Notícia
BCE mantém juros "pelo menos até ao final de 2019" e avança com novo programa de financiamento
O Banco Central Europeu deixou os juros inalterados na segunda reunião do ano, mas já assume que o preço do dinheiro ficará baixo até ao final do ano. Além disso, anunciou ainda um novo programa de financiamento para a banca.
O Banco Central Europeu (BCE) manteve esta quinta-feira, 7 de março, as taxas de juro diretoras inalteradas na segunda reunião deste ano. E assim deverão ficar "pelo menos até ao final de 2019", revela o comunicado. Além disso, o BCE anunciou uma nova ronda de financiamento à banca europeia.
Até agora, o BCE referia nos seus comunicados que os juros iam ficar inalterados "pelo menos até durante o verão de 2019". Essa expressão mudou para "pelo menos até ao final de 2019", indo ao encontro das expectativas dos mercados. Atualmente, a expectativa da maior parte dos investidores é que uma subida dos juros só aconteça em 2020.
Independentemente deste ajuste no discurso, a instituição liderada por Mario Draghi reitera que os juros vão ficar em mínimos "enquanto for necessário para assegurar a continuação da convergência sustentada da inflação no sentido de níveis abaixo, mas próximos, de 2% no médio prazo".
Além desse ajuste no discurso, o banco central anunciou que vai avançar com um novo programa de financiamento à banca europeia (conhecido por TLTRO) com início em setembro deste ano e fim em março de 2021. "Será lançada uma nova série de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas trimestrais, que terá início em setembro de 2019 e terminará em março de 2021, tendo cada operação um prazo de dois anos", lê-se no comunicado.
O objetivo é estimular a concessão de crédito aos agentes económicos por parte da banca: "Estas novas operações vão ajudar a preservar as condições favoráveis de concessão [de crédito] dos bancos e suavizar a transição da política monetária", explica o BCE.
O último desses programas deverá acabar no próximo ano e nesse momento os bancos terão de devolver os empréstimos ao BCE, o que vai retirar liquidez ao sistema financeiro e poderá funcionar como uma medida monetária restritiva. Desta forma, o banco central tenta suavizar esse impacto.
Mas a principal novidade da reunião de hoje deverá ser a revisão em baixa do crescimento económico face às projeções de dezembro, o que só será revelado quando a conferência de imprensa começar.
Mario Draghi prepara-se para explicar o rumo da política monetária e as projeções económicas às 13:30 (hora de Lisboa) desta quinta-feira. No final de janeiro, o presidente do BCE admitia que os riscos estavam "mais negativos", mas deixou claro que o risco de recessão "é baixo". As atas da última reunião já referiam que o crescimento a curto prazo ia "ser mais fraco do que o antecipado previamente".
Segundo o comunicado de hoje, as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecem inalteradas em 0%, 0.25% e −0.40%, respetivamente. O BCE compromete-se também a manter o reinvestimento da dívida pública adquirida durante o programa de compras que acabou no final do ano passado.
(Notícia atualizada pela última vez às 13h06)
Até agora, o BCE referia nos seus comunicados que os juros iam ficar inalterados "pelo menos até durante o verão de 2019". Essa expressão mudou para "pelo menos até ao final de 2019", indo ao encontro das expectativas dos mercados. Atualmente, a expectativa da maior parte dos investidores é que uma subida dos juros só aconteça em 2020.
Além desse ajuste no discurso, o banco central anunciou que vai avançar com um novo programa de financiamento à banca europeia (conhecido por TLTRO) com início em setembro deste ano e fim em março de 2021. "Será lançada uma nova série de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas trimestrais, que terá início em setembro de 2019 e terminará em março de 2021, tendo cada operação um prazo de dois anos", lê-se no comunicado.
O objetivo é estimular a concessão de crédito aos agentes económicos por parte da banca: "Estas novas operações vão ajudar a preservar as condições favoráveis de concessão [de crédito] dos bancos e suavizar a transição da política monetária", explica o BCE.
O último desses programas deverá acabar no próximo ano e nesse momento os bancos terão de devolver os empréstimos ao BCE, o que vai retirar liquidez ao sistema financeiro e poderá funcionar como uma medida monetária restritiva. Desta forma, o banco central tenta suavizar esse impacto.
Mas a principal novidade da reunião de hoje deverá ser a revisão em baixa do crescimento económico face às projeções de dezembro, o que só será revelado quando a conferência de imprensa começar.
Mario Draghi prepara-se para explicar o rumo da política monetária e as projeções económicas às 13:30 (hora de Lisboa) desta quinta-feira. No final de janeiro, o presidente do BCE admitia que os riscos estavam "mais negativos", mas deixou claro que o risco de recessão "é baixo". As atas da última reunião já referiam que o crescimento a curto prazo ia "ser mais fraco do que o antecipado previamente".
Segundo o comunicado de hoje, as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecem inalteradas em 0%, 0.25% e −0.40%, respetivamente. O BCE compromete-se também a manter o reinvestimento da dívida pública adquirida durante o programa de compras que acabou no final do ano passado.
(Notícia atualizada pela última vez às 13h06)