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Abertura dos mercados: Bolsas sobem à boleia dos EUA e dólar cai com receios de proteccionismo

As bolsas europeias estão a valorizar pela terceira sessão consecutiva depois dos máximos de Wall Street. Já os juros da dívida estão a disparar em Itália e Portugal, antes do Eurogrupo desta tarde. O petróleo sobe e o ouro cai.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,38% para 4.590,97 pontos

Stoxx 600 ganha 0,39% para 368,01 pontos

Nikkei valorizou 1,81% para 19.402,39 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 7,4 pontos base para 4,060%

Euro recua 0,08% para 1,0739 dólares

Petróleo em Londres sobe 0,85% para 55,55 dólares o barril

 

Bolsas europeias sobem após máximos de Wall Street

As bolsas europeias estão a valorizar pela terceira sessão consecutiva esta quinta-feira, 26 de Janeiro, depois de os três principais índices norte-americanos terem atingido novos máximos na sessão de ontem. O industrial Dow Jones superou mesmo a barreira dos 20 mil pontos pela primeira vez na história, o que também impulsionou um rally nas bolsas asiáticas.

 

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,39% para 368,01 pontos, animado sobretudo pelas cotadas do sector bancário e da saúde.

 

Por cá, o PSI-20 sobe 0,38% para 4.590,97 pontos, impulsionado pela EDP e pelas cotadas do sector da pasta e do papel. A eléctrica sobe 1,92% para 2,754 euros, enquanto a Semapa e a Navigator ganham mais de 2%.

 

Juros portugueses disparam antes do Eurogrupo

Os juros da dívida portuguesa estão a subir, antes de os ministros das Finanças da Zona Euro se reunirem em Bruxelas, esta tarde, tendo na agenda o programa de resgate à Grécia, e a situação económica e financeira de Portugal, Espanha e Irlanda. Uma fonte da União Europeia avançou ontem que os responsáveis deverão transmitir a Centeno as suas preocupações com o sistema bancário português. 

 

Os juros da dívida portuguesa a dez anos escalam 7,4 pontos base para 4,060%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, sobem 0,1 pontos para 1,541%. Em Itália a subida é de 5,4 pontos para 2,166%.

Petróleo em alta com compromissos de cortes da OPEP

O barril de petróleo soma valor tanto em Nova Iorque como em Londres (o West Texas Intermediate ganha 0,64% para 53,09 dólares e o Brent do Mar do Norte aprecia 0,82% para55,53 dólares), numa altura em que os investidores continuam a digerir os dados resultantes dos primeiros cortes de produção com que os países da OPEP se comprometeram implementar no arranque do ano.

Apesar de os stocks de petróleo nos EUA terem aumentado na semana passada pela terceira semana consecutiva e acima do esperado pelos analistas, o ministro do petróleo do Kuwait mantém a convicção de que os produtores reunidos na OPEP vão cumprir com a redução acordada na produção, sinalizando um reequilíbrio do mercado.

 

Dólar recua com receios de proteccionismo

A nota verde cai pelo segundo dia em relação às suas principais contrapartes, pressionada pelas preocupações com os sinais de proteccionismo vindos da nova administração norte-americana, liderada por Donald Trump, nomeadamente a construção do muro com o México e a imposição de controlos à entrada de imigrantes. O índice que mede a performance face às concorrentes chegou a cair esta madrugada para 99,973, um mínimo de 8 de Dezembro.

Contudo, as quedas não são generalizadas, já que a relação é de relativa força face à moeda única europeia: o euro perde 0,08% para 1,07 dólares. Já a libra esterlina toca máximos de seis semanas (ganha 0,2% para 1,2663 dólares), com os investidores à espera de dados que deverão demonstrar um abrandamento da economia britânica na recta final de 2016.

Ouro cai pelo terceiro dia

O ouro está a negociar no vermelho pela terceira sessão consecutiva, numa altura em que as acções norte-americanas estão em máximos, retirando atractividade ao metal precioso. O ouro cai 0,24% para 1.197,78 dólares por onça, enquanto a prata desce 0,23% para 16,9591 dólares.

Segundo o BNP Paribas, a Fed deverá acelerar a subida dos juros a partir do segundo semestre deste ano, com aumentos em cada trimestre de 2018, o que deverá levar o ouro a recuar para a casa dos mil dólares.

(Notícia alterada às 9:43 com alteração de título para referência ao comportamento das bolsas e do dólar)

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