Notícia
Abertura de mercados: Bolsas em alta, petróleo e euro em queda
As bolsas do Velho Continente estão a negociar sobretudo em terreno positivo. No mercado cambial, o euro perde terreno face ao dólar pressionado pela situação da Grécia.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,40% para 5.965,69 pontos
Stoxx 600 soma 0,55% para 408,79 pontos
Nikkei subiu 0,12% para 20.437,48 pontos; Topix valorizou 0,03% para 1.659,57 pontos.
Euro recua 0,77% para 1,0893 dólares.
Petróleo em Londres desce 0,66% para 65,09 dólares.
Bolsas europeias no verde
O sentimento da maioria das praças do Velho Continente nesta terça-feira, 26 de Maio, é de ganhos, recuperando um pouco das perdas registadas ontem. Esta segunda-feira, a praça britânica e a praça alemã estiveram encerradas por ser feriado nos dois países. Na sequência disso, verificou-se uma fraca liquidez, tendo as praças do Velho Continente sido arrastadas pelas quedas das praças espanhola e da praça grega. Madrid encerrou ontem a cair 2% no primeiro dia a seguir às eleições municipais e autonómicas no país.
O PP, de Mariano Rajoy, conseguiu manter a liderança em percentagem de votos nas autarquias, mas não foi o vencedor, uma vez que perdeu muitos votos, face às eleições de 2011. O partido do primeiro-ministro obteve os piores resultados nas eleições municipais em mais de 24 anos, gerando nos investidores o receio sobre as eleições legislativas agendadas para este ano.
Porém, a derrota dos populares não representou uma vitória para o PSOE. Pelo contrário, o partido liderado por Pedro Sanchez recuou dois pontos face às eleições 2011, ficando apenas com 25% do total dos votos. Os movimentos de cidadãos, em particular o Podemos (esquerda) e o Ciudadanos (centro-direita), confirmaram a sua força, tornando-se peças incontornáveis em algumas regiões e ganhando inclusivamente alguns municípios, como foi o caso de Barcelona.
Esta terça-feira, os investidores aguardam por mais desenvolvimentos em relação à situação da Grécia. Este domingo, 24 de Maio, o ministro do Interior grego admitiu que a Grécia poderá não conseguir cumprir as suas obrigações com os credores. Nikos Vutsis sinalizou que Atenas não vai conseguir reembolsar o Fundo Monetário Internacional em 1,6 mil milhõesde euros em Junho por os cofres gregos estarem vazios.
Entretanto, Gabriel Sakellaridis, porta-voz do Governo grego, garante que o país vai honrar as suas obrigações enquanto conseguir, e que o pagamento dos salários e pensões no final de Maio está assegurado.
Por outro lado, num artigo publicado esta segunda-feira, Yanis Varoufakis, o ministro grego das Finanças explica que o ponto de discórdia nas negociações é a exigência de mais austeridade por parte dos credores. Até porque, para o governante, as motivações dos credores não são as que eles dizem ser.
Juros da dívida a 10 anos aliviam
Depois de ontem, o foco na divida pública nacional ter estado na taxa da dívida a 10 anos, que avançou 42,6 pontos base para 2,855% - o valor mais elevado desde meados de Dezembro -, esta terça-feira, verifica-se um alívio. Por esta altura, a dez anos, as "yields" descem 34,7 pontos base para 2,507%.
O Negócios escreve hoje que a subida de ontem pode ser culpa da falta de liquidez.
Nas restantes maturidades verifica-se uma subida ligeira, com excepção para o prazo a dois anos, em que se verifica uma queda de 3,2 pontos base para 0,025%.
Euro recua para 1,08 dólares
O euro está a recuar 0,77% para 1,0893 dólares na sessão desta terça-feira pressionada pela situação na Grécia. Yanis Varoufakis, o ministro grego das Finanças explicou ontem que o ponto de discórdia nas negociações é a exigência de mais austeridade por parte dos credores. Até porque, para o governante, as motivações dos credores não são as que eles dizem ser.
Petróleo em queda
O petróleo está a cair nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate desce 0,39% para 59,49 dólares. E o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, recua 0,66% para 65,09 dólares por barril.
A penalizar a negociação do barril de Brent está o facto de os investidores estarem a pesar a violência que se vive no Médio Oriente e os sinais que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai manter um fornecimento de petróleo amplo. O encontro da OPEP está agendado para 5 de Junho.
Ouro acima dos 1200 dólares
O ouro está a recuar 0,55% para 1.200,02 dólares. Este comportamento tem lugar numa altura em que os investidores avaliam as palavras de alguns membros da Reserva Federal do Estados Unidos para tentarem perceber quando é que a autoridade monetária poderá subir os custos de financiamento.
Destaques do dia
Semapa lança OPA sobre o seu capital e oferece acções da Portucel. A Semapa vai avançar com uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre si própria, numa operação que inclui uma troca de acções com a Portucel. Ou seja, os accionistas da Semapa que aceitarem a operação vão receber em troca títulos da Portucel.
Portucel passará a ter quase 40% do capital em bolsa. A Semapa lançou uma OPA sobre si própria e, em troca, oferece acções da Portucel. Se a operação tiver sucesso, a Portucel passará a ter praticamente 40% do seu capital em bolsa.
Juros da dívida nacional a 10 anos dispararam? Talvez não. Com os receios em torno da Grécia e as eleições em Espanha, as taxas de juro da dívida subiram. Mas foi a "yield" de Portugal a 10 anos que disparou. Essa é a indicação da Bloomberg que, dizem os analistas, está errada. A culpa é da falta de liquidez, escreve esta terça-feira, 26 de Maio, o Negócios.
BCE abranda compra de activos mas prepara-se para cumprir objectivo. Para cumprir o objectivo mensal de 60 mil milhões de euros, a instituição monetária da Zona Euro terá apenas de comprar cerca de 12,7 mil milhões em activos, ao longo desta semana. Através dos três programas, o BCE já adquiriu um total de 223 mil milhões de euros em activos.
O que vai acontecer hoje
Nos distribui dividendos aos accionistas, relativos aos lucros de 2014
Banco de Portugal divulga o relatório de estabilidade financeira, relativo ao segundo semestre de 2014
Divulgação do índice de gestores de compras (PMI) compósito da Markit para os EUA, relativo a Maio
Divulgação do índice de confiança dos consumidores nos EUA, relativo a Maio