Notícia
Abertura dos mercados: Europa prolonga ganhos no arranque de 2020. Juros portugueses em máximos de julho
As bolsas europeias arrancaram 2020 com o pé direito, valorizando nas primeiras horas de negociação do novo ano. Os juros soberanos na Europa estão a subir, incluindo os portugueses.
Os mercados em números
PSI-20 valoriza 0,57% para os 5.243,91 pontos
Stoxx 600 soma 0,86% para os 419,4 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,7 pontos base para 0,46%
Euro desvaloriza 0,01% para 1,1211 dólares
Petróleo em Londres avança 0,79% para os 66,52 dólares por barril
Após ano histórico, bolsas europeias prolongam ganhos no arranque de 2020
Em 2019, as bolsas europeias registaram ganhos superiores a 20%, a maior valorização desde 2009. Na primeira sessão do novo ano, as ações europeias seguem pelo mesmo caminho ao valorizar no arranque desta quinta-feira, 2 de janeiro.
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a valorizar 0,86% para os 419,4 pontos, após ter desvalorizado nas últimas duas sessões do ano anterior. O índice europeu de referência negoceia perto dos máximos históricos atingidos na reta final de 2019.
A impulsionar os mercados bolsistas no início de 2020 está a decisão do banco central chinês de reduzir as exigências para os rácios de capital dos bancos, permitindo a injeção na economia do equivalente a 102 mil milhões de euros. As ações chinesas estão a ter o melhor começo de um ano desde 2015, segundo a Bloomberg.
Além disso, os traders estão de regresso ao trabalho, aumentando a liquidez face a um período de baixa liquidez durante o Natal e o final de ano. Os investidores aguardam agora por 15 de janeiro, dia em que os EUA e a China deverão assinar o acordo comercial parcial na Casa Branca, segundo o presidente norte-americano, Donald Trump.
Contudo, continua a haver desafios neste ínicio do ano. "O primeiro [desafio] prende-se ainda com a debilidade das economias chinesa e europeia", escrevem os analistas do BPI no comentário de bolsa, explicando que, "apesar de um ou outro sinal de esperança, estas economias ainda não apresentaram um conjunto de indícios cabais que uma recuperação sólida está no horizonte".
"Neste contexto, a economia americana continua a ser um oásis de resiliência mas a duração da sua expansão começa a desafiar a média histórica", apontam.
Em Lisboa, a maior parte das cotadas também está no verde. O PSI-20 avança 0,57% para os 5.243,91 pontos na primeira sessão do ano, após ter valorizado mais de 10% em 2019.
Juros portugueses sobem para máximos de julho
PSI-20 valoriza 0,57% para os 5.243,91 pontos
Stoxx 600 soma 0,86% para os 419,4 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,7 pontos base para 0,46%
Euro desvaloriza 0,01% para 1,1211 dólares
Petróleo em Londres avança 0,79% para os 66,52 dólares por barril
Após ano histórico, bolsas europeias prolongam ganhos no arranque de 2020
Em 2019, as bolsas europeias registaram ganhos superiores a 20%, a maior valorização desde 2009. Na primeira sessão do novo ano, as ações europeias seguem pelo mesmo caminho ao valorizar no arranque desta quinta-feira, 2 de janeiro.
A impulsionar os mercados bolsistas no início de 2020 está a decisão do banco central chinês de reduzir as exigências para os rácios de capital dos bancos, permitindo a injeção na economia do equivalente a 102 mil milhões de euros. As ações chinesas estão a ter o melhor começo de um ano desde 2015, segundo a Bloomberg.
Além disso, os traders estão de regresso ao trabalho, aumentando a liquidez face a um período de baixa liquidez durante o Natal e o final de ano. Os investidores aguardam agora por 15 de janeiro, dia em que os EUA e a China deverão assinar o acordo comercial parcial na Casa Branca, segundo o presidente norte-americano, Donald Trump.
Contudo, continua a haver desafios neste ínicio do ano. "O primeiro [desafio] prende-se ainda com a debilidade das economias chinesa e europeia", escrevem os analistas do BPI no comentário de bolsa, explicando que, "apesar de um ou outro sinal de esperança, estas economias ainda não apresentaram um conjunto de indícios cabais que uma recuperação sólida está no horizonte".
"Neste contexto, a economia americana continua a ser um oásis de resiliência mas a duração da sua expansão começa a desafiar a média histórica", apontam.
Em Lisboa, a maior parte das cotadas também está no verde. O PSI-20 avança 0,57% para os 5.243,91 pontos na primeira sessão do ano, após ter valorizado mais de 10% em 2019.
Juros portugueses sobem para máximos de julho
Após um ano histórico em que a redução dos juros diretores pelos bancos centrais levou os juros das dívidas soberanas para mínimos históricos, o mercado secundário fechou 2019 e arranca 2020 com uma subida generalizada dos juros soberanos a dez anos na Europa.
Os juros da dívida alemã a dez anos, que servem de referência para o restante mercado europeu, estão a subir 1,3 pontos base para os -0,175%, atingindo o nível mais alto desde maio de 2019. No quarto trimestre de 2019, as 'yields' associadas às 'bunds' registaram a maior subida trimestral desde 2013.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos seguem o mesmo caminho: sobem 2,7 pontos base para 0,46%, atingindo o nível mais elevado desde julho de 2019.
A contribuir para este desempenho está a expectativa de redução das incertezas a nível mundial, em particular as tensões comerciais entre os EUA e a China, e de estabilização do crescimento económico, o que deverá impulsionar a inflação e dar alguma folga aos bancos centrais depois de um ano em que a sua intervenção foi constante.
Euro praticamente inalterado
A divisa europeia está praticamente inalterada face ao dólar, depois de em dezembro ter atingido máximos de quatro meses devido aos fluxos de encerramento do ano e da menor liquidez do mercado, a qual dá espaço a movimentos mais bruscos na negociação de divisas. O quarto trimestre de 2019 do euro foi o melhor trimestre em dois anos. O euro cede 0,01% para os 1,1211 dólares.
Petróleo sobe com otimismo comercial a compensar tensão no Médio Oriente
O petróleo começou 2020 em terreno positivo depois de ter registado a maior valorização anual em três anos. A dar um impulso à cotação está a notícia da Reuters de que os inventários de crude nos EUA baixaram 7,8 milhões de barris na semana passada. Os dados oficias vão ser divulgados amanhã.
Para já, o efeito da queda dos stocks aliado ao otimismo comercial está a impulsionar o petróleo. Contudo, o aumento das tensões no Iraque já levaram a oscilações na cotação do barril, sendo que a situação continua a ser monitorizada pelos investidores.
Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 0,57% para os 61,41 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, avança 0,79% para os 66,52 dólares por barril.
Ouro continua a subir após melhor ano desde 2010
O metal precioso começa o ano tal como terminou o anterior: no verde. O ouro está a valorizar após ter tido em 2019 a maior subida desde 2010. A beneficiar a cotação do ouro está a desvalorização do dólar, com a divisa norte-americana perto de mínimos de nove meses face a um cabaz das principais divisas mundiais.
Segundo a Bloomberg, o ouro também poderá estar a beneficiar das declarações do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, que disse que não está obrigado a parar com os testes de mísseis e que anunciou o lançamento de uma nova "arma estratégia" para breve.
Neste momento, o ouro valoriza 0,19% para os 1.520,16 dólares por onça, acumulando quatro sessões consecutivas de ganhos.
Os juros da dívida alemã a dez anos, que servem de referência para o restante mercado europeu, estão a subir 1,3 pontos base para os -0,175%, atingindo o nível mais alto desde maio de 2019. No quarto trimestre de 2019, as 'yields' associadas às 'bunds' registaram a maior subida trimestral desde 2013.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos seguem o mesmo caminho: sobem 2,7 pontos base para 0,46%, atingindo o nível mais elevado desde julho de 2019.
A contribuir para este desempenho está a expectativa de redução das incertezas a nível mundial, em particular as tensões comerciais entre os EUA e a China, e de estabilização do crescimento económico, o que deverá impulsionar a inflação e dar alguma folga aos bancos centrais depois de um ano em que a sua intervenção foi constante.
Euro praticamente inalterado
A divisa europeia está praticamente inalterada face ao dólar, depois de em dezembro ter atingido máximos de quatro meses devido aos fluxos de encerramento do ano e da menor liquidez do mercado, a qual dá espaço a movimentos mais bruscos na negociação de divisas. O quarto trimestre de 2019 do euro foi o melhor trimestre em dois anos. O euro cede 0,01% para os 1,1211 dólares.
Petróleo sobe com otimismo comercial a compensar tensão no Médio Oriente
O petróleo começou 2020 em terreno positivo depois de ter registado a maior valorização anual em três anos. A dar um impulso à cotação está a notícia da Reuters de que os inventários de crude nos EUA baixaram 7,8 milhões de barris na semana passada. Os dados oficias vão ser divulgados amanhã.
Para já, o efeito da queda dos stocks aliado ao otimismo comercial está a impulsionar o petróleo. Contudo, o aumento das tensões no Iraque já levaram a oscilações na cotação do barril, sendo que a situação continua a ser monitorizada pelos investidores.
Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 0,57% para os 61,41 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, avança 0,79% para os 66,52 dólares por barril.
Ouro continua a subir após melhor ano desde 2010
O metal precioso começa o ano tal como terminou o anterior: no verde. O ouro está a valorizar após ter tido em 2019 a maior subida desde 2010. A beneficiar a cotação do ouro está a desvalorização do dólar, com a divisa norte-americana perto de mínimos de nove meses face a um cabaz das principais divisas mundiais.
Segundo a Bloomberg, o ouro também poderá estar a beneficiar das declarações do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, que disse que não está obrigado a parar com os testes de mísseis e que anunciou o lançamento de uma nova "arma estratégia" para breve.
Neste momento, o ouro valoriza 0,19% para os 1.520,16 dólares por onça, acumulando quatro sessões consecutivas de ganhos.