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Wall Street bate recordes e Europa acompanha ganhos. Petróleo e ouro recuam

Acompanhe aqui o dia nos mercados.

Wall Street viveu, nos últimos dias, alguns dos dias mais “negros” da sua história.
Lucas Jackson/Reuters
24 de Agosto de 2020 às 17:22
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Futuros da Europa em alta após sessão asiática positiva à boleia da Tencent
A negociação dos futuros do Stoxx 50 - índice que agrupa as 50 maiores cotadas da Europa - aponta para uma abertura de sessão no "velho continente" com o pé direito, em linha com o cenário vivido no continente asiático, durante a madrugada em Lisboa, onde a Tencent, dona da aplicação WeChat, brilhou. 

Em Hong Kong, onde a empresa também negoceia, o índice liderou os ganhos na Ásia com uma subida de 1,4%. A Tencent aproximou-se dos máximos históricos atingidos há umas semanas, ao disparar mais de 4%.

Isto depois de várias notícias terem dado conta que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, estaria a negociar de forma privada com várias empresas norte-americanas para a compra da dona da aplicação WeChat.

No resto do continente asiático, a bolsa do Japão avançou 0,2%, a da China subiu 0,3% e a da Coreia do Sul valorizou 0,7%. O índice que agrupa as maiores cotadas na Ásia está a encaminhar-se para o melhor agosto desde 2003. Os futuros da Europa e dos Estados Unidos sobem 0,5% e 0,3%, respetivamente. 

Em foco está o discurso do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, no final da semana, no encontro anual do banco em Jackson Hole, Wyoming. Powell irá fazer uma revisão da política monetária, com destaque na nova estratégia que o banco central terá para a inflação. 

No campo sanitário, os governos em todo o mundo continuam a enfrentar uma forte propagação de coronavírus, com as mortes a ultrapassarem as 800 mil e os casos a superarem os 23 milhões, a nível global. Contudo, nos Estados Unidos a contaminação está a dar sinais de abrandar, mas continua em força na Europa e em alguns países asiáticos.
Petróleo estável após tempestade nos EUA encerrar parte da produção
Os preços do petróleo seguem a negociar de forma estável, depois de as tempestades tropicais na costa do Golfo, nos Estados Unidos, terem paralisado cerca de 60% da produção de petróleo, durante a madrugada. 

Por esta altura, o Brent - negociado em Londres e que serve de referência para Portugal - avança 0,2% para os 44,42 dólares e o norte-amricano WTI (West Texas Intermediate) ganha 0,1% para os 42,37 dólares por barril. 

Depois de três semanas consecutivas a valorizar, mesmo com as quedas superiores a 1% na passada sexta-feira, hoje os preços mantém-se estáveis, ainda que com uma tendência positiva. As duas tempestades tropicais no domingo, Marco e Laura, surgiram de diferentes direções e causaram estragos na ordem dos milhares de milhões de dólares na costa norte-americana.



Para além dos desastres naturais, os investidores continuam de olho no avanço da propagação de covid-19 e nos potenciais estragos que possa fazer na procura pela matéria-prima, novamente.
Ouro em alta ligeira abaixo dos 1.950 dólares

O ouro está a negociar em alta ligeira depois de ter perdido menos de 0,5% na última sessão, numa altura em que os investidores estão a avaliar os progressos alcançados ao nível do desenvolvimento de potenciais tratamento para o novo coronavírus assim como as perspetivas para a recuperação da economia global.

Nesse sentido, o mercado estará atento ao simpósio anual da Fed de Kansas City, o conhecido encontro de Jackson Hole, que este ano será virtual. As declarações do presidente da Fed, Jerome Powell, estão agendadas para quinta-feira de manhã.

Nesta altura, o ouro avança 0,33% para 1.946,80 dólares.

Euro sobe face ao dólar. Libra praticamente inalterada

A moeda única europeia está a negociar em alta ligeira face à divisa dos Estados Unidos, com os investidores a aguardarem novidades por parte do banco central norte-americano, que realiza esta semana o habitual encontro anual de Jackson Hole, este ano em formato não presencial.

O euro avança 0,09% para 1,1808 dólares, enquanto a libra cai ligeiros 0,01% para 1,3089 dólares. Em relação ao euro, a moeda britânica avança 0,12% para 1,1085 euros depois de, na sexta-feira, ter terminado sem progressos a sétima ronda negocial sobre o futuros das relações entre Londres e a União Europeia no pós-Brexit.

Europa sobe à boleia de pressão de Trump sobre tratamentos à covid-19
As praças europeias seguem a valorizar em alta, animadas com a pressão exercida por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre os tratamentos médicos e o desenvolvimento da vacina contra o coronavírus, para que seja possível que a atividade económica regresse ao normal o mais rápido possível. 

Por esta altura, o Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas da região - avança 1,45% para os 370,37 pontos, o que representa um máximo de mais de uma semana. Entre as praças europeias, destaque para o índice de Paris (+1,85%) e para a bolsa de Frankfurt (+1,74%).

Depois de Trump ter acusado a Food and Drug Administration (FDA), a agência federal de Saúde e Serviços Humanos do país, de tentar sabotar a sua possível reeleição, a FDA deu uma aprovação de emergência ao uso de plasma de pacientes recuperados para o tratamento da doença, mesmo ainda sem aprovação científica. 

Sem indicadores económicos relevantes, os investidores estão de olho no discurso do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, no final da semana, no encontro anual do banco. Powell irá fazer uma revisão da política monetária, com destaque para a nova estratégia que o banco central terá para a inflação. 

No campo sanitário, os governos em todo o mundo continuam a enfrentar uma forte propagação de coronavírus, com as mortes a ultrapassarem as 800 mil e os casos a superarem os 23 milhões, a nível global. Contudo, nos Estados Unidos a contaminação está a dar sinais de abrandar, mas continua em força na Europa e em alguns países asiáticos.
Juros da Zona Euro em alta com fuga para as ações
Os juros das dívidas públicas agravam-se para a generalidade dos países da Zona Euro, num dia em que os investidores estão a fugir para o mercado de ações, abertos ao risco.

Assim, a "yield" associada às obrigações de dívida de Portugal com maturidade a 10 anos sobe 1,2 pontos base para 0,334% e uma situação semelhante se verifica em Espanha, com uma subida igual para os 0,304%.

O mesmo para as taxas de juro italianas, que no prazo a 10 anos seguem a subir respetivamente 1,5 pontos base para os 0,957%. 


Os juros referentes à dívida alemã, a referência para a região, sobem 1,4 pontos base para -0,497%, fugindo dos mínimos de 10 de agosto.


Wall Street marca recordes com otimismo em torno dos tratamentos para a covid-19
Os índices S&P 500 e Nasdaq Composite atingiram máximos históricos na abertura desta segunda-feira, depois de o regulador da saúde nos Estados Unidos ter aprovado o alargamento do uso de plasma de doentes recuperados da doença.

Por esta altura, o Dow Jones avança 0,58% para os 28.093,43 pontos e o S&P 500 ganha 1,31% para os 28.093,43 pontos, o que representa um novo máximo histórico, que ultrapassa o patamar atingido na quinta-feira.

O mesmo acontece com o tecnológico Nasdaq Composite, que vai ganhando 0,80% para os 3.424,40 pontos.

A notícia foi anunciada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que disse este domingo que um tratamento para o novo coronavírus que envolve plasma de doentes recuperados da doença será alargado a mais pacientes, depois de ter recebido o "ok" do regulador norte-americano.

"Esta é uma terapia poderosa", afirmou o líder da Casa Branca, numa conferência de imprensa. "A decisão conhecida hoje aumentará significativamente o acesso a este tratamento", acrescentou Trump, referindo-se à autorização dada pela U.S. Food and Drug Administration (FDA) para o alargamento do uso do chamado plasma convalescente em certos pacientes, apesar de os estudos científicos ainda não estarem totalmente concluídos.

A decisão da U.S. Food and Drug Administration foi conhecida um dia depois de Trump ter acusado os reguladores de agirem de forma demasiado lenta, com o objetivo de prejudicarem a sua reeleição nas presidenciais de novembro.

Sem indicadores económicos relevantes, os investidores estão de olho no discurso do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, no final da semana, no encontro anual do banco. Powell irá fazer uma revisão da política monetária, com destaque para a nova estratégia que o banco central terá para a inflação. 
Libra recua pelo segundo dia com impasse no Brexit
A libra está a depreciar contra o euro pela segunda sessão consecutiva, estando a cair 0,27% face à moeda única europeia. Esta desvalorização da divisa britânica acontece depois de, na passada sexta-feira, ter terminado uma nova ronda negocial quanto à relação futura entre a União Europeia e o Reino Unido sem que se tenham registado avanços concretos na discussão entre as partes. 

Já o euro está a ganhar 0,19% para 1,1819 dólares, enquanto o dólar segue em queda contra um cabaz composto pelas principais moedas mundiais. 
Juros voltam a subir na Zona Euro. Itália é exceção

Os juros das dívidas públicas apresentam nova tendência de agravamento na Zona Euro, com as generalidade das "yields" a transacionarem em alta pela segunda sessão seguida.

É o caso da taxa de juro associada às obrigações soberanas de Portugal com prazo a 10 anos, que sobe 0,7 pontos base para 0,329%, e também da "yield" referente aos títulos espanhóis com a mesma maturidade, que avança 1,8 pontos base para 0,310%.

Também a taxa de juro correspondente às obrigações germânicas a 10 anos cresce 0,4 pontos base para -0,506%, a primeira subida após seis sessões consecutivas em que os juros relativos à dívida de referência do euro aliviaram.

Nota ainda para a principal exceção à tendência verificada no espaço da moeda única. Os juros associados à dívida da Itália a 10 anos recuam 0,5 pontos base para 0,936%, um descida que se segue a dois dias consecutivos de agravamento.

Furacões no Golfo do México animam petróleo
Os preços do petróleo seguem em alta na sessão inaugural da semana, beneficiando da suspensão da produção no Golfo do México devido à proximidade de furacões.

O barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em outubro sobre 0,78%, para os 42,67 dólares.

Em Londres, os contratos de outubro do Brent do Mar do Norte, referência para o mercado europeu, incluindo Portugal, avança 1,24%, cotando nos 44,90 dólares por barril.
Ouro cede pressionado pela estabilização do dólar
O preço do ouro segue em queda esta segunda-feira, com a estabilização do dólar a retirar o "combustível" dos ganhos das últimas semanas. 

O metal amarelo tocou máximos a 6 de agosto, quando fixou um recorde nos 2.063,54 dólares, e voltou a superar a fasquia dos dois mil dólares a 18 de agosto, culminando um rally parcialmente alimentado pela queda do dólar. Desde então, contudo, a divisa norte-americana estabilizou e o ouro perdeu fulgor.

O preço da onça de ouro nos contratos a pronto (spot) recuava 0,59%, para os 1.928,96 dólares. 
Bolsas europeias ganham com Trump a acelerar rumo a vacina
As principais bolsas europeias negociaram em alta na sessão desta segunda-feira, registando subidas em torno de 2%. O índice de referência do velho continente, o Stoxx600, apreciou 1,58% para 370,85 pontos num dia em que tocou em máximos de 14 de agosto e em que foi sobretudo impulsionado pelo setor petrolífero do velho continente, que ganhou cerca de 3%. A travar subidas mais expressivas na Europa esteve a queda do setor das viagens. 

Tal como o Stoxx600, também o índice lisboeta PSI-20 interrompeu uma série de duas sessões em queda para fechar com uma valorização de 1,95% para 4.428,79 pontos, apoiado em especial nas subidas da Galp Energia (+4,53% para 9,368 euros) e da EDP (+3,32% para 4,425 euros). 

A alimentar o otimismo dos investidores europeus estiveram as perspetivas mais positivas quanto ao tratamento da covid-19, isto depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que o recurso a plasma de doentes recuperados da doença, método já aprovado pelo regulador de saúde norte-americano, será alargado a mais norte-americanos infetados pelo novo coronavírus. Trump deu ainda indicações para a agilização do processo de aprovação de uma vacina contra a covid-19.

Também a justificar as subidas das bolsas está o desanuviar face ao recente crescendo de tensão na relação comercial e diplomática entre os EUA e a China. A Bloomberg escreve que a administração norte-americana deu, ainda que de forma privada, garantias a empresas americanas de que poderão continuar a fazer negócios com a chinesa WeChat, isto depois de o líder dos EUA ter banido a aplicação há apenas duas semanas.
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