating do país sob perspectiva negativa. A agência de rating teme os planos do Governo para o Orçamento do Estado para 2019 e o impacto que isso terá na relação com Bruxelas. Além disso, a Fitch está atenta à incerteza política e à redução da dívida pública.
Contudo, o ministro das Finanças italiano, Giovanni Tria, acalmou os mercados. Apesar das notícias de medidas que vão agravar o défice, Tria assegurou que as metas europeias serão cumpridas e que os mercados irão acalmar quando o Governo começar a revelar os planos orçamentais.
Esta promessa levou os juros italianos a dez anos a cair 7,5 pontos base para os 3,161%, recuando após várias sessões de subidas. O mesmo aconteceu aos juros portugueses que deslizaram 2,1 pontos base para os 1,903% e os juros espanhóis que desceram 2,2 pontos base para os 1,451%.
Já os juros alemães no mesmo prazo agravaram-se ligeiramente: mais 0,6 pontos base para os 0,332%.
Euribor a nove meses sobe
As taxas Euribor estabilizaram na última sessão, à excepção da taxa a nove meses, que subiu para os -0,207%. Já a taxa a três meses manteve-se nos -0,319%, a Euribor a seis meses fixou-se nos -0,268% e a taxa a 12 meses ficou nos - 0,166%.
Dólar sobe a beneficiar das tensões comerciais
O índice que mede a evolução do dólar norte-americano face às principais congéneres está a subir pela terceira sessão consecutiva, continuando a beneficiar das tensões comerciais, que levam os investidores a refugiarem-se neste activo. Este fim-de-semana ficou marcado pelo fim das negociações entre os Estados Unidos e o Canadá para a reformulação do NAFTA que não resultaram em qualquer acordo. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sublinhou que o país só aceitará um acordo "justo" e que nem sequer há uma "necessidade política" de manter o Canadá no futuro acordo de livre comércio da América do Norte.
Petróleo sobe após queda de exportações do Irão
Os preços do petróleo seguem em máximos de quase dois meses, depois de ter sido revelado que as exportações de petróleo do Irão caíram para o valor mais baixo em mais de dois anos, o que fez aumentar os receios em torno do impacto das sanções dos EUA ao Irão. O barril do Brent, sobe 0,66% para 78,15 dólares.
Ouro e prata em queda
O ouro está a negociar em terreno negativo, depois de ter completado, na sexta-feira, o quinto mês consecutivo de perdas, penalizado pela subida do dólar.