Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas e euro sobem à boleia do BCE
As bolsas europeias estão a negociar em alta ligeira animadas pelas palavras mais optimistas do presidente do BCE, que também animam a moeda única. O petróleo sobe, após fortes quedas e o ouro segue em mínimos de Janeiro.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,28% para 4.653,77 pontos
Stoxx 600 ganha 0,25% para 373,82 pontos
Nikkei valorizou 1,48% para 19.604,61 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,8 pontos para 4,046%
Euro valoriza 0,37% para 1,0616 dólares
Petróleo em Londres avança 0,63% para 52,52 dólares o barril
Draghi anima bolsas europeias
As bolsas europeias estão a negociar em alta esta sexta-feira, 10 de Março, animadas pelas palavras de Mario Drahi após a reunião mensal do BCE, realizada ontem.
O presidente da autoridade monetária mostrou-se mais optimismo em relação à evolução económica da Zona Euro, ainda que tenha considerado necessário manter os estímulos para impulsionar a inflação. Nesta reunião, o BCE manteve os juros em zero e o ritmo de compra de activos ficou inalterado.
Em Lisboa, o PSI-20 sobe 0,28% para 4.653,77 pontos, animado sobretudo pelo BCP e pela Pharol. O banco liderado por Nuno Amado ganha 1,39% para 16,07 cêntimos enquanto a antiga PT SGPS dispara 5,45% para 40,6 cêntimos.
Do lado das perdas destacam-se os CTT, que já atingiram um novo mínimo histórico, depois de terem anunciado uma quebra de 13,7% nos seus lucros, em 2016. Nesta altura, os títulos descem 3,23% para 4,849 euros.
Juros em alta nos países do euro
Os juros da dívida pública portuguesa estão a subir em todas as maturidades, acompanhando uma tendência que se estende à generalidade dos países do euro. A ‘yield’ associada às obrigações a dez anos sobe 1,8 pontos para 4,046% enquanto em Espanha, no mesmo prazo, o avanço é de 0,6 pontos para 1,845%.
Na Alemanha, os juros a dez anos agravam-se em 2,9 pontos para 0,45% e em França 2,0 pontos para 1,103%. Uma sondagem para o Les Echos, publicada esta sexta-feira, mostra que quase três quartos dos franceses estão contra a saída do país da Zona Euro e o regresso ao franco.
Euro valoriza à boleia do BCE
Tal como os índices bolsistas também a moeda única europeia está a ser animada pelas palavras do presidente do BCE, que transmitiu uma mensagem mais positiva sobre a economia da região.
Apesar de ter revisto em alta a inflação para 2017 e 2018, Draghi espera falhar a sua meta no médio prazo e, por isso, os estímulos à economia são para manter.
"Continuam a ser necessários estímulos monetários muito substanciais para gerar pressões na inflação subjacente e para suportar a inflação no médio prazo", afirmou o presidente do BCE na declaração inicial da conferência de imprensa, depois da reunião onde o banco central decidiu deixar os juros inalterados.
Em alta face à divisa norte-americana pela segunda sessão consecutiva, o euro ganha 0,38% para 1,0617 dólares.
Petróleo no verde após fortes perdas
O petróleo está a negociar em alta ligeira nos mercados internacionais, depois de ter afundado mais de 7% nas duas últimas sessões, anulando os ganhos decorrentes do acordo da OPEP para cortar a produção.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 0,75% para 49,65 dólares enquanto o Brent, transaccionado em Londres, valoriza 0,63% para 52,52 dólares.
A matéria-prima foi fortemente penalizada nas últimas sessões pelos dados que mostraram uma subida das reservas de crude dos EUA para máximos de 1982. O aumento foi superior a 8 milhões de barris, quando as estimativas apontavam para um acréscimo de apenas 2 milhões.
Ouro em mínimos do final de Janeiro
O metal precioso está a negociar no valor mais baixo desde o final de Janeiro, penalizado pela expectativa de que a Fed vai aumentar os juros já na próxima semana. Esta sexta-feira serão conhecidos os dados do emprego nos Estados Unidos - um indicador altamente valorizado pela Reserva Federal na sua análise à saúde da economia – que deverão confirmar o bom momento do mercado de trabalho, depois de ter sido revelado que o sector privado criou mais postos de trabalho do que era esperado.
Em queda pela quinta sessão consecutiva, o ouro desce 0,36% para 1.196,89 dólares por onça, o valor mais baixo desde 31 de Janeiro. Já a prata recua 0,49% para 16,8829 dólares.