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Abertura dos mercados: Bolsas no vermelho e petróleo trava ganhos

As principais bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo, isto a poucos dias do referendo em Itália. Depois das fortes valorizações de ontem, os preços do petróleo negoceiam sem uma tendência definida.

01 de Dezembro de 2016 às 09:42
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Os mercados em números
PSI-20 desce 0,66% para 4.425,38 pontos
Stoxx 600 perde 0,31% para 340,94 pontos
Nikkei valorizou 1,12% para 18.513,12 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos somam um ponto base para 3,720%
Euro soma 0,27% para 1,0617 dólares
Petróleo em Londres soma 0,19% para 51,94 dólares o barril


Bolsas com sinal menos
O arranque da sessão bolsista na Europa foi marcado por um comportamento negativo das principais praças. Um comportamento que se mantém no Velho Continente. O principal índice grego lidera as quedas, recuando 1,06%, seguido pelo principal índice holandês e pelo PSI-20, ambos a desvalorizarem 0,66%. Na bolsa nacional, destaque para as acções da Jerónimo Martins que descem 1,78% para 14,645 euros. 

 

Esta evolução das principais praças europeias ocorre numa altura em que os investidores estão de olhos postos em Itália e no referendo que se realiza no próximo domingo. Os eleitores italianos vão decidir sobre a reforma constitucional proposta pelo primeiro-ministro, Matteo Renzi. Se esta reforma for rejeitada, os analistas apontam para que as obrigações italianas e os títulos dos seus bancos sejam alvo de grande volatilidade – além da instabilidade política que daí advirá, uma vez que Renzi admitiu que se demitirá se o "não" ganhar.

Na Ásia, o dia foi de ganhos. As acções foram animadas pela acordo alcançado entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que visa cortar a produção da matéria-prima.


Juros em alta


Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário estão a subir. A dez anos, prazo considerado como de referência, os juros somam 1 ponto base para 3,720%. No caso da dívida italiana, na mesma maturidade, as "yields" crescem 1,1 pontos base para 1,999%. E a dívida espanhola a dez anos avançam 2,1 pontos base para 1,572%. A dívida alemã a uma década sobem 2,9 pontos base para 0,304%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 337,5 pontos.


Nas últimas semanas as taxas de juro têm mostrado uma tendência de subida a nível global, após as apostas de um regresso da inflação nos EUA. No caso da Zona Euro, além desse factor, os riscos políticos estão também os investidores cautelosos. Este domingo, Itália realiza um referendo em que um "não" poderá provocar uma crise política, causando turbulência nos mercados de dívida. As obrigações portuguesas são das mais expostas a esse risco, segundo os analistas do Société Générale e do Commerzbank.

Euro ganha face ao dólar
A moeda da Zona Euro está a cresce face ao dólar, recuperando assim das perdas recentes. Por esta altura, o euro cresce 0,27% para 1,0617 dólares.


Nota ainda no mercado cambial, para o dólar que está a recuar face ao iene, depois de ter atingido máximos de nove meses relativamente a esta divisa. Esta evolução tem lugar numa altura em que os investidores aguardam pela divulgação de dados do emprego nos Estados Unidos. O referendo do próximo domingo em Itália está também a ser aguardado com alguma expectativa pelo mercado.


Petróleo sem tendência definida depois de acordo

Depois das fortes valorizações do petróleo na sessão de ontem, a matéria-prima negoceia sem uma tendência definida nesta primeira sessão de Dezembro. O West Texas Intermediate desce 0,02% para 49,43 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações nacionais, cresce 0,19% para 51,94 dólares por barril.


A OPEP alcançou esta quarta-feira um acordo para cortar a produção da matéria-prima em 1,2 milhões de barris por dia. Esta é a primeira diminuição em oito anos. À luz deste acordo, o cartel passa assim a produzir, no total, 32,5 milhões de barris por dia, como confirmou o ministro iraniano do Petróleo. O banco de investimento Goldman Sachs e o Morgan Stanley avançaram já, de acordo com a Bloomberg, que os preços podem subir até aos 60 dólares por barril.


Ouro próximo do valor mais baixo em quase 10 meses
A cotação do ouro tocou, na sessão de hoje, no valor mais baixo desde o início de Fevereiro deste ano. O metal amarelo está a ser penalizado pelas perspectivas de uma subida dos custos dos empréstimos, numa altura em que muitos antecipam que a Reserva Federal dos Estados Unidos vai subir os juros já este mês. Além disso, as mais recentes perspectivas para o crescimento económico, que surgiram com a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA, estão também a pressionar a matéria-prima. O ouro para entrega imediata cai 0,20% para 1.170,90 dólares por onça. Contudo, durante a sessão recuou até aos 1.162,31 dólares por onça, o que representa o valor mais baixo desde 5 de Fevereiro.

 

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