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Abertura dos mercados: Bolsas, petróleo e euro no vermelho

Bolsas europeias em terreno negativo, assim como a moeda única europeia e o petróleo, num dia em que os investidores aguardam com expectativa o discurso da presidente da Reserva Federal norte-americana.

Bloomberg
12 de Novembro de 2015 às 08:39
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Os mercados em números

PSI-20 cai 0,70% para 5.212,36 pontos

Stoxx 600 perde 0,40% para 377,21 pontos

Nikkei valorizou 0,03% para 19.697,77 pontos

"Yield 10 anos de Portugal avança 1,8 pontos base para 2,759%

Euro recua 0,02% para 1,0741 dólares

Petróleo cai 0,17% para 45,73 dólares por barril em Londres

 

Discurso de Yellen e resultados condicionam bolsa

As bolsas europeias caem esta manhã, num dia em que os investidores estarão atentos a algumas cotadas europeias e aguardam pelo discurso da presidente da Reserva Federal dos EUA, marcado para esta quinta-feira em Washington.

A Bloomberg refere algumas cotadas às quais vale a pena estar atento hoje, sendo elas a farmacêutica Merck KGaA, que aumentou a sua estimativa de lucro anual depois dos resultados trimestrais terem superado as perspectivas dos analistas; a Siemens, que pode estar mais activa depois de aumentar dividendos e anunciar um programa de recompra de acções; a energética alemã RWE, que reportou uma queda nas receitas dos últimos nove meses e a Repsol, depois de reportar lucros abaixo das estimativas dos analistas.

O Stoxx 600 perde 0,40% para 377,21 pontos, o espanhol  IBEX recua 0,50% para 10.325,80 pontos, o germânico DAX cai 0,26% para 10.879,46 e o AEX de Amesterdão desvaloriza 0,60% para 466,39 pontos.

O principal índice da bolsa portuguesa cai 0,70% para 5.212,36 pontos. Com 14 cotadas em queda, uma em alta e três inalteradas, o PSI-20 está a ser penalizado pela Galp, pela EDP e pela Semapa.

 

Juros a 10 anos avançam em linha com "yield" espanhola

Os juros da dívida soberana portuguesa a 10 anos avançam 1,8 pontos base para 2,759%, em linha com a "yield" de Espanha, que soma 1,2 pontos base para 1,842%. Já os juros da dívida alemã a 10 anos somam 0,6 pontos base para 0,617%.

 

Euro cai pressionado por Yellen

A moeda única europeia recua ligeiramente 0,02% para 1,0741 dólares, num dia em que os investidores aguardam pelo discurso de Jannet Yellen, que falará esta quinta-feira em Washington, em busca de pistas sobre um eventual aumento das taxas de juro.

Ouro avança impulsionado por aumento da procura

A matéria-prima está a valorizar 0,14% para 1087,80 dólares por onça. A compra de ouro – incluindo barras, jóias e moeda – aumentou para o nível máximo em dois anos, impulsionada pela queda nos preços. A compra da matéria-prima aumentou 8% para 1.121 toneladas métricas no último trimestre face ao ano passado, segundo informações do World Gold Council divulgadas esta quinta-feira, escreve a Bloomberg. A instituição também atribui o aumento da procura ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia e à crise grega.

"É bom ter uma boa notícia para falar no que concerne o ouro depois do que tem sido um primeiro semestre calmo e estável", diz Alistair Hewitt, citado pela Bloomberg. "Não há dúvida que uma queda nos preços do ouro deram às pessoas que estavam nas margens uma oportunidade real para entrar no mercado", acrescentou.

 

Petróleo negoceia abaixo dos 46 dólares

O Brent, negociado em Londres e preço de referência para a Europa cai 0,17% para 45,73 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, recua 0,02% para 42,92 dólares por barril.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) continuam a produzir acima da sua quota colectiva e das estimativas da Bloomberg apontam para um aumento dos inventários na ordem dos 1,3 milhões de barris na semana passada, enquanto se aguarda pelos dados da Energy Information Administration.

Os investidores estão hoje também expectantes quanto aos discursos dos responsáveis da Reserva Federal norte-americana, incluindo Jannet Yellen. Os investidores esperam que as intervenções possam dar pistas sobre para quando um eventual aumento das taxas de juro.

Destaques do dia

Risco da dívida face a Espanha e Itália quase duplica desde as eleições. As taxas da dívida estão a recuar. O diferencial face à Alemanha também, mas contra Espanha e Itália mantém-se bem mais elevado do que antes de os portugueses irem às urnas. É um reflexo da tensão em torno do panorama político nacional.

Taxas fixas da habitação também já estão negativas. Não são apenas as Euribor que assumem valores abaixo de zero. Também as taxas "swap", tipicamente utilizadas nas soluções de taxa fixa do crédito da casa, estão negativas até três anos. Mas estas não deverão ser dadas às famílias.

Banif passa de prejuízos a lucros nos primeiros nove meses do ano. O banco liderado por Jorge Tomé reportou um resultado líquido de 6,2 milhões de euros entre Janeiro e Setembro, contra perdas de 154,9 milhões no período homólogo do ano passado.

PS avisa Parpública que venda da TAP tornará mais cara a reversão. O grupo parlamentar do PS escreveu uma carta ao presidente da Parpública a pedir-lhe que cancele a venda da TAP, que deveria ser formalizada hoje. Ana Paula Vitorino, que subscreve a missiva, diz esperar que "haja bom senso" por parte deste organismo.

Fitch: Abrandamento da consolidação orçamental terá impacto negativo no "rating" de Portugal. A agência de notação financeira diz que um Governo liderado pelo PS e apoiado pelo PCP e BE não elimina a incerteza política. A coesão de qualquer novo Executivo é essencial, bem como as medidas que prosseguir.

Violas emite dívida para beneficiar de juros baixos. O grupo Violas realizou uma emissão de dívida privada a oito anos, com o objectivo de realocar parte da sua dívida a longo prazo, garantindo uma maior estabilidade financeira à companhia.

IBM celebra 100 anos na bolsa com ganhos de 3.400.000%. A IBM celebra 100 anos desde a entrada na bolsa de Nova Iorque, esta quarta-feira, dia 11 de Novembro. Num século avançou 3.400.000%, mas as perspectivas actuais são menos optimistas, dizem os analistas.

Schroders passa a deter participação qualificada na Galp. A Schroders aumentou para mais de 2% a sua participação na Galp Energia, através da compra de mais de 400 mil acções da petrolífera portuguesa no passado dia 9 de Novembro.

Banif dispara mais de 17% antes de apresentar resultados. O banco madeirense recuperou de duas sessões de fortes perdas, antes de apresentar os resultados trimestrais que deverão confirmar a tendência de recuperação iniciada no primeiro trimestre.

Lucros da Glintt aumentam 5,8% até Setembro. A tecnológica portuguesa teve lucros de 795 mil euros nos primeiros noves meses do ano, um aumento de 5,8% face ao período homólogo. A Glintt justifica este crescimento com a evolução positiva do mercado doméstico e realça que o abrandamento da actividade internacional se deveu ao mercado angolano.

 

O que vai acontecer hoje

Relatório da OPEP – Depois da Agência Internacional de Energia, chega a vez da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publicar o seu relatório mensal sobre o mercado petrolífero.

Resultados em Lisboa – Numa altura em que grande parte das cotadas nacionais já apresentaram as contas, será a vez da Sonae Indústria revelar aos seus accionistas dos resultados do terceiro trimestre deste ano.

Inflação na Alemanha – Será conhecido o índice de preços no consumidor na maior economia da Europa, relativo a Outubro. A estimativa dos economistas consultados pela Bloomberg é para que a inflação se tenha mantido em 0,3%.

Desemprego nos EUA – Vão ser revelados tanto os números de novos pedidos de subsídio de desemprego, na semana terminada a 7 de Novembro, como os subsídios de desemprego continuados, na semana terminada a 31 de Outubro. A taxa de desemprego tem sido alvo de escrutínio por parte dos responsáveis da Fed, numa altura em que o banco central se prepara para subir a taxa de juro nos EUA.

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