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Fecho dos mercados: Euro em máximos de mais de um ano penaliza bolsas

As principais bolsas europeias estão com sinal menos esta terça-feira, estando a ser pressionadas nomeadamente pelos ganhos do euro. A moeda da Zona Euro já tocou em máximos de Maio do ano passado.

Miguel Baltazar
18 de Julho de 2017 às 17:21
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,30% para 5.308,44 pontos

Stoxx 600 desceu 1,11% para 382,58 pontos

S&P 500 cede 0,07% para 2.457,43 pontos

Juros da dívida a dez anos caíram 3,6 pontos base para 3,065%

Euro avança 0,89% para 1,1580 dólares

Brent ganha 0,48% para 48,65 dólares

Euro forte penaliza bolsas

As principais bolsas europeias terminaram a sessão desta terça-feira, 18 de Julho, no vermelho, tendo o Stoxx 600, índice de referência, a registar a maior queda em Julho, numa altura em que os investidores acreditam que uma valorização do euro vai penalizar as contas das empresas exportadoras.

O comportamento das praças do Velho Continente tem lugar ainda numa altura em que o mercado aguarda pelo encontro do Banco Central Europeu (BCE), agendado para esta quinta-feira. Os investidores vão tentar perceber se Mario Draghi, na conferência de imprensa após a reunião de política monetária, deixa indicações sobre uma eventual redução do seu programa de estímulos.

A liderar as quedas na Europa esteve o germânico DAX, que recuou 1,25%, seguido por espanhol IBEX35, que perdeu 1,19%. O Stoxx 600 recuou 1,11%. O PSI-20 foi a excepção a este comportamento negativo, tendo subido 0,30% impulsionado pelos ganhos do BCP.

Juros continuam a cair

Os juros da dívida pública portuguesa estão a cair no mercado secundário, precisamente numa semana em que o mercado quer perceber que sinais vai deixar Mario Draghi em relação à política monetária para a Zona Euro. A dez anos, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si recuaram 3,6 pontos base para 3,065%. Os juros da Alemanha no mercado secundário têm um comportamento semelhante, estando a nos títulos a 10 anos as "yields" a descerem 2,7 pontos base para 0,554%.

Euribor cai a 3 meses

As taxas Euribor desceram hoje a três meses, mantiveram-se a três e 12 meses e subiram a nove meses em relação a segunda-feira. A Euribor a três meses desceu hoje para -0,331%, menos 0,001 pontos do que na segunda-feira. A seis meses, a taxa Euribor, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, manteve-se hoje em -0,274%, actual mínimo de sempre. A nove meses, a Euribor subiu hoje para -0,206%, mais 0,001 pontos do que na véspera. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor foi fixada hoje em -0,151% pela quarta sessão consecutiva.

Euro em máximos de Maio do ano passado

A moeda da Zona Euro está a valorizar face ao dólar, numa altura em que a divisa norte-americana está a ser penalizada por mais um golpe nos planos de Donald Trump para anular o Obamacare e aprovar uma nova legislação para os cuidados de saúde nos Estados Unidos.

É que mais dois senadores republicanos já se mostraram contra à revogação e substituição do Affordable Care Act, mais conhecido como Obamacare. Mike Lee, do Utah, e Jerry Moran, do Kansas, mostraram-se contra o plano de reforma do líder dos Republicanos, o que, a acrescentar à oposição de Rand Paul, do Kentucky, e Susan Collins, do Maine, é suficiente para condenar a medida.

Perante isto, Mitch McConnell, líder da maioria no Senado, abandonou os esforços para fazer aprovar a legislação para substituir o Obamacare, procurando, em vez disso, um voto favorável apenas à sua revogação. No entanto, a anulação sem substituição não deverá passar no Senado. 

Por esta altura, o euro sobe 0,89% para 1,1580 dólares, depois de ter já negociado nos 1,1583 dólares, o que representa o valor mais elevado desde 3 de Maio do ano passado.

Arábia Saudita dá ganhos ligeiros ao petróleo

A Arábia Saudita, maior produtor mundial de petróleo, admitiu que pode vir a efectuar cortes mais profundos na produção de petróleo. Cortes que podem ser de um milhão de barris por dia, segundo uma consultora de políticas petrolíferas, citada pela Bloomberg. A notícia não está ainda confirmada mas, ainda assim, anima um pouco os preços do petróleo nos mercados internacionais.

É importante notar que esta redução adicional do reino saudita, a concretizar-se, surge numa altura em que está em vigor um acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados para reduzir a produção da matéria-prima. Em Novembro do ano passado, o cartel e aliados assinaram um acordo para a redução da produção com o objectivo de tentar combater o excesso de oferta de petróleo que existe (que pressiona os preços). Esse acordo terminava em Junho deste ano mas, entretanto, os signatários decidiram prolongar a vigência do acordo até ao final do próximo ano.


O West Texas Intermediate sobe 0,41% para 46,21 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, ganha 0,48% para 48,65 dólares.

Prata brilha

Os preços da prata estão a subir, ganhando 1% para 16,2793 dólares. Este metal precioso tem, tipicamente um comportamento volátil. Um exemplo disso é a evolução deste ano. De acordo com a Bloomberg, a prata, nos primeiros quatro meses do ano subiu 17%, mas está já a reverter esses ganhos.

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