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OPEP estende cortes por nove meses. Petróleo cai mais de 1%

Os membros da OPEP chegaram a um entendimento, em Viena, para prolongar os cortes na produção até Março do próximo ano.

Reuters
25 de Maio de 2017 às 12:43
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Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), reunidos esta quinta-feira, 25 de Maio, em Viena, chegaram a acordo para prolongar os cortes na produção por nove meses. Os cortes, que estão em vigor desde o início do ano, terminariam no final do primeiro semestre. Com este acordo, são prolongados até Março de 2018.

O anúncio oficial foi feito pelo ministro do Petróleo do Kuwait, Issam Almarzook, que confirmou que a Nigéria e a Líbia - países que atravessam períodos de grande instabilidade polítca interna - ficam de fora do acordo, não tendo de cumprir qualquer limite à produção. Já o Irão, que no acordo original alcançado no final do ano passado pôde aumentar a sua produção, fica agora obrigado a cumprir o limite então definido.
 
O acordo abrange produtores não pertencentes ao cartel, incluindo o México e a Rússia, com Moscovo a cooperar com o cartel petrolífero pela primeira vez em 15 anos.

Antes do início da reunião, o ministro do Petróleo da Nigéria Emmanuel Kachikwu dizia, em entrevista à Bloomberg, que o prolongamento do acordo traria estabilidade aos preços. O governante admitiu que o cumprimento das reduções acordadas na oferta poria "um chão" de 50 dólares no preço do barril de petróleo, podendo até motivar uma subida de volta aos 60.

A notícia deste entendimento está, porém, a penalizar os preços da matéria-prima nos mercados internacionais. Depois de já ter estado a subir mais de 1%, o Brent, transaccionado em Londres, desce 1,13% para 53,35 dólares enquanto Em Nova Iorque, o barril de West Texas Intermediate (WTI), recua 1,38% para 50,65 dólares.

Segundo a Bloomberg, que cita vários analistas, esta descida reflecte a decepção de muitos investidores com o prolongamento deste acordo, já que esperavam um sinal mais forte por parte do cartel para estabilizar os preços, nomeadamente um aprofundamento dos cortes. Isto porque, apesar da extensão temporal, os cortes mantêm-se inalterados. 

O acordo inicial, alcançado em Novembro do ano passado, previa uma redução na produção conjunta de 1,2 milhões de barris por dia. Contudo, 11 países juntaram-se ao acordo em Dezembro, elevando para 1,8 milhões os cortes conjuntos. 

O seu efeito não foi, ainda assim, o esperado, na medida em que os inventários permaneceram elevados e a produção norte-americana aumentou. 

(Notícia actualizada às 12:50 e às 16:15 com acordo finalizado)

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