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Abertura dos mercados: Lira volta a cair com novas ameaças dos EUA. Petróleo desce há sete semanas

A divisa turca regressa às quedas esta sexta-feira com as novas ameaças do lado norte-americano. Já o petróleo está prestes a concluir a maior série de quedas semanais em três anos.

EPA
Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt 17 de Agosto de 2018 às 09:30
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,02% para 5.485,85 pontos
Stoxx 600 sobe 0,02% para 381,50 pontos
Nikkei valorizou 0,35% para 22.270,38 pontos
Yield a 10 anos de Portugal recua um ponto base para 1,843%
Euro avança 0,24% para 1,1388 dólares
Petróleo, em Londres, sobe 0,2% para 71,57 dólares por barril

Bolsas europeias sem rumo
Na China, a bolsa de Xangai terminou esta sexta-feira num mínimo de 31 meses com o sector da saúde a pressionar as cotadas chinesas. Já as bolsas europeias seguem sem rumo definido, alternando entre pequenas subidas e descidas.

Depois de fortes quedas no início da semana, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, recuperou na sessão desta quinta-feira, mas esta sexta-feira, dia 17 de Agosto, a variação é tímida.

O Stoxx 600 está neste momento a valorizar apenas 0,02% para os 381,50 pontos, mas os sectores europeus mais expostos à guerra comercial estão em queda. É o caso do sector da banca, do automóvel e das matérias-primas.

Em Lisboa, o PSI-20, que nesta semana acompanhou as perdas da Europa, também está sem rumo definido. A bolsa nacional perde neste momento apenas 0,02% para os 5.485,85 pontos, depois de uma sessão de fortes ganhos. A Pharol é uma das cotadas que mais desvaloriza após convocar uma assembleia-geral para decidir se vai ao aumento de capital da brasileira Oi.

Juros aliviam com reunião dos EUA com a China
A expectativa de que a reunião entre os EUA e a China no final deste mês acalme a guerra comercial está a aliviar os juros da Zona Euro. Além disso, a redução da tensão da Turquia beneficiou os juros da Itália uma vez que a banca italiana é das mais expostas à economia turca.

Os juros italianos deslizam 0,2 pontos base para os 3,115%, mantendo-se acima da barreira psicológica dos 3%. Já os juros portugueses a dez anos aliviam um ponto base para os 1,843% e os espanhóis caem 0,5 pontos base para os 1,44%. Os juros alemães no mesmo prazo aliviam 1,8 pontos base para os 0,302%.

Lira volta a cair com ameaças dos EUA
Os Estados Unidos estão prontos a penalizar ainda mais a Turquia por causa da não libertação do pastor norte-americanos preso no país. A garantia foi deixada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, numa reunião do Executivo de Donald Trump. O presidente dos EUA confirmou depois num tweet que continuará a lançar sanções económicas até que o pastor seja libertado.

A divisa turca volta esta sexta-feira a perder face ao dólar, depois da recuperação das últimas três sessões não ter sido suficiente para compensar a desvalorização de 40%. A estratégia do Banco Central da Turquia, as mensagens de confiança do Governo, o investimento de 15 mil milhões do Qatar e o apoio da Alemanha não estão a ser suficientes para fortalecer a lira novamente. A divisa turca cede 0,21% para os 0,17135 dólares.

Já o euro está há três sessões a recuperar face ao dólar. A divisa europeia sobe 0,1% para os 1,1388 dólares.

Petróleo a caminho de sete semanas de perdas
O barril de petróleo está a caminho da maior série de perdas semanais em três anos, de acordo com os dados da Bloomberg, acumulando sete semanas de quedas. A penalizar o "ouro negro" tem estado a divisão entre as principais economias do mundo, os EUA e a China, assim como o aumento das reservas de barris em várias partes do mundo. Esta fragilidade foi exacerbada pela turbulência na Turquia que afectou os mercados emergentes e a subida surpreendente das reservas nos Estados Unidos.

O Brent, em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, sobe 0,2% para os 71,57 dólares e o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 0,17% para os 65,57 dólares.

Ouro será refúgio novamente?
O metal precioso deixou de ser o activo de refúgio por excelência dos investidores, perdendo essa batalha para o dólar, mas os analistas prevêem que isso volte a mudar. Rick Rule, CEO da Sprott U.S. Holdings, não sabe quando isso irá acontecer, mas assegura que o ouro voltará a ter o título de refúgio, depois de tocar em mínimos de Janeiro de 2017 e ter estado cinco meses a perder valor. Esta sexta-feira o ouro segue a valorizar 0,24% para os 1.178,95 dólares por onça. 

Depois da recuperação desta quinta-feira, as matérias-primas voltam a desvalorizar mesmo com os sinais positivos da China e dos EUA sobre as negociações no final deste mês. O cobre perde 1,2% para os 5,868 dólares por tonelada e o chumbo e o zinco deslizam mais de 2%. Em causa continuam os receios sobre a desaceleração da procura mundial num momento em que há vários países em confronto comercial.
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