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Confederação dos Agricultores critica "iô-iô fiscal" nos combustíveis

Organização liderada por Álvaro Mendonça e Moura aponta que a subida na taxa de carbono sobre os combustíveis, embora "transversalmente gravosa para todos os utilizadores de veículos motorizados", é particularmente penalizadora para os agricultores, já que o gasóleo pesa cerca de 70% no "mix" energético da atividade.

Em Itália, os agricultores defendem uma redução do preço do gasóleo agrícola e da água para utilização na agricultura, fundos adequados para compensar a perda de rendimento e a criação de um organismo de proteção para determinar o preço dos produtos.
Yara Nardi/Reuters
23 de Setembro de 2024 às 22:26
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A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) diz que o aumento das taxas de carbono cada vez que o preço dos combustíveis desce, que descreve como "iô-iô fiscal", é "errado e gerador de instabilidade económica e social".

Em comunicado, enviado esta segunda-feira às redações, a organização liderada por Álvaro Mendonça e Moura recorda que, na passada sexta-feira, dia 13, foi publicada em Diário da República uma nova portaria do Governo (a terceira em menos de um mês) que agrava a taxa de carbono dos combustíveis, "impedindo que os portugueses beneficiem da queda das cotações do petróleo e dos produtos refinados como a gasolina e o gasóleo", sinalizando que, esta semana, "ainda decorrente desse agravamento, os preços voltaram a subir".

"Esta subida na taxa de carbono sobre os combustíveis, que é transversalmente gravosa para todos os utilizadores de veículos motorizados, é particularmente penalizadora para os agricultores, já que o gasóleo pesa cerca de 70% no 'mix' energético da atividade agrícola".

Neste sentido, "a CAP apela ao Governo para que reflita sobre a necessidade efetiva de estar constantemente a aumentar a carga fiscal sobre os combustíveis, sem que daí resulte qualquer benefício direto ou evidente para o país e para os portugueses".

"Portugal tem uma carga fiscal sobre os combustíveis que impacta diretamente de forma negativa nas famílias e na atividade económica, retirando competitividade às empresas, não se conhecendo qualquer benefício direto resultante deste agravamento", frisa.

E concretiza: "Estima-se que, nas últimas semanas, em que houve uma redução do preço dos combustíveis, a carga fiscal tenha subido aproximadamente 8 cêntimos no preço final do gasóleo, anulando qualquer descida real do preço deste produto".

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