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Combustíveis ficam mais caros na segunda-feira. É a oitava semana de subidas

O gasóleo e gasolina voltam a acompanhar o petróleo no mercado internacional e deverão subir pela oitava semana consecutiva, ainda que de forma ligeira.

Neste cenário, os governos pontapeiam as metas climáticas e apoiam o investimento em combustíveis fósseis, para combater a inflação e o risco de agitação social enquanto repensam o caminho para um futuro baixo em carbono.

Apercebendo-se da subida dos preços das matérias-primas e do risco de um desastre económico devido ao calendário irrealista para a transição energética, os decisores políticos dão mais importância a sustentar a economia a curto prazo do que a salvar o ambiente a longo prazo.

Durante cinco anos, os Governos aliviam a burocracia no que toca ao investimento na produção de petróleo e durante dez anos flexibilizam os processos para a produção de gás natural, para incentivar os produtores a assegurarem abastecimentos adequados e preços razoáveis, colmatando assim a lacuna entre a energia disponível no presente e a energia limpa prevista para o futuro.
Pedro Brutt Pacheco
11 de Fevereiro de 2022 às 14:00
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Os combustíveis voltam a ficar mais caros na próxima semana, ainda que esta seja a subida mais ligeira desde meados de janeiro. Contas feitas, será o oitavo aumento semanal consecutivo, para os derivados do "ouro negro".

A partir de segunda-feira, dia 14 de fevereiro, o diesel e a gasolina deverão custar mais nos postos de abastecimento em Portugal. Tanto o gasóleo simples, como a gasolina simples 95 vão ver os preços subir cerca de um cêntimo, no caso do gasóleo para 1,641 euros por litro, enquanto a gasolina aumenta para 1,796 euros por litro.

O novo agravamento segue a tendência das últimas semanas e corresponde à subida dos preços do barril de petróleo nos mercados internacionais. A matéria-prima já tocou este ano o nível mais elevado desde 2014, amparado por uma procura acima das expectativas e por alguns constrangimentos de produção em alguns pontos do globo.

A juntar ao período pós-pandemia, também a crise geopolítica entre Rússia e Ucrânia e as negociações sobre o acordo nuclear com o Irão estão a marcar o mercado. "Estão a chegar sinais positivos das negociações nucleares com o Irão, mas, como sempre, o 'diabo' está nos detalhes, pelo que devemos esperar", sublinhou a Agência Internacional de Energia (AIE), no relatório mensal divulgado esta sexta-feira.

Neste cenário de algum alívio, o petróleo prepara-se para fechar a semana em terreno negativo. A AIE sublinhou, no entanto, que é melhor que "não fazer festas antes do tempo". Apontou a possibilidade de os preços do barril continuarem a subir por causa "da luta crónica que reina dentro da OPEP+ sobre o sim ou não sobre o aumento de produção mensal".

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI) está a valorizar 0,85% em Nova Iorque, para 90,64 dólares. Já o brent, que serve de referência ao mercado português, está subir 0,77%, com o barril a cotar nos 92,11 dólares.

Os cálculos têm por base a evolução destes dois derivados do petróleo (gasóleo e gasolina) e do euro. Mas o custo dos combustíveis na bomba dependerá sempre de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra.

Os novos preços têm em conta as variações calculadas pelo Negócios face ao preço médio praticado em Portugal esta semana e anunciado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
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