Notícia
BCE mantém juros e não dá pistas sobre financiamento aos bancos
O Banco Central Europeu deixou os juros inalterados na terceira reunião do ano e não deu mais pormenores sobre o novo programa de financiamento para a banca.
O Banco Central Europeu (BCE) manteve esta quarta-feira, 10 de abril, as taxas de juro diretoras inalteradas na terceira reunião deste ano e assim continuarão pelo menos até ao final deste ano. Os investidores esperavam pormenores sobre o novo programa de financiamento à banca, mas não há referência a isso no comunicado.
Apesar de garantir que, pelo menos, até ao final deste ano não há mudanças nos juros, a instituição liderada por Mario Draghi reitera que os juros vão ficar em mínimos "enquanto for necessário para assegurar a continuação da convergência sustentada da inflação no sentido de níveis abaixo, mas próximos, de 2% no médio prazo".
Além disso, tal como já referia em comunicados anteriores, o BCE compromete-se a continuar a reinvestir a totalidade de dívida pública dos Estados-membros "durante um período prolongado após a data em que comece a aumentar as taxas de juro diretoras".
Na reunião de março, o banco central anunciou que ia avançar com um novo programa de financiamento à banca europeia (conhecido por TLTRO) com início em setembro deste ano e fim em março de 2021. O objetivo é estimular a concessão de crédito aos agentes económicos por parte da banca: "Estas novas operações vão ajudar a preservar as condições favoráveis de concessão [de crédito] dos bancos e suavizar a transição da política monetária", explicava o BCE.
O último desses programas deverá acabar no próximo ano e nesse momento os bancos terão de devolver os empréstimos ao BCE, o que vai retirar liquidez ao sistema financeiro e poderá funcionar como uma medida monetária restritiva. Desta forma, o banco central tenta suavizar esse impacto. No final de março, Draghi abriu a porta à possibilidade de o BCE tentar mitigar os efeitos que a política de juros negativos está a ter na rentabilidade do setor financeiro. Com este novo financiamento é provável que o BCE pague aos bancos para estes emprestarem.
Este novo programa é também a resposta do banco central à desaceleração da economia, depois de ter cortado as previsões de crescimento da Zona Euro de forma drástica no mês passado. O BCE estima que o PIB trave ainda mais e cresça apenas 1,1% em 2019 e 1,6% em 2020, em linha com os 1,3% e 1,5% previstos pelo FMI ontem. Já a inflação deverá desacelerar de 1,7% em 2018 para 1,2% em 2019, recuperando depois em 2020 para 1,5%.
Mario Draghi prepara-se para explicar o rumo da política monetária às 13:30 (hora de Lisboa) desta quinta-feira.
Segundo o comunicado de hoje, as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecem inalteradas em 0%, 0.25% e −0.40%, respetivamente. O BCE compromete-se também a manter o reinvestimento da dívida pública adquirida durante o programa de compras que acabou no final do ano passado.
Apesar de garantir que, pelo menos, até ao final deste ano não há mudanças nos juros, a instituição liderada por Mario Draghi reitera que os juros vão ficar em mínimos "enquanto for necessário para assegurar a continuação da convergência sustentada da inflação no sentido de níveis abaixo, mas próximos, de 2% no médio prazo".
Na reunião de março, o banco central anunciou que ia avançar com um novo programa de financiamento à banca europeia (conhecido por TLTRO) com início em setembro deste ano e fim em março de 2021. O objetivo é estimular a concessão de crédito aos agentes económicos por parte da banca: "Estas novas operações vão ajudar a preservar as condições favoráveis de concessão [de crédito] dos bancos e suavizar a transição da política monetária", explicava o BCE.
O último desses programas deverá acabar no próximo ano e nesse momento os bancos terão de devolver os empréstimos ao BCE, o que vai retirar liquidez ao sistema financeiro e poderá funcionar como uma medida monetária restritiva. Desta forma, o banco central tenta suavizar esse impacto. No final de março, Draghi abriu a porta à possibilidade de o BCE tentar mitigar os efeitos que a política de juros negativos está a ter na rentabilidade do setor financeiro. Com este novo financiamento é provável que o BCE pague aos bancos para estes emprestarem.
Este novo programa é também a resposta do banco central à desaceleração da economia, depois de ter cortado as previsões de crescimento da Zona Euro de forma drástica no mês passado. O BCE estima que o PIB trave ainda mais e cresça apenas 1,1% em 2019 e 1,6% em 2020, em linha com os 1,3% e 1,5% previstos pelo FMI ontem. Já a inflação deverá desacelerar de 1,7% em 2018 para 1,2% em 2019, recuperando depois em 2020 para 1,5%.
Mario Draghi prepara-se para explicar o rumo da política monetária às 13:30 (hora de Lisboa) desta quinta-feira.
Segundo o comunicado de hoje, as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecem inalteradas em 0%, 0.25% e −0.40%, respetivamente. O BCE compromete-se também a manter o reinvestimento da dívida pública adquirida durante o programa de compras que acabou no final do ano passado.