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Fecho dos mercados: Europa sobe com setor automóvel de pé no acelerador. Euro alivia após seis quedas

Os resultados da Michelin levaram à subida das cotadas do setor automóvel. As bolsas europeias beneficiaram dessa subida assim como do maior apetite por risco dos investidores. O euro recuperou após seis sessões de quedas.

Reuters
12 de Fevereiro de 2019 às 17:19
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Mercados em números
PSI-20 subiu 0,74% para 5.131,51 pontos
Stoxx600 somou 0,46% para 362,78 pontos
S&P 500 valoriza 1,14% para 2.740,76 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,8 pontos base para 1,637%
Euro valoriza 0,37% para 1,1317 dólares
Petróleo em Londres ganha 1,8% para os 62,62 dólares o barril

Bolsas sobem com maior apetite por risco dos investidores. Setor automóvel destaca-se
As bolsas europeias valorizaram pela segunda sessão consecutiva beneficiando do maior apetite por risco dos investidores. A Europa acelerou os ganhos na esperança de que se concretize um acordo comercial entre os EUA e a China e que se evite uma nova paralisação parcial do Governo federal norte-americano. 

De acordo com a Bloomberg, os responsáveis políticos norte-americanos garantiram que chegaram a um "acordo de princípio" sobre o financiamento da segurança das fronteiras que permitirá evitar uma segunda paralisação parcial. Contudo, ainda falta a assinatura do presidente dos EUA, Donald Trump, para que a solução fique selada. 

Quanto ao acordo comercial, as notícias apontam para um encontro "muito em breve" entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, numa altura em que se aproxima o fim (1 de março) das tréguas traçadas em dezembro. 

"Os [ganhos nos] mercados têm sido retidos pela incerteza de uma potencial segunda paralisação do Governo federal e pelas questões relacionadas com as negociações comerciais entre os EUA e a China", resume o economista-chefe da MUFG Union Bank, Chris Rupkey, em Nova Iorque, à Bloomberg, referindo que esses perigos parecem estar mais próximos de serem resolvidos. 

Nas bolsas europeias, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, subiu 0,46% para os 362,78 pontos, beneficiando da aceleração do setor automóvel. Após a divulgação de resultados positivos, a fabricante de pneus Michelin disparou mais de 12% - a maior subida em sete anos - e contagiou as restantes cotadas do setor. 

As principais praças europeias também subiram, como foi o caso do PSI-20. A bolsa nacional valorizou 0,74% para 5.131,51 pontos, fruto das valorizações da Galp e das papeleiras

Juros italianos e portugueses descem
Os juros italianos e portugueses a dez anos estão a aliviar nesta terça-feira, 12 de fevereiro. Os juros italianos descem 5,5 pontos base para os 2,845%, aliviando pela segunda sessão consecutiva. Na semana passada, os juros italianos tinham subido durante quatro sessões consecutivas.

Os juros portugueses no mesmo prazo aliviam 1,8 pontos base para os 1,637%. Já os juros alemães a dez anos sobem ligeiramente: mais 1,1 pontos base para os 0,132%.

Euro dá a volta. Dólar cede
A divisa europeia está a aliviar depois de ter começado a sessão com o pé esquerdo. O euro já levava seis dias seguidos de quedas que o puseram em mínimos de dois meses.

A divisa está a recuperar 0,37% para os 1,1317 dólares dólares num dia em que a divisa norte-americana cede pela primeira vez desde 30 de janeiro. O índice da Bloomberg para o dólar (que mede a relação da moeda contra as principais divisas mundiais) regista uma queda de 0,2%.

O dólar acumulou até ontem oito sessões consecutivas de subidas, o maior ciclo de ganhos desde janeiro de 2016. Contudo, hoje a divisa - que é vista como um ativo de refúgio - é penalizada pelo maior apetite por risco por parte dos investidores.

Petróleo sobe após quedas pesadas
O petróleo está a recuperar de mínimos de duas semanas depois de ter sido noticiado que a Arábia Saudita promete cortar ainda mais a sua produção de barris, para lá da meta acordada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Além disso, os esforços dos partidos norte-americanos para evitar uma nova paralisação parcial do Governo federal ajudaram ao otimismo dos investidores. 

Em Nova Iorque, o WTI está a valorizar 1,7% para os 53,3 dólares. Em Londres, o Brent, que serve de referência para as importações portuguesas, soma 1,8% para os 62,62 dólares. 

Nas sessões passadas, o reforço do dólar - divisa em que os barris estão cotados -, a expectável queda da procura por causa da desaceleração económica e o reforço dos stocks nos Estados Unidos tinham sido os fatores a penalizar a cotação do petróleo. 

Hoje a novidade passa também pela OPEC que reduziu a estimativa do montante de produção de petróleo necessária para 2019. Tal acontece não só porque os EUA estão a produzir mais do que o esperado, mas também porque a Organização espera uma redução maior da procura por barris numa altura em que a economia mundial põe o pé no travão.

Segundo a Bloomberg, os analistas esperam que os inventários de crude nos EUA tenham aumentado pela quarta semana, o ciclo mais prolongado desde novembro e que indica um excesso de oferta no mercado.

Ouro cavalga queda do dólar
A queda do dólar está a deixar terreno para subidas do ouro uma vez que o "metal precioso" é cotado na divisa norte-americana. O ouro tem tirado proveito também das perspetivas pouco animadoras para o crescimento da economia global, tendo negociado nas últimas semanas próximo de máximos de maio de 2018. O "metal precioso" soma 0,19% para os 1.310,6 dólares por onça.
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