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Governo russo vende 19,5% da petrolífera Rosneft

O governo russo alienou 19,5% do capital da maior petrolífera do país, a Rosneft, anunciou esta quarta-feira o Kremlin.

Bloomberg
07 de Dezembro de 2016 às 20:34
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O presidente executivo da Rosneft, Igor Sechin, informou o presidente russo, Vladimir Putin, acerca da conclusão do negócio da privatização de 19,5% das acções da maior companhia petrolífera russa, declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

 

Segundo Peskov, os compradores foram o consórcio Glencore Consortium e o fundo soberano do Qatar – sendo que o negócio vai contribuir com 10,5 mil milhões de euros para o orçamento russo.

 

O negócio foi realizado numa altura em que os preços do petróleo estão a subir, depois de os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) terem chegado a acordo para reduzir a produção pela primeira vez em oito anos.

 

"A transacção foi feita numa tendência de subida dos preços do petróleo e reflecte o valor da empresa", afirmou Putin durante uma reunião com Sechin transmitida pela televisão estatal. "Desta forma, esta é uma boa altura" para o negócio, acrescentou o presidente russo.

 

Putin sublinhou que o controlo da empresa continua nas mãos do Estado russo, uma vez que controla mais de 50% do capital. O líder do Kremlin referiu ainda que este foi "o maior negócio de privatização" no sector internacional da energia este ano.

 

Antes, uma pequena e discreta empresa, a Rosneft teve uma ascensão meteórica sob a presidência de Putin. Liderada por Sechin, um dos mais poderosos aliados de Putin, a Rosneft absorveu alguns dos mais valiosos activos do setor petrolífero russo através de uma série de operações controversas.

 

A Federação Russa, que não é membro da OPEP, já garantiu que está pronta para reduzir a sua produção de petróleo em 300 mil barris por dia no primeiro semestre de 2017. 

Em Junho passado já se avançava que Putin estava a ponderar a venda parcial da Rosneft. Em cima da mesa estavam as possibilidades da Índia e da China, procurando a Rússia angariar 9,66 mil milhões de euros pelos referidos 19,5% da petrolífera estatal.

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