Notícia
BCE corta novamente previsões de crescimento da economia europeia
O banco central reviu em baixa as previsões para o PIB da Zona Euro. Há três meses tinha feito o mesmo.
O Banco Central Europeu (BCE) cortou novamente as previsões para o crescimento da economia europeia. As projeções foram atualizadas esta quinta-feira, 7 de março, na segunda reunião de política monetária de 2019 em que garantiu que os juros vão ficar inalterados "pelo menos até ao final de 2019" e que anunciou um novo programa de financiamento da banca europeia.
O BCE estima agora que o PIB trave ainda mais e cresça apenas 1,1% em 2019 e 1,6% em 2020, revelou Mario Draghi na conferência de imprensa. Já a inflação deverá desacelerar de 1,7% em 2018 para 1,2% em 2019, recuperando depois em 2020 para 1,5%.
No final do ano passado, o banco central tinha cortado as projeções para a economia europeia para 1,7% em 2019 - desacelerando ligeiramente face aos 1,8% de 2018 -, e o mesmo ritmo em 2020.
Contudo, desde então as instituições internacionais reviram em baixa essa projeção. Ainda esta quarta-feira a OCDE reviu em baixa o crescimento da Zona Euro para 1%.
Na conferência de imprensa, Draghi explicou que foi a revisão em baixa do crescimento económico que despoletou a introdução de mais estímulos na economia, de forma a ter uma atitude "pró-ativa" e não "reativa". Esta decisão foi tomada por unanimidade no conselho de governadores, o que "é um sinal positivo para a coesão das nossas decisões", assinalou.
O presidente do BCE considerou que "há sinais" de que alguns fatores internos "idiossincráticos" estão a começar a desaparecer, mas os dados que existem não deixam dúvidas de que vai haver "moderação" do ritmo de crescimento económico na Zona Euro. Em causa está a "persistência das incertezas" em relação ao comércio mundial, especialmente por causa do protecionismo, da travagem da economia chinesa e das vulnerabilidades dos mercados emergentes.
Contudo, para já, tanto o risco de recessão (contração consecutiva da economia) como o risco de deflação (redução dos preços) é visto como "altamente improvável" pelo conselho de governadores.
A desaceleração do PIB também deverá atrasar o alcance da meta da inflação. Draghi destacou a necessidade de se ter paciência uma vez que "o mecanismo de transmissão entre os salários e os preços mudou estruturalmente nos últimos anos" tanto nos EUA como na Europa. O BCE espera que as decisões tomadas hoje contribuam para pressionar os preços internos.
Ainda assim, Mario Draghi avisa que parte do problema tem de ser resolvido pelos Estados-membros. O banco central insta os países a implementarem reformas estruturais para reduzir o desemprego, aumentar a produtividade e melhorar o potencial de crescimento. Além disso, o BCE insiste na necessidade de completar a União Económica e Monetária, nomeadamente a união bancária e o mercado de capitais.
(Notícia atualizada pela última vez às 14h48)
O BCE estima agora que o PIB trave ainda mais e cresça apenas 1,1% em 2019 e 1,6% em 2020, revelou Mario Draghi na conferência de imprensa. Já a inflação deverá desacelerar de 1,7% em 2018 para 1,2% em 2019, recuperando depois em 2020 para 1,5%.
Draghi introduces the GDP and inflation outlook for the euro area pic.twitter.com/8C5lxUR9NU
— European Central Bank (@ecb) 7 de março de 2019
No final do ano passado, o banco central tinha cortado as projeções para a economia europeia para 1,7% em 2019 - desacelerando ligeiramente face aos 1,8% de 2018 -, e o mesmo ritmo em 2020.
Contudo, desde então as instituições internacionais reviram em baixa essa projeção. Ainda esta quarta-feira a OCDE reviu em baixa o crescimento da Zona Euro para 1%.
Na conferência de imprensa, Draghi explicou que foi a revisão em baixa do crescimento económico que despoletou a introdução de mais estímulos na economia, de forma a ter uma atitude "pró-ativa" e não "reativa". Esta decisão foi tomada por unanimidade no conselho de governadores, o que "é um sinal positivo para a coesão das nossas decisões", assinalou.
O presidente do BCE considerou que "há sinais" de que alguns fatores internos "idiossincráticos" estão a começar a desaparecer, mas os dados que existem não deixam dúvidas de que vai haver "moderação" do ritmo de crescimento económico na Zona Euro. Em causa está a "persistência das incertezas" em relação ao comércio mundial, especialmente por causa do protecionismo, da travagem da economia chinesa e das vulnerabilidades dos mercados emergentes.
Contudo, para já, tanto o risco de recessão (contração consecutiva da economia) como o risco de deflação (redução dos preços) é visto como "altamente improvável" pelo conselho de governadores.
A desaceleração do PIB também deverá atrasar o alcance da meta da inflação. Draghi destacou a necessidade de se ter paciência uma vez que "o mecanismo de transmissão entre os salários e os preços mudou estruturalmente nos últimos anos" tanto nos EUA como na Europa. O BCE espera que as decisões tomadas hoje contribuam para pressionar os preços internos.
Ainda assim, Mario Draghi avisa que parte do problema tem de ser resolvido pelos Estados-membros. O banco central insta os países a implementarem reformas estruturais para reduzir o desemprego, aumentar a produtividade e melhorar o potencial de crescimento. Além disso, o BCE insiste na necessidade de completar a União Económica e Monetária, nomeadamente a união bancária e o mercado de capitais.
(Notícia atualizada pela última vez às 14h48)