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Abertura dos mercados: Bolsas aceleram com otimismo nas negociações EUA/China e acordo para evitar "shutdown"
Os investidores mostram-se otimistas com o resultado de nova ronda de negociações entre os Estados Unidos e a China para um acordo comercial, bem como que será possível evitar um novo "shutdown" parcial do governo norte-americano. As bolsas e o petróleo estão em alta.
Mercados em números
PSI-20 sobe 0,53% para 5.120,79 pontos
Stoxx600 soma 0,58% para 363,21 pontos
Nikkei valoriza 2,61% para 20.864,21 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos desce 1 ponto base para 1,64%
Euro desvaloriza 0,06% para 1,1270 dólares
Petróleo em Londres ganha 0,63% para 61,90 dólares o barril
Bolsas europeias aceleram ganhos
Contagiadas pelo desempenho positivo das praças asiáticas (Tóquio valorizou mais de 2%), as bolsas europeias arrancaram a sessão de terça-feira com ganhos acentuados e próximos de 1%. Os investidores mostram-se otimistas com o resultado de nova ronda de negociações entre os Estados Unidos e a China para um acordo comercial, bem como que será possível evitar um novo "shutdown" parcial do governo norte-americano.
Na frente comercial, esta segunda-feira arrancou a última ronda de negociações comerciais entre os dois países. Na quinta-feira e na sexta-feira as discussões sobem de nível com a presença do secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, e do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He. O período de tréguas acordado termina no final deste mês, pelo que são elevadas as expectativas sobre o resultado destas negociações. Para já o tom é positivo, mas qualquer declaração em sentido contrário pode fazer cair a ideia de que não haverá guerra comercial.
No que diz respeito ao "shutdown" nos EUA, os deputados norte-americanos chegaram a um acordo de princípio para evitar outro encerramento parcial do governo dos EUA - mas que exclui o financiamento que Donald Trump está a pedir para a construção de um muro na fronteira com o México.
O Stoxx 600 está a ganhar 0,58% para 363,21 pontos, estando a ser impulsionado pelas cotadas do setor automóvel e fabricantes de químicos.
Lisboa segue o desempenho positivo, com o PSI-20 a ganhar 0,53% para 5.120,79 pontos, impulsionado pelas subidas das ações da Galp Energia e BCP.
Euro continua a perder terreno
O dólar até está a perder terreno face às principais divisas mundiais, mas continua a valorizar face à moeda europeia, que tem sido penalizada nas últimas sessões pelas perspetivas sombrias para a economia da Zona Euro.
O índice do dólar (que mede a relação da moeda contra as principais divisas mundiais) está a recuar 0,1%, colocando fim a uma série de oito sessões em alta, que era a mais longa em três anos. Ainda assim, o euro desvaloriza 0,06% para 1,1270 dólares, acumulando já uma queda de 1,5% este ano.
Juros com quedas ligeiras
No mercado de dívida soberana persiste a descida ligeira nos juros, sendo que a tendência se verifica na Europa, Estados Unidos e Japão (onde a taxa a desce anos continua em terreno negativo).
A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos desce 1 ponto base para 1,64% e nos títulos de Itália a queda é de 4 pontos base para 2,86%. As bunds seguem estáveis, pelo que o prémio de risco da dívida portuguesa está a estreitar-se para 152 pontos base.
Previsão de subida de reservas limita ganhos do petróleo
O petróleo está a recuperar parte do terreno perdido nas últimas sessões, beneficiando com o otimismo relacionado com as negociações comerciais EUA/China e o fim do "shutdown". A confirmarem-se estes dois cenários, baixam de intensidade os receios com o abrandamento da economia global, mas as previsões de subida dos stocks de crude nos Estados Unidos estão a limitar a alta das cotações da matéria-prima. Segundo a Bloomberg, os analistas esperam que os inventários de crude nos EUA tenham aumentado pela quarta semana, o ciclo mais prolongado desde novembro e que indica um excesso de oferta no mercado.
O WTI, que negoceia na bolsa de Nova Iorque, valoriza 0,59% para 52,72 dólares. Em Londres o Brent ganha 0,63% para 61,90 dólares.
Ouro aproveita queda do dólar
O ouro está a valorizar, aproveitando a interrupção no ciclo de ganhos do dólar para retomar a tendência altista que regista em 2019, devido às perspetivas pouco animadoras para o crescimento da economia global. A onça de ouro está a ganhar 0,3% para 1.311,43 dólares.