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Abertura dos mercados: Juros italianos aliviam há cinco semanas. Bolsas renovam mínimos e euro sobe

A última sessão da semana traz boas notícias para os juros italianos que aliviam há mais de um mês, para o euro que caminha para a melhor semana desde Agosto e para o ouro que está em máximos de Junho. Já as bolsas e o petróleo estão em mínimos.

Reuters
21 de Dezembro de 2018 às 09:31
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Os mercados em números
PSI-20 desvaloriza 0,66% para os 4.644,17 pontos
Stoxx 600 cai 0,62% para os 334,49 pontos
Nikkei desvalorizou 1,11% para 20.166,19 pontos 
"Yield" 10 anos de Portugal sobe 0,7 pontos base para os 1,662%
Euro cede 0,11% para os 1,1434 dólares 
Petróleo sobe 0,06% para 54,39 dólares por barril em Londres

Bolsas europeias renovam mínimos de Novembro de 2016
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a desvalorizar 0,62% para os 334,49 pontos nesta sexta-feira, 21 de Dezembro. A poucos dias do Natal, os investidores europeus continuam sem prendas. As bolsas renovaram mínimos de mais de dois anos, penalizadas pelo sector imobiliário e pelo sector das telecomunicações. 

As bolsas europeias continuam a ser afectadas pelo andamento de Wall Street, que voltou a cair. Desta vez pesou não só a indicação da Fed de que vai subir os juros duas vezes no próximo ano, mas também o perigo de paralisação dos serviços públicos nos EUA por causa do financiamento do muro na fronteira com o México. O montante pedido por Donald Trump já foi aprovado no congresso, mas terá de passar no senado. 

Além disso, o conflito comercial entre os Estados Unidos e a China conheceu mais um capítulo. O Departamento da Justiça decidiu acusar cidadãos chineses de espiarem durante uma década os EUA para roubar propriedade intelectual e outros dados de uma dúzia de empresas. A China já veio exigir que as acusações sejam retiradas. 

Na bolsa nacional a tendência é a mesma. O PSI-20 perde 0,66% para os 4.644,17 pontos, acumulando três semanas consecutivas de quedas - esta semana caminha para ser a pior desde Outubro. A praça lisboeta renovou mínimos de Março de 2017, pressionada pelas quedas da Galp que está em mínimos de Julho do ano passado. 

Juros italianos aliviam há cinco semanas consecutivas
Depois da tempestade, a bonança. Os juros italianos a dez anos estão a aliviar há cinco semanas consecutivas, atingindo mínimos de Junho. Este desempenho das obrigações de Itália representa uma queda do custo de financiamento no mercado secundário para o Governo, depois de firmar tréguas com Bruxelas ao baixar o défice previsto no Orçamento do Estado para 2019. 

Apesar dessa trajectória, os juros estão a subir neste início de sessão. Os juros italianos a dez anos sobem 5,3 pontos base para 2,791%. Já os juros portugueses a dez anos somam 0,7 pontos para os 1,662%.

Euro com melhor semana desde Agosto
A queda do dólar, que está em mínimos de um mês, foi a oportunidade para o euro brilhar. A divisa europeia sobe há cinco sessões consecutivas e, se assim continuar, esta semana deverá ser a melhor para o euro desde Agosto. No entanto, hoje a divisa está a desvalorizar ligeiramente: cede 0,11% para os 1,1434 dólares nesta sessão. 

A divisa norte-americana está a caminho da maior queda semanal em dez meses ao desvalorizar 1,2%. 

Petróleo alivia, mas quase iguala "semana horribilis" de Novembro
A cotação do barril está a subir ligeiramente neste arranque de sessão, recuperando das fortes quedas dos últimos dias. Contudo, o petróleo está a caminho de fechar a semana com a maior desvalorização desde a "semana horribilis" de Novembro em que perdeu mais de 10% tanto em Londres como em Nova Iorque. 

O WTI, negociado em Nova Iorque, está a valorizar 0,41% para os 46,06 dólares, acumulando ainda assim uma desvalorização semanal próxima de 10%. O quarto trimestre deste ano poderá vir a ser o pior trimestre do crude em quatro anos.

Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, está a subir 0,06% para os 54,39 dólares, acumulando uma desvalorização semanal próxima de 9%. 

Ouro em máximos de Junho
A queda do dólar - devido a perspectivas de juros menos elevados no próximo ano - conjugada com os sinais que apontam para uma desaceleração económica está a beneficiar o metal precioso ao funcionar como activo de refúgio.

No entanto, hoje o ouro cede 0,02% para os 1.259,62 dólares por onça. Apesar disso, o metal precioso está em máximos de Junho. Os analistas antecipam que 2019, por causa da incerteza, seja um bom ano para o ouro.
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