Notícia
Banco central chinês arranca 2020 com injeção de liquidez na economia
Mais uma vez, o Banco Popular da China vai reduzir os rácios de capital que são exigidos aos bancos para aumentar a liquidez na economia, arrancando o novo ano com estímulos.
O banco central chinês vai reduzir os requisitos de capital dos bancos a partir de 6 de janeiro, começando o novo ano com mais estímulos para a economia. Este é um sinal de que continuará a aliviar as condições de financiamento das empresas em 2020.
Os rácios de capital exigidos terão uma redução de 50 pontos base, segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira, 1 de janeiro, no site do banco central, citado pela Bloomberg. Atualmente o rácio é de 13% para bancos grandes e 11% para bancos pequenos.
A expectativa é que a redução destas exigências "liberte" o equivalente a 102 mil milhões de euros para a economia chinesa. O corte fará com que haja mais capital disponível, baixando os custos de financiamento para empresas e particulares.
Face a esta notícia, as ações chinesas estão a subir em antecipação, caminhando para a melhor abertura do ano desde 2015. O índice de Xangai estava a subir mais de 1%.
Esta estratégia de reduzir a "almofada" dos bancos tem sido seguida pelo banco central como forma de combater a desaceleração económica do país. Em 2019, o Banco Popular da China baixou estes requisitos pelo menos três vezes.
Numa antecipação da Bloomberg sobre o que esperar dos bancos centrais em 2020, a expectativa face ao banco central chinês era de mais estímulos na economia - mas de forma suave - caso o PIB trave ainda mais.
Recorde-se que a "libertação" deste capital poderá pressionar a moeda chinesa, o renminbi (se há mais oferta e a procura ficar inalterada, a moeda tende a desvalorizar), enfraquecendo-a face ao dólar, o que poderá antagonizar os EUA numa altura de convergência nas negociações comerciais.