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Fecho dos mercados: Draghi afunda juros e leva euro para mínimos de 2017

O corte de estimativas para a Zona Euro, pelo BCE, e a sua mudança de discurso sobre os juros pressionaram as bolsas, afundaram os juros para mínimos e levaram o euro para o nível mais baixo desde julho de 2017.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 caiu 1,09% para 5.239,81 pontos

Stoxx 600 desvalorizou 0,43% para 373,88 pontos

S&P 500 desce 0,63% para 2.753,92 pontos 

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 7,9 pontos para 1,343%

Euro desce 0,88% para 1,1207 dólares

Petróleo valoriza 0,29% para 66,18 dólares por barril, em Londres

BCE arrasa bolsas

As bolsas europeias encerraram em queda esta quinta-feira, 7 de março, penalizadas pela revisão em baixa das estimativas de crescimento para a Zona Euro, pelo BCE, e pela sua mudança de discurso em relação à política monetária, que sinaliza preocupações crescentes com a evolução da economia.

 

Esta quinta-feira, a autoridade monetária voltou a cortar as estimativas de crescimento para a Zona Euro, antecipando agora que o PIB trave ainda mais e suba apenas 1,1% em 2019 e 1,6% em 2020.

Com este pano de fundo, o BCE também alterou o seu discurso e garantiu que os juros vão ficar em mínimos históricos até ao final de 2019 e anunciou um novo programa de financiamento para a banca. Apesar de as medidas poderem beneficiar a maioria das empresas – que continuam com custos de financiamento baixos – a manutenção dos juros em mínimos históricos vai continuar a pressionar a rentabilidade da banca, um dos setores mais penalizados na sessão de hoje, com uma queda superior a 2%.

 

Esta desvalorização, juntamente com as descidas pronunciadas do setor automóvel e das matérias-primas levaram o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, a cair 0,43% para 373,88 pontos.

 

Foi precisamente o BCP, com uma descida de 5,12% para 23,33 cêntimos, que mais pressionou o PSI-20, determinando uma queda de 1,09% para 5.239,81 pontos.

Nos Estados Unidos, as bolsas também estão em terreno negativo, assim como o índice MSCI - que segue as bolsas mundiais - que desvaloriza pela quarta sessão consecutiva, a mais longa série de perdas deste ano.

Juros afundam para mínimos de 2016. Em Portugal atingem nível mais baixo de sempre
A garantia do BCE de que os juros vão permanecer em mínimos históricos até ao final de 2019 levou os juros da dívida soberana na Zona Euro para mínimos. Em Portugal, a descida foi especialmente expressiva, e levou a yield das obrigações a dez anos para um novo mínimo histórico nos 1,355%. Nesta altura, a queda é de 7,9 pontos base para 1,343%.

 

Em Espanha, os juros da dívida a dez anos descem 6,7 pontos para 1,046% e na Alemanha recuam 6,1 pontos para 0,067%, sendo que em ambos os casos se trata do nível mais baixo desde outubro de 2016. Em Itália, a queda é de 11,9 pontos para 2,471%, um mínimo de julho de 2018.  

Euro recua para mínimos de 2017

Se a perspetiva de juros baixos por mais tempo está a impulsionar as obrigações (e consequentemente a afundar os juros), também está, por outro lado, a pressionar o euro, que negoceia no valor mais baixo desde julho de 2017.

 

A moeda única europeia está a desvalorizar face ao dólar pela quinta sessão consecutiva, refletindo também as perspetivas mais pessimistas do banco central para a economia da Zona Euro.

 

Nesta altura, o euro desce 0,88% para 1,1207 dólares, o nível mais baixo em quase dois anos.

BCE trava ganhos do petróleo

O agravar do pessimismo dos investidores com a evolução da economia global também influenciou negativamente a cotação do petróleo, embora persista em terreno positivo.

 

O WTI em Nova Iorque soma 0,69% para 56,61 dólares e o Brent avança 0,29% para 66,18 dólares. Durante a manhã a matéria-prima chegou a valorizar mais de 1% devido ao facto dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) continuarem a cortar a produção e perspetiva de novas sanções dos EUA à Venezuela e Irão. A ajudar a travar a subida das cotações está também o relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos que revela um novo recorde na produção petrolífera no país.

 

Ouro desvaloriza pela sexta sessão em sete

O ouro continua a aliviar dos máximos atingidos em fevereiro, voltando hoje a ser penalizado pela alta do dólar, o que retira atratividade ao metal precioso. O ouro está a descer 0,08% para 1.285,33 dólares a onça, sendo já a sexta sessão em sete em terreno negativo.

 

Também a platina está a corrigir, acumulando já uma queda superior a 6% desde o pico atingido a 28 de fevereiro. Hoje a platina está a descer 0,9% para 829,16 dólares a onça, sendo que o diferencial para o paládio atingiu um máximo histórico.

 

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