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Brent supera os 55 dólares pela primeira vez desde Julho de 2015
A matéria-prima está a ser animada pela possibilidade de produtores fora da OPEP se juntarem ao plano de reduzir a oferta. Desde o acordo alcançado pelo cartel, na passada quarta-feira, o Brent já acumula um ganho de quase 19%.
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais pela quarta sessão consecutiva, na sequência do acordo alcançado entre os membros da OPEP para cortar a produção na passada quarta-feira.
O Brent, transaccionado em Londres, valoriza 1,19% para 55,11 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 1,10% para 52,25 dólares. Em ambos os mercados, trata-se do valor mais elevado desde Julho de 2015.
Esta segunda-feira, a matéria-prima está a ser animada pela notícia de que a OPEP se vai reunir com produtores fora do cartel para tentar assegurar mais cortes na produção. Segundo fontes citadas pela Bloomberg, o encontro irá decorrer no sábado, em Viena.
A reunião acontece na sequência do acordo alcançado pelos membros do cartel na passada quarta-feira para reduzir a produção em 1,2 milhões de barris por dia em Janeiro. A Rússia – não pertencente ao grupo – comprometeu-se a cortar a sua oferta em 300 mil barris por dia, depois de várias semanas de negociações em que defendeu não um corte mas o congelamento da produção nos níveis actuais.
"Há um razoável grau de clareza sobre a forma como os membros da OPEP vão responder à recente decisão do grupo", refere a JBC Energy GmbH, numa nota citada pela Bloomberg. "O mesmo não pode dizer-se sobre a Rússia, muito menos sobre outros produtores fora do cartel".
Desde que foi fechado o acordo entre os membros da OPEP, o Brent já acumulou uma valorização de quase 19%, e o WTI de mais de 15%.