Notícia
Fecho dos mercados: Guerra comercial e crise nos emergentes agitam bolsas mundiais
A tensão comercial entre os EUA e a China está a penalizar as bolsas em Wall Street e na Europa. Isto num cenário em que a forte turbulência que tem abalado os emergentes está a contagiar os mercados mundiais.
Os mercados em números
PSI-20 cedeu 1,39% para 5.294,33 pontos
Stoxx 600 recuou 1,09% para 325,69 pontos
S&P 500 cai 0,50% para 2.882,25 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe ligeiramente para 1,874%
Euro valoriza 0,39% para 1,1628 dólares
Petróleo recua 1,11% para 77,28 dólares por barril em Londres
Tensão comercial e emergentes agitam bolsas
As principais praças nos EUA e na Europa continuam a ser abaladas pela guerra comercial entre os EUA e a China - está previsto que os EUA implementem novas tarifas sobre importações chinesas no valor de 200 mil milhões de dólares - mas também pelas negociações entre a maior economia do mundo e o Canadá.
Além disso, a forte turbulência que tem abalado os mercados emergentes não dá sinais de acalmia, com a maioria das moedas em queda e o índice de referência que agrega acções de mais de duas dezenas de países em desenvolvimento a caminho de "bear market".
Neste cenário, as bolsas em Wall Street registam perdas, com o S&P500 a ceder 0,50% para 2.882,25 pontos. Já no Velho Continente, o Stoxx 600 cedeu 1,09% para 325,69 pontos.
Em Lisboa foi mais um dia de perdas, com o índice de referência nacional a encerrar no vermelho pela sétima sessão consecutiva. O PSI-20 desceu 1,39% para 5.294,33 pontos, o valor mais baixo desde 23 de Março, pressionado pela Jerónimo Martins, mas também pela Galp Energia e grupo EDP.
Juros de Itália continuam a aliviar
As taxas de juro italianas continuam a aliviar, depois de o ministro das Finanças, Giovanni Tria, ter conseguido acalmar os mercados. Apesar de terem sido avançadas medidas que vão agravar o défice, Tria assegurou que as metas europeias serão cumpridas.
A taxa a dez anos da dívida italiana recua 7,8 pontos base para os 2,939%. Mas chegou a cair para os 2,874% durante a sessão, atingindo um mínimo de 9 de Agosto.
Contudo, este alívio não está a contagiar o resto da Europa. Em Portugal, a taxa a dez anos está a avançar ligeiramente para 1,874%. O mesmo acontece na Alemanha, com os juros a subirem 3,1 pontos para os 0,387%.
Euribor a três e seis meses inalteradas
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal no crédito à habitação, que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, manteve-se nos -0,269%. Também a taxa a três meses ficou inalterada, enquanto as taxas a nove e 12 meses desceram em relação a terça-feira.
Alemanha deixa cair exigências no Brexit e anima euro
Os governos alemão e britânico abandonaram algumas das exigências importantes que estavam a travar um acordo para a saída do Reino Unido do bloco.
Neste contexto de esperanças renovadas para o fecho de um acordo, o euro valoriza 0,39% para 1,1628 dólares. Também a libra está a avançar 0,78% para 1,2907 dólares.
Petróleo com maior queda em duas semanas
O preço do "ouro negro" está a cair nos mercados internacionais. Esta queda acontece depois de se terem intensificado os receios em torno de um possível aumento da produção nos EUA. Isto ao mesmo tempo que aliviou a tempestade tropical no país, que levou à evacuação das plataformas na Costa do Golfo.
Neste cenário, o West Texas Intermediate (WTI), que é negociado em Nova Iorque, está a recuar 1,35% para 68,93 dólares. O Brent do Mar do Norte, transaccionado em Londres e utilizado como valor de referência para as importações nacionais, cede 1,11% para 77,28 dólares.
Ouro valoriza após queda do dólar
O metal dourado sobe 0,47% para 1.197,13 dólares por onça. O ouro está a recuperar da maior queda em mais de uma semana, beneficiando da desvalorização do dólar e de sinais de aumento da procura por parte da Índia, o segundo país que mais compra o metal a nível mundial.
Já a prata avança 0,28% para 14,1955 dólares, recuperando de perdas de quase 3% na sessão de terça-feira.