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Fecho dos mercados: Europa sobe e apaga perdas. Petróleo com maior subida semanal desde outubro

Na última sessão da semana, as bolsas europeias subiram mais de 1% e recuperaram das perdas do início da semana. O petróleo disparou à boleia do acordo da OPEP.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,86% para os 5.172,86 pontos
Stoxx 600 valorizou 1,16% para os 407,35 pontos
S&P 500 sobe 1,01% para os 3.148,92 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 0,1 pontos base para os 0,42%
Euro desvaloriza 0,5% para os 1,1048 dólares
Petróleo em Londres sobe 1,51% para os 64,35 dólares por barril
 
Bolsas europeias sobem e quase apagam perdas da semana
O arranque desta semana ficou marcado pelas declarações de Donald Trump sobre as negociações comerciais. O presidente norte-americano disse que um acordo com a China poderia só chegar após as eleições presidenciais de novembro de 2020, o que levou as bolsas para terreno negativo nas primeiras sessões com fortes quedas na Europa e em Wall Street.

Nas sessões seguintes, as bolsas recuperaram e a sessão de hoje foi uma confirmação de que a queda foi passageira. Mesmo com a produção industrial alemã ainda pior do que o esperado, as praças europeias sustentaram-se nos dados positivos do mercado de trabalho nos EUA e fecharam em alta e subiram mais de 1%.

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, fechou a ganhar 1,16% para os 407,35 pontos, fechando a semana com um saldo praticamente neutro (-0,02%). 


A contribuir também para o otimismo dos mercados estiveram os comentários de Larry Kudlow, conselheiro económico de Donald Trump. Em declarações à CNBC, Kudlow afirmou que "provavelmente [o acordo] está ainda mais perto [de ser fechado] do que estava a meio de novembro". No entanto, também alertou que tudo pode ir por água abaixo se certas condições não forem cumpridas.

O PSI-20 acompanhou a tendência europeia e fechou com uma subida de 0,86% para os 5.172,86 pontos. No conjunto da semana, a bolsa nacional regista um ganho de 0,89%, após três semanas consecutivas de perdas.

Juros praticamente inalterados na Europa
Foi um dia calmo no mercado secundário das obrigações soberanas na Europa. Os juros portugueses a dez anos estão a aliviar 0,1 pontos base para os 0,42%, mantendo-se no patamar dos 0,4% há duas sessões. Recorde-se que a 'yield' portuguesa nesse prazo esteve a negociar abaixo dos 0,1% em agosto.

Os juros alemães sobem 0,8 pontos base para os -0,288%. 

Euro desce 0,5% face ao dólar
A divisa europeia está a descer 0,5% face à divisa norte-americana, negociando nos 1,1048 dólares. Esta queda deve-se a duas notícias: em primeiro lugar, a queda da produção indústria alemã em outubro foi mais expressiva do que o antecipado; em segundo lugar, os números do emprego nos EUA foram melhores do que o esperado. Estes dois efeitos deram um contributo para o reforço do dólar face ao euro.  

Petróleo com maior subida semanal desde final de outubro após efeito OPEP
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai avançar com uma redução de mais 500 mil barris por dia, o que se traduz num corte total de 1,7 milhões barris diários pelo menos até março de 2020. Além deste volume, a Arábia Saudita disse que ia, de forma voluntária, cortar a sua produção em mais 400 mil barris. Este total de 2,1 milhões de barris de fora do mercado está a impulsionar as cotações da matéria-prima. 

A cotação do barril chegou a valorizar cerca de 2%, mas entretanto já atenuou a subida. Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 1,32% para os 59,2 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, sobe 1,51% para os 64,35 dólares. 

Nas últimas duas sessões, os preços do crude já tinham descontado o corte de produção global e valorizaram cerca de 4%. No conjunto da semana, o petróleo deverá fechar com a maior subida semanal desde o final de outubro para o Brent e desde junho para o WTI.

Ouro cede 1% após emprego nos EUA
O ouro esteve a negociar em alta até meio da sessão, mas os dados do mercado de trabalho dos EUA vieram mudar a tendência. A economia norte-americana criou 266 mil novos postos de trabalho (excluindo deste número o setor agrícola) em novembro, mais 80 mil do que os 186 mil previstos pelos analistas. Este dado económico positivo afastou ainda mais o cenário de recessão, retirando força aos ativos de refúgio como é o caos do ouro.

O metal precioso está a desvalorizar 1,03% para os 1.460,84 dólares por onça. No conjunto da semana, o ouro deverá fechar com uma desvalorização de 0,21%. 

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