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Fecho dos mercados: Bolsas sobem em dia de divórcio na UE, juros descem e petróleo recupera

No dia em que o Reino Unido deu início formal ao processo de saída da União Europeia as bolsas europeias subiram. Os ganhos do petróleo ajudaram as cotadas do sector a puxar pelo mercado.

Reuters
29 de Março de 2017 às 17:22
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,77% para 4.888,17 pontos

Stoxx 600 subiu 0,33% para 378,53 pontos

S&P 500 desce 0,05% para 2.357,43 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 6,8 pontos base para 4,003%

Euro desce 0,55% para 1,0755 dólares

Brent soma 0,94% para 52,27 dólares por barril

Bolsas imunes ao Brexit

As bolsas europeias valorizaram no dia em que o Reino Unido formalizou o pedido de saída da União Europeia. O Stoxx 600 avançou 0,33%, a segunda sessão de ganhos. A dar força às bolsas estiveram sobretudo as petrolíferas e as mineiras, com os respectivos índices a subirem 1,03% e 0,91%. Os ganhos foram alicerçados após os dados das reservas petrolíferas nos EUA. Dos 19 sectores do Stoxx 600, apenas três encerraram o dia no vermelho (banca, turismo e lazer e telecomunicações).

Apesar do Brexit, a bolsa do Reino Unido também encerrou em terreno positivo. O índice de referência avançou 0,41%. Entre as principais praças europeias apenas Madrid e Milão não aproveitaram a tendência de ganhos. Desvalorizaram 0,21% e 0,26%, respectivamente. Já o PSI-20 avançou 0,77%, impulsionado pela subida de 2,16% do BCP. O índice negoceia no nível mais alto desde Junho do ano passado. A EDP e a Galp apreciaram 0,59% e 0,47%. E a Jerónimo Martins e a Sonae subiram mais de 1%. Já a EDP Renováveis fechou inalterada em 6,90 euros, dez cêntimos acima do preço proposto pela EDP na OPA.

 

Juros em queda pela quarta sessão

A taxa das obrigações portuguesas a dez anos voltou a descer, no dia em que o Banco de Portugal melhorou as perspectivas para a economia nacional. A "yield" baixou 6,8 pontos base para 4,003% e chegou mesmo a transaccionar abaixo da fasquia de 4%. Foi a quarta queda consecutiva. As taxas espanhola e italiana também desceram 3,7 e 2,4 pontos base, respectivamente, para 1,643% e 2,137%. Isto numa altura em que as apostas de que as medidas de Trump resultem em mais inflação e juros mais altos abrandaram. A descida da taxa portuguesa permitiu que o prémio de risco face à Alemanha baixasse para 365 pontos base.

Euribor a três e seis meses sem alterações

As taxas Euribor ficaram inalteradas nos prazos a três e a seis meses. Mas subiram na maturidade a 12 meses. O indexante a três meses manteve-se no mínimo histórico de -0,330%, segundo dados da agência Lusa. A taxa a seis meses também não sofreu alterações, mantendo-se em -0,242%. Já a Euribor a 12 meses aumentou 0,1 pontos base para -0,109%.

Libra desce no dia da activação do Brexit

É oficial. O Reino Unido activou o artigo que lhe permite começar formalmente as negociações para a saída da União Europeia, mais de nove meses depois do referendo que ditou essa decisão. A libra perde 0,38% para 1,2403 dólares até porque além da incerteza sobre as negociações para a saída do Reino Unido, que podem durar dois anos, existem sinais de desunião no reino. O parlamento escocês aprovou esta terça-feira uma moção para solicitar um segundo referendo sobre a independência. Desde o referendo do Brexit a libra cede mais de 16% face ao dólar.

 

Subida abaixo do esperado das reservas dá ganhos ao petróleo

Os preços do petróleo após os dados das reservas nos EUA terem mostrado uma subida inferior ao estimado pelos analistas. O Brent valoriza 0,94% para 52,27 dólares, enquanto o West Texas Intermediate ganha 1,90% para 49,29 dólares. Na semana passada as reservas de petróleo nos EUA aumentaram em 867 mil barris para um novo recorde. Mas, ainda assim, o aumento foi inferior ao estimado pelos analistas sondados pela Bloomberg que apontavam para uma subida de 1,5 milhões de barris.

 

Rand mais fraco pressiona paládio

O paládio perde valor pela segunda sessão descendo 0,37% para 790,30 dólares, após ter atingido um máximo de dois anos. A desvalorização do rand devido a uma crise política na África do Sul devido à possibilidade de demissão do ministro das finanças, pressionou os preços da matéria-prima utilizada sobretudo na indústria automóvel. Segundo o ABN Amro, citado pela Bloomberg, um rand mais fraco torna os custos das mineiras presentes na África do Sul mais baixos, o que poderá levar a um aumento da produção de paládio.

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