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Abertura dos mercados: Bolsas e euro em alta. Petróleo em queda

As bolsas europeias estão a valorizar esta segunda-feira, assim, como o euro. Por outro lado, os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais penalizados nomeadamente pela actividade económica na China.

Bloomberg
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Os mercados em números

PSI-20 soma 0,87% para 5.109,77 pontos

Stoxx 600 cresce 0,31% para 343,33 pontos

Nikkei somou 1,98% para 17.865,23 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos cede 1,6 pontos base para 2,861%

Euro sobe 0,16% para 1,0847 dólares

Petróleo em Londres recua 2,58% para 35,06 dólares o barril.

Bolsas europeias

As bolsas europeias estão esta segunda-feira, 1 de Fevereiro, a negociar maioritariamente em terreno positivo. O índice PSI-20 lidera as valorizações na Europa, ao somar 0,87%, seguido do principal índice britânico, que avança 0,28%. O Stoxx 600, índice de referência, cresce 0,31%. A contrariar esta tónica positiva está a principal praça francesa, que desce 0,39%.

Na Ásia, a sessão não teve uma tendência definida. Na China, o Shanghai Composite Index, encerrou a descer 1,78% depois de terem sido revelados os dados da actividade industrial. Em queda há seis meses consecutivos, a actividade industrial chinesa atingiu, em Janeiro, o valor mais baixo dos últimos três anos e meio. Dados oficiais divulgados esta segunda-feira pelo instituto de estatística mostram que o índice de gestores de compras (PMI) caiu de 49,7 em Dezembro para 49,4 em Janeiro. Este valor ficou abaixo das previsões e é o mais baixo desde Agosto de 2012.   

No Japão, as bolsas encerraram em alta, impulsionadas pela decisão do Banco do Japão. Na passada sexta-feira, a autoridade monetária cortou a taxa que cobra aos bancos que depositem fundos junto do banco central para -0,1%. "Na reunião de política monetária de hoje [sexta-feira], o Conselho de Política do Banco do Japão decidiu introduzir um alívio monetário quantitativo e qualitativo com uma taxa de juro negativa para conseguir o objectivo de estabilidade dos preços de 2% no menor tempo possível", referiu o banco em comunicado. O Nikkei encerrou a subir 1,98% e o Topix avançou 2,14%.

Juros da dívida abaixo dos 3%

Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário estão a cair em todos os prazos. A dez anos, a maturidade considerada de referência, as "yields" estão a ceder 1,6 pontos base para 2,861%. A decisão surpreendente do Banco do Japão, que cortou a taxa de depósitos, e os dados da inflação na Zona Euro reforçaram a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) terá de anunciar mais estímulos. O que está a levar à queda das taxas das obrigações europeias.

No caso da dívida alemã, verifica-se uma queda nos juros. A dez anos, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si, recuam 0,7 pontos base para 0,318%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 253,0 pontos.

 

Euro recupera

A moeda da Zona Euro está a valorizar face à divisa norte-americana. O euro soma 0,16% para 1,0847 dólares, aliviando assim das perdas recentes. Na última sexta-feira, a moeda única da área do euro esteve a desvalorizar em relação à congénere norte-americana depois da decisão do Banco Central do Japão de cortar a taxa de juro dos depósitos o que criou no mercado a expectativa da introdução de novos estímulos na Europa. O que, por conseguinte, pressionou a evolução da moeda única.

Petróleo em queda

Os preços do petróleo estão a recuar nos mercados internacionais penalizados pelos sinais de que a actividade industrial na China está a deteriorar-se. Em queda há seis meses consecutivos, a actividade industrial chinesa atingiu, em Janeiro, o valor mais baixo dos últimos três anos e meio. Dados oficiais divulgados esta segunda-feira pelo instituto de estatística mostram que o índice de gestores de compras (PMI) caiu de 49,7 em Dezembro para 49,4 em Janeiro. 

Além disso, a penalizar a evolução da cotação da matéria-prima está o facto dos estados-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) produziram um valor recorde de petróleo. Segundo a Bloomberg, a produção do cartel subiu para 33,11 milhões de barris diários no mês passado.

O West Texas Intermediate desce 2,50% para 32,78 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, recua 2,58% para 35,06 dólares por barril.

Ouro em alta

Os sinais da deterioração da evolução da economia chinesa, agravados pela divulgação dos dados da actividade industrial, estão a fazer com que os investidores mantenham o apetite por activos considerados de refúgio, com é o caso do ouro. Assim, o ouro, para entrega imediata, soma por esta altura 0,47% para 1.123,50 dólares por onça.

Destaques do dia

BCP deve apresentar hoje primeiros lucros anuais em cinco anos. Depois de três trimestres a respirar acima da linha de água, um mau final de ano não deverá travar um balanço anual positivo para o banco liderado por Nuno Amado. É o que se verá nas contas de 2015, que são apresentadas ao final da tarde.

Depósitos das famílias atingem valor recorde no final do ano. O montante confiado pelas famílias aos bancos superou pela primeira vez a fasquia dos 140 mil milhões de euros. Dinheiro à ordem já ascende quase 27% do total.

Sonae encaixa 164 milhões com uma operação de venda e arrendamento futuro. A venda e posterior arrendamento de 12 activos de retalho alimentar em Portugal, no dia 29 de Janeiro, gerou um encaixe de 164 milhões de euros, anunciou a Sonae.

Troika chumba contas e critica falta de visão. O aval final ao Orçamento está nas mãos de Bruxelas, mas a análise técnica da troika defenderá que o documento não convence e que falta uma estratégia de médio prazo. Missão termina quarta-feira. As reuniões em Lisboa não estão a correr bem.

O que pode falhar no Orçamento de Mário Centeno? O OE parece pessimista no consumo e optimista nas exportações, o que ameaça as contas externas. Faltam garantias sobre poupanças e prudência na avaliação do efeito da retoma no défice. Equilíbrio económico e político está pressionado.

O que vai acontecer hoje
BCP apresenta resultados anuais de 2015. Depois de o BPI ter divulgado as contas anuais na semana passada, esta segunda-feira, 1 de Fevereiro, é a vez do BCP apresentar os resultados de 2015. O banco liderado por Nuno Amado deverá voltar aos lucros. O CaixaBI antecipa que a instituição financeira tenha terminado o ano com um resultado líquido de 248,4 milhões de euros, o que compara com os prejuízos de 217,9 milhões de euros fixados no ano anterior.

Mario Draghi discursa no Parlamento Europeu. Depois de ter deixado em aberto a possibilidade de aumentar os estímulos monetários na Zona Euro na reunião de Janeiro, o presidente do BCE surge esta semana em dois discursos. Mario Draghi discursa esta segunda-feira no Parlamento Europeu sobre o relatório anual do BCE, falando ainda na próxima quinta-feira em Frankfurt. O presidente da autoridade monetária europeia deverá deixar indicações sobre eventuais novos apoios.

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