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Fecho dos mercados: China e Itália atiram Europa para quebras de mais de 1% . Petróleo cede quase 2%

Enquanto Itália lança a incerteza sobre as economias do bloco europeu e a economia chinesa não parece ter sucesso na tentativa de acomodar o impacto da guerra comercial, as bolsas europeias caem acima de 1%. Nas matérias-primas, as cotações de petróleo registam um alívio que se segue aos recentes recordes de mais de quatro anos.

Bloomberg
08 de Outubro de 2018 às 17:32
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Os mercados em números

PSI-20 desce 1,55% para 5.122,99 pontos

Stoxx 600 perde 1,11% para os 372,22 pontos

S&P cede 0,25% para 2878,31 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos agravam 2,6 pontos base  para os 1,968%,

Euro recua 0,42% para 1,1475 dólares

Petróleo em Londres cai 0,83% para os 83,46 dólares o barril

 

Bolsas europeias alinham-se em quedas de mais de 1%

No fecho dos mercados, as principais praças europeias mostraram-se em sintonia nas quedas. As bolsas londrina, alemã, francesa, holandesa, grega e também a portuguesa contaram deslizes superiores a 1%, com o sector do petróleo e gás a destacar-se como o que mais desceu. O Stoxx 600, agregador de referência de 600 cotadas europeias, recuou 1,11% para os 372,22 pontos, contando a terceira queda consecutiva e atingindo um mínimo de 7 de Setembro. O panorama na Europa é afectado não só pelo confronto entre Itália e os responsáveis do bloco europeu em torno do défice italiano, como também por receios em torno de do impacto da guerra comercial na China, no dia em que o banco central chinês aliviou as exigências à banca, com o objectivo de fomentar o crescimento da economia. 

 

Por cá, o PSI-20 desceu 1,55% para 5.122,99 pontos, níveis de Setembro de 2017, com o BCP, Jerónimo Martins, Sonae SGPS, Mota-Engil e Ibersol a tocar mínimos de mais de um ano.

 

Juros portugueses e italianos de mãos dadas rumo a máximos

Os juros da dívida italiana dispararam esta segunda-feira. No fecho, a taxa remuneratória das obrigações transalpinas a dez anos subiu 14,4 pontos base para os 3,568%, isto depois de escalar 20,1 pontos base durante a sessão para os 3,625%, um máximo de Fevereiro de 2014.

 

Em Portugal a tendência é equivalente, e os juros da dívida para a mesma maturidade chegaram aos 1,968%, uma apreciação de 2,6 pontos base que concedeu um máximo de 14 de Junho.

 

Euribor mantém-se em todas as maturidades

A Euribor a três meses manteve-se hoje pela quinta sessão consecutiva em -0,318%. A taxa Euribor a seis meses manteve-se hoje, ao ser fixada em -0,267%. A nove meses, a Euribor continuou hoje em -0,208%. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor manteve-se hoje, ao fixar-se em -0,158%. 

 

Itália atira euro para mínimos de mais de um mês

A moeda única europeia está a desvalorizar 0,42% para os 1,1475 dólares, e já chegou mesmo a descer aos 1,1460 dólares, um mínimo de 20 de Agosto que marca uma queda de 0,56%. A contenda entre o país do sul da Europa e os representantes do bloco, que mantêm acesa a discórdia acerca do nível de défice a ser orçamentado pelos italianos para 2019, deixam o activo cambial europeu em desequilíbrio. 

 

Petróleo quebra quase 2% em Londres

O "ouro negro" resvala para o vermelho e segue a perder 0,83% para os 83,46 dólares, depois de ter chegado a deslizar 1,78% para os 82,66 dólares, retomando níveis do primeiro dia do mês. O alívio nos preços, que recentemente atingiram um pico de 2014, deu-se no dia em que a redução da oferta decorrente das sanções ao Irão parece ter solução à vista: por um lado, a Arábia Saudita diz ter aumentado a produção de forma a compensar possíveis quebras da parte do Irão. Paralelamente, oficiais dos Estados Unidos estarão em conversações com alguns países que procuram a isenção das sanções previstas sobre aqueles que aceitassem importar petróleo iraniano – e espera-se que estas isenções se verifiquem dentro de semanas.   

 

Alumínio lidera quebras nos metais

O alumínio já esteve a perder 4% para os 2.044,50 dólares por tonelada em Londres, a maior quebra desde Abril. Este metal afunda depois da Norsk ter avisado que está pronta para retomar os trabalhos na maior refinaria do Brasil, acalmando os receios de falta de oferta apenas alguns dias após ter anunciado que esta poderia fechar. Num panorama mais geral, os metais vivem um dia negativo numa altura em que a economia chinesa não parece estar a responder aos estímulos lançados pelo banco central que pretende contrariar os efeitos da guerra comercial.

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