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Petróleo em máximos de quase ano e meio com expectativa de mais cortes

A possibilidade de que o principal produtor entre os países da OPEP venha a cortar ainda mais a sua produção, após um acordo dos países exteriores ao cartel, impulsiona o preço do petróleo para máximos de Julho do ano passado.

Bloomberg
12 de Dezembro de 2016 às 07:43
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O valor do barril de petróleo está esta segunda-feira a transaccionar em máximos de quase um ano e meio - no valor mais alto desde Julho de 2015 - perante a expectativa de que a Arábia Saudita venha a cortar ainda mais a sua produção e depois do acordo alcançado pelos países fora do cartel da OPEP.

O preço da unidade Brent, que serve de referência para as compras nacionais em Londres, dispara 4,42% para 56,73 dólares (depois de ter estado a ganhar 6,55% para 57,89 dólares na variação mais elevada desta sessão), enquanto o West Texas Intermediate ganha 4,89% para 54,02 dólares por barril. 

Os ganhos na matéria-prima surgem depois de garantias dadas este sábado pelo ministro do Petróleo de Riade que, em Viena, deixou antever uma redução mais ambiciosa na produção, no seguimento do entendimento alcançado entre 11 países exteriores ao cartel da OPEP, incluindo México e Rússia, para reduzirem em 558 mil barris por dia no próximo ano a quantidade de petróleo extraído.  

"Posso dizer com absoluta certeza que a partir de 1 de Janeiro vamos cortar e cortar substancialmente para ficarmos abaixo do nível com que nos comprometemos a 30 de Novembro," afirmou Khalid Al-Falih, referindo-se ao corte de 1,2 milhões de barris diários acordado no final do mês passado.

Desde essa data até ao momento, o valor do preço do barril já disparou cerca de 22%, tendo em conta os 46,38 dólares registados no fecho da sessão de dia 29 de Novembro. 

Também no sábado, Al-Falih e Alexander Novak, o seu homólogo russo, revelaram que há cerca de um ano que têm estado em contacto para chegar ao acordo agora estabelecido, tendo-se encontrado várias vezes em segredo.

"Este é um nível de coordenação sem precedentes," afirmou Neil Beveridge, analista da Sanford C. Bernstein. "Tendo em conta níveis de cumprimento razoáveis, estes cortes serão suficientes para empurrar o mercado para um défice," acrescentou.
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