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Preços dos combustíveis voltam a subir pela sétima semana consecutiva
Desde o dia 3 de janeiro, a gasolina já aumentou sete cêntimos e o gasóleo nove cêntimos. Durante o ano passado, os preços da gasolina subiram 19% e do gasóleo 21%.
Os preços dos combustíveis vão acompanhar mais uma vez a "montanha russa" da cotação do petróleo no mercado internacional. Desde o dia 27 de dezembro que a gasolina e o gasóleo estão mais caros, sendo assim, a sétima semana consecutiva em que o preço dos derivados do "ouro negro" aumentam.
A partir de segunda-feira, dia sete de fevereiro, tanto o gasóleo como a gasolina vão custar mais nos postos de abastecimento em Portugal. No caso do gasóleo simples, os preços deverão subir cerca de um cêntimo por litro para os 1,629 euros por litro, segundo os cálculos do Negócios. Já a gasolina simples 95 sobe dois cêntimos por litro, para os 1,780 euros, seguindo a tendência das últimas semanas.
Desde o dia 3 de janeiro, a gasolina já aumentou sete cêntimos e o gasóleo nove cêntimos. Durante o ano passado, os preços da gasolina subiram 19% e do gasóleo 21%, em grande parte devido ao disparo de mais de 50% da cotação do crude nos principais mercados internacionais - naquela que é a maior subida anual desde 2009. Foi o ano de alívio pandémico, se bem que por pouco tempo. Ainda assim, a variante ómicron assusta menos em termos de impacto na procura de energia.
Esta sexta-feira, o Brent, que serve de referência às importações europeias, subiu 1,80% para 92,75 dólares por barril, renovando máximos de sete anos. Recorde-se que há uma semana, o Brent ultrapassou a barreira dos 90 dólares pela primeira vez desde outubro de 2014.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em março valoriza 1,84% para 91,93 dólares por barril.
A tempestade de inverno que está a assolar algumas regiões dos EUA e as tensões geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia não estão a deixar o barril "em paz". Como explica Carsten Fritsch, analista de "commodities" do Commerzbank numa nota de "research" citada pela Reuters, "esta subida no preço do petróleo foi desencadeada pela nova tempestade inverno no Texas que levanta preocupações sobre a possibilidade da interrupção da produção na Bacia do Permian".
Para este ano reina a incerteza sobre o aumento do preço do petróleo, havendo analistas que apontam para uma linha de suporte de 75 dólares o barril e de resistência de 85 dólares, para o brent do Mar do Norte, como aqueles que apontam para cotações na ordem dos três dígitos, como é o caso da Bloomberg Intelligence.
Os cálculos têm por base a evolução destes dois derivados do petróleo (gasóleo e gasolina) e do euro. Mas o custo dos combustíveis na bomba dependerá sempre de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra.
Os novos preços têm em conta as variações calculadas pelo Negócios face ao preço médio praticado em Portugal esta semana e anunciado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).