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Fecho dos mercados: Bolsas europeias sobem 2% com perspetiva de acordo EUA-China. Petróleo dispara
A perspetiva de um acordo entre a China e os EUA puxou pelas bolsas, que subiram perto de 2% na Europa. Também o petróleo e dólar beneficiaram desta maré de otimismo.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,76% para os 5.068 pontos
Stoxx 600 avançou 1,80% para 357,05 pontos
S&P 500 valoriza 1,18% para 2.667,01 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 3,2 pontos base para 1,725%
Euro cai 0,23% para 1,1363 dólares
Petróleo ganha 2,58% para 62,76 dólares por barril, em Londres
Bolsas disparam com acordo China-EUA à vista
Os mercados acionistas ganharam um novo ânimo. Na Europa, as praças registaram ganhos de perto de 2%, depois de ter sido avançado que Pequim está a preparar um plano de reforço das compras de bens norte-americanos para, daqui a seis anos, garantir uma relação comercial equilibrada entre as duas economias.
Esta oferta terá sido feita durante as negociações entre os dois países que foram retomadas no passado dia 7 de janeiro. Segundo a Bloomberg, a mesma foi recebida com ceticismo pelos negociadores norte-americanos. Neste cenário, o Stoxx 600 fechou a subir 1,80% para 357,05 pontos, no valor mais elevado desde 5 de dezembro. Nos EUA, o S&P 500 avança 1,18% para 2.667,01 pontos.
Por cá, o principal índice nacional, o PSI-20, valorizou 0,76% para os 5.068 pontos, mantendo-se em máximos de outubro. Entre as cotadas que mais puxaram pela bolsa nacional, destaque para a Jerónimo Martins e as papeleiras. A retalhista subiu 1,72% para os 12,10, um máximo de 3 de outubro. Já a Altri liderou os ganhos, com uma valorização de 2,97% para os 6,93 euros.
Juros aliviam na Europa
A taxa de juro associada à dívida a dez anos de Portugal está a recuar 3,2 pontos base para 1,725%, em linha com a tendência de alívio que se regista em quase todos os países do bloco europeu.
No caso de Espanha, os juros no mesmo prazo estão a cair 1,7 pontos base para 1,348%. Já em Itália, recuam 3,5 pontos base para 2,730%. A Alemanha é a exceção, com a taxa a dez anos a subir 1,8 pontos base para 0,261%.
Euribor a 6 e 12 meses em novos máximos
As taxas Euribor mantiveram-se em máximos desde julho do ano passado a três meses e subiram para novos máximos a seis e 12 meses em relação a quinta-feira.
Dólar a caminho da primeira semana positiva do ano
A moeda norte-americana está a valorizar contra um conjunto de moedas, preparando-se para registar o primeiro ganho semanal em cinco semanas. Assim como as bolsas mundiais, o dólar está a ser animado pelo otimismo em torno das negociações comerciais entre os EUA e a China.
A China parece estar disponível para corresponder às pretensões dos EUA e avançar com um plano de reforço das compras de bens norte-americanos para, daqui a seis anos, garantir uma relação comercial equilibrada entre as duas economias. Neste cenário, o euro recua 0,23% para 1,1363 dólares.
Petróleo em máximos de mais de um mês
Os preços do "ouro negro" escalaram para máximos de seis semanas, à boleia das notícias de que Pequim está a preparar um plano para eliminar o excedente comercial com os EUA.
O Brent, negociado em Londres, está a disparar 2,58% para 62,76 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), em Nova Iorque, valoriza 3,09% para 53,68 dólares por barril, tendo atingido o valor mais elevado em seis semanas durante a sessão.
Aumento do apetite pelo risco pressiona ouro
O metal amarelo recuou para o valor mais baixo em mais de uma semana, esta sexta-feira, depois de a perspetiva de um acordo comercial entre os EUA e a China ter animado os mercados acionistas.
O ouro está a cair 0,66% para 1.283,57 dólares por onça, enquanto a prata está a ceder 0,70% para 15,4186 dólares. "O apetite pelo risco entre os participantes no mercado está a refletir-se na subida das ações", diz Daniel Briesemann, analista do Commerzbank, acrescentando que "o ouro hoje não parece estar a ser procurado como refúgio".