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Abertura dos mercados: Petróleo recupera 1% após seis quedas. Europa pintada de vermelho

As bolsas europeias estão pintadas de vermelho enquanto os investidores ainda digerem os dados económicos negativos nos EUA. Já o petróleo recupera após seis quedas consecutivas.

Reuters
02 de Outubro de 2019 às 09:24
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Os mercados em números
PSI-20 desce 0,58% para os 4.920,31 pontos
Stoxx 600 recua 0,89% para os 4.920,31 pontos
Nikkei desceu 0,49% para os 21.778,61
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,2 pontos base para os 0,193%
Euro desvaloriza 0,14% para os 1,0918 dólares
Petróleo em Londres valoriza 0,12% para 58,96 dólares o barril

Bolsas europeias desvalorizam pela segunda sessão
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a desvalorizar 0,89% para os 4.920,31 pontos esta quarta-feira, 2 de outubro, sofrendo perdas pela segunda sessão consecutiva, depois de ontem ter registado a maior queda desde agosto. As bolsas mundiais continuam a ser penalizadas pela notícia que marcou a negociação de ontem: a produção industrial dos EUA está em mínimos de mais de dez anos, o que fez disparar o receio face a uma recessão. 

Ontem, na Europa registaram-se perdas mais acentuadas do que em Wall Street. Segundo os analistas do BPI, no diário de bolsa, "esta reação tem o seu fundamento pois os sinais de alarme nos EUA ainda não são consensuais, enquanto que na Europa são inequívocos". Além disso, o PMI para os países europeus também voltou a confirmar a debilidade da indústria europeia.

No Stoxx 600, 563 cotadas estão a desvalorizar, apenas 33 negoceiam em alta e quatro estão inalteradas.

Nas principais praças europeias, os índices também negoceiam em terreno negativo. Em Lisboa, o PSI-20 segue em baixa ao ser pressionado pela maior parte das cotadas, das quais se destaca o BCP que já esteve a descer 2%.

Juros europeus em alta
Ainda a digerir o "susto" de ontem no mercado obrigacionista no Japão com fraca procura na emissão a 10 anos, os juros das dívidas soberanas continuam a subir. No caso de Portugal, os juros a dez anos agravam-se em 2,2 pontos base para os 0,193%. Já na Alemanha os juros a dez anos sobem 2,9 pontos base para os -0,537%.

Euro desliza assim como o dólar
O euro está a perder 0,14% para os 1,0918 dólares na sessão de hoje. Um fator que pesará na evolução do euro são as expectativas face ao rumo das taxas de juro definidas pelo BCE. Ontem o presidente do BCE, Mario Draghi, avisou em Atenas que se houver estímulos orçamentais suficientemente fortes os juros podiam subir mais depressa do que se espera atualmente, o que contribuirá para valorizar o euro face às outras divisas.

Já o dólar também está a ceder ligeiramente dado que os investidores começam a acreditar cada vez mais que a Fed possa ter de baixar os juros na reunião do final deste mês, após a divulgação dos dados económicos negativos nos EUA.

Petróleo sobe mais de 1%
O petróleo acumulava já seis sessões de descidas consecutivas, perdendo mais de 8% do seu valor, mas inverteu a tendência esta quarta-feira, 2 de outubro. A cotação do barril chegou a subir mais de 1% em Nova Iorque esta manhã dado que a queda "surpresa" dos inventários nos EUA e a descida da produção da OPEP compensam os receios com a economia mundial (procura futura por petróleo). 

De acordo com a Bloomberg, que cita fontes com conhecimento dos dados, a Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) deverá anunciar que os stocks de petróleo baixaram em 5,9 milhões de barris na semana passada. Os analistas consultados pela Bloomberg antecipavam uma subida. 

O preço do petróleo a nível internacional está agora a um nível mais baixo do que no período anterior ao ataque com drones a instalações petrolíferas da Arábia Saudita que reduziu temporariamente a capacidade em 50%. 

Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 0,58% para os 53,93 dólares ao passo que o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, sobe 0,12% para os 58,96 dólares.

Ouro ganha com maus dados nos EUA
O metal precioso está a avançar pela segunda sessão consecutiva após a divulgação da produção industrial nos EUA - que está em mínimos de mais de 10 anos - ter alimentado os receios de que a maior economia do mundo pode entrar em recessão. Além disso, esse dado dá mais razões à Fed para cortar os juros diretores, o que tende a ser benéfico para os investimentos em ouro.

Acresce que as tensões geopolíticas também estão a beneficiar o metal precioso. O Japão denunciou durante a madrugada que a Coreia do Norte disparou um míssil balístico submarino, segundo a Bloomberg. 

Desta forma, o ouro inverte a tendência de descida, após tocar em mínimos de oito semanas por causa da força do dólar. Nesta altura, a cotação sobe 0,14% para os 1.481,24 dólares por onça.
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