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Fecho dos mercados: Juros descem e bolsas sobem à boleia da acalmia política

Os investidores continuam a reflectir os efeitos da acalmia política em Itália, depois de três semanas de impasse e instabilidade que ditaram quebras nas bolsas e subidas nos juros. O euro também segue a recuperar, animado pelo facto de os investidores já não estarem unicamente à procura de activos-refúgio.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 somou 1,21% para 5.584,20 pontos

Stoxx 600 avançou 0,26% para 387,90 pontos

S&P 500 ganha 0,30% para 2.742,70 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 11,8 pontos base para 1,762%

Euro valoriza 0,23% para 1,1686 dólares

Petróleo cai 1,54% para 75,61 dólares por barril em Londres

 

Acalmia em Itália e Espanha anima bolsas

As bolsas do Velho Continente voltaram a encerrar em alta, animadas pelo dissipar da instabilidade política em Itália e Espanha. Os sectores das telecomunicações, "utilities" (água, luz, gás) e imobiliário foram os que mais ajudaram ao movimento positivo na Europa. O índice europeu de referência Stoxx 600 fechou a somar 0,26%para 387,90 pontos.

Por cá, o PSI-20 acompanhou a tendência das restantes congéneres europeias, tendo mesmo tido o melhor desempenho da Europa Ocidental, fechando a ganhar 1,21% para 5.584,20 pontos, com 14 cotadas em alta, três em queda e uma inalterada. As acções da EDP ganharam 1,16% para 3,406 euros, enquanto a EDP Renováveis apreciou 2,70% para 8,165 euros, nesta que foi a primeira sessão de negociação depois de a China Three Gorges (CTG) ter entregue o registo da oferta pública de aquisição (OPA). Este acto, que oficializa a operação, foi entregue na sexta-feira, 1 de Junho, tendo sido mantidas as condições anunciadas no dia 11 de Maio. A impulsionar o índice de referência nacional esteve também a Mota-Engil, com um ganho superior a 5%.
 

Juros aliviam nos periféricos
A reviravolta em Itália com o acordo entre o 5 Estrelas e a Liga para a formação de um governo político continuou a manter a tranquilidade nos mercados, com os juros dos países periféricos do euro a cederem terreno, tal como na sexta-feira. Até em Espanha o mercado reagiu de forma favorável à queda do Governo espanhol, com Mariano Rajoy a ser derrubado pela moção de censura apresentada por Pedro Sánchez, que assim assume o cargo de chefe de Governo.

A yield das obrigações portuguesas a 10 anos desce 11,8 pontos base para os 1,762%. O mesmo acontece aos juros italianos e espanhóis.  Os juros italianos a 10 anos cedem 15,1 pontos base para 2,538% e os espanhóis recuam 11,1 pontos base para 1,330%. Em contrapartida, os juros alemães seguem a subir 3,2 pontos para 0,418%.

 

Euribor mantêm-se em todos os prazos

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se pela quinta sessão consecutiva em 0,321%. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, permaneceu em -0,269 pela sexta sessão consecutiva.    

A nove meses, a Euribor manteve-se em -0,213% e no prazo a 12 meses permaneceu em -0,184%.

 

Tensões comerciais penalizam dólar

Na sexta-feira, os bons resultados do mercado de trabalho nos EUA, que deram conta de uma descida da taxa de desemprego em Maio para mínimos de 18 anos, acabaram por dar ímpeto à divisa norte-americana. No entanto, na sessão de hoje os investidores voltaram a centrar-se nas tensões comerciais, o que penalizou a nota verde face às principais congéneres, nomeadamente o euro.

A moeda única europeia esteve, por seu lado, a ser fortalecida pelo facto de os investidores estarem menos avessos ao risco, preterindo valores-refúgio cambiais como o iene e o franco suíço, devido ao optimismo perante o crescimento no bloco europeu.

O euro segue nesta altura a negociar em alta de 0,23% para 1,1686 dólares.

 

Petróleo cai com possibilidade de alívio nos cortes da OPEP

O petróleo está a negociar em baixa nos principais mercados internacionais, pressionado pela possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados – nomeadamente a Rússia – decidirem, na reunião que decorrerá em Junho, em Viena, aliviar os cortes na produção (no âmbito do acordo de redução da oferta que têm em vigor desde o início de 2017).

As cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Agosto seguem a ceder 1,54% para 75,61 dólares por barril. Também o contrato de Julho do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue em baixa, com os preços a recuarem 1,44% para 64,86 dólares.

 

Campos secos preparam trigo para ganhos "explosivos"

Incêndios, seca e temperaturas muito elevadas: é este o trio que está a moldar uma das campanhas mais perigosas para o trigo em muitos anos, segundo a Bloomberg. Com efeito, as colheitas deste cereal estão sob ameaça em inúmeros locais do globo, desde a Austrália aos EUA, e prevê-se que os stocks mundiais afundem.

E os preços já estão a reflectir a actual situação. Nos EUA, o contrato de futuros de Julho do trigo duro vermelho de Inverno (o trigo é classificado de acordo com a estação e a cor, havendo seis categorias entre as várias variedades) acumula uma subida de 18% este ano – sendo a matéria-prima com o segundo melhor desempenho entre as 22 componentes do Índice de Commodities da Bloomberg.

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