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Abertura dos mercados: Aumento das tarifas arrasa bolsas e leva petróleo para mínimos de um mês

As bolsas europeias estão a descer mais de 1%, depois de Donald Trump ter anunciado um aumento das tarifas sobre a China. O petróleo cai 2% para negociar em mínimos de abril.

EPA
06 de Maio de 2019 às 09:18
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Os mercados em números

PSI-20 cai 1,18% para 5.316,29 pontos

Stoxx 600 perde 1,07% para 386,21 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,0 ponto base para 1,101%

Euro recua 0,08% para 1,1189 dólares

Petróleo em Londres desvaloriza 1,83% para 69,55 dólares o barril

 

Bolsas europeias descem mais de 1%

As bolsas europeias iniciaram a sessão desta segunda-feira, 6 de maio, em terreno negativo, penalizadas pelos receios de uma nova escalada da tensão entre os Estados Unidos e a China. Isto depois de, no domingo, Donald Trump ter anunciado que vai aumentar de 10% para 25% as tarifas aplicadas sobre 200 mil milhões de dólares de importações chinesas já a partir de sexta-feira. O anúncio, que terá tido como objetivo pressionar Pequim, pode, contudo, ter um efeito perverso: segundo a Bloomberg, o vice-primeiro-ministro chinês pode cancelar a sua deslocação a Washington, minando desta forma a possibilidade de um acordo comercial entre as duas potências.

 

Neste cenário, estão novamente instalados os receios nos mercados, com os investidores a fugirem dos ativos considerados de maior risco, como as ações, para se refugiarem nas obrigações soberanas, no dólar e no ouro. A bolsa de Xangai afundou quase 6% enquanto os índices europeus caem mais de 1%. O índice de referência para o Velho Continente, o Stoxx600, recua nesta altura 1,07% para 386,21 pontos.

 

Na bolsa nacional, o PSI-20 cai 1,18% para 5.316,29 pontos, com todas as cotadas no vermelho. Entre as maiores descidas destaca-se o BCP, a perder 2,26% para 25,06 cêntimos, e a Galp, a descer 1,64% para 14,705 euros.

 

Juros aliviam com queda das bolsas

A fuga dos mercados acionistas está a levar os investidores a refugiarem-se nas obrigações de países como a Alemanha, que vê os juros da dívida a dez anos descerem 2,0 pontos base para 0,003%. Em Portugal, a yield associada às obrigações no prazo de referência recua 1,0 ponto base para 1,101%, enquanto em Espanha o alívio é de 0,9 pontos para 0,970%. Em Itália, pelo contrário, os juros agravam-se em 1,1 pontos para 2,568%.

 

Dólar em alta ligeira

Os receios em torno do agravamento das tensões comerciais estão a beneficiar também o dólar, visto como ativo de refúgio em alturas de maior instabilidade nos mercados. O índice que mede o desempenho da moeda dos Estados Unidos face às principais divisas mundiais sobe 0,06%, enquanto o euro cai 0,08% para 1,1189 dólares.

 

Petróleo em mínimos de mais de um mês

O petróleo está a negociar em forte queda nos mercados internacionais, penalizado pela possibilidade de Donald Trump ter comprometido o esperado acordo comercial com Pequim, com a sua ameaça de tarifas adicionais sobre os bens chineses.

 

Em Londres, o Brent desce 1,83% para 69,55 dólares, enquanto em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) recua 1,99% para 60,71 dólares. Em ambos os casos as cotações estão no nível mais baixo do último mês.

 

Ouro valoriza e prata desce

Tal como o dólar, o ouro está a beneficiar do seu estatuto de ativo de refúgio, seguindo em alta ligeira. O metal precioso valoriza 0,18% para 1.281,35 dólares, enquanto a prata cai 0,57% para 14,8547 dólares.

 

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