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Prepare a carteira: combustíveis aumentam na próxima semana

A partir de segunda-feira, dia 17 de janeiro, tanto o gasóleo como a gasolina vão custar mais nos postos de abastecimento em Portugal.

Neste cenário, os governos pontapeiam as metas climáticas e apoiam o investimento em combustíveis fósseis, para combater a inflação e o risco de agitação social enquanto repensam o caminho para um futuro baixo em carbono.

Apercebendo-se da subida dos preços das matérias-primas e do risco de um desastre económico devido ao calendário irrealista para a transição energética, os decisores políticos dão mais importância a sustentar a economia a curto prazo do que a salvar o ambiente a longo prazo.

Durante cinco anos, os Governos aliviam a burocracia no que toca ao investimento na produção de petróleo e durante dez anos flexibilizam os processos para a produção de gás natural, para incentivar os produtores a assegurarem abastecimentos adequados e preços razoáveis, colmatando assim a lacuna entre a energia disponível no presente e a energia limpa prevista para o futuro.
Pedro Brutt Pacheco
14 de Janeiro de 2022 às 15:03
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Os preços dos combustíveis vão seguir a tendência do preço do barril de petróleo no mercado internacional e aumentar na próxima semana. A partir de segunda-feira, dia 17 de janeiro, tanto o gasóleo como a gasolina vão custar mais nos postos de abastecimento em Portugal.

No caso do gasóleo simples, os preços deverão subir cerca de 2 cêntimos por litro para os 1,567 euros por litro, segundo os cálculos do Negócios. Já a gasolina simples 95 sobe cerca de um cêntimo por litro, para os 1,718 euros, seguindo a tendência das últimas semanas.

Este aumento ocorre numa altura em que o preço do barril começa a "rolar sobre as linhas vermelhas" o que levou a China e os EUA a acordarem que Pequim disponibilize mais stock de crude a partir do dia 1 de fevereiro, de forma a abrandar as cotações.

Em 2021, a gasolina aumentou 19% e o gasóleo 21%, em grande parte devido ao disparo de mais de 50% da cotação do crude nos principais mercados internacionais - naquela que é a maior subida anual desde 2009. Foi o ano de alívio pandémico, se bem que por pouco tempo. Ainda assim, a variante ómicron assusta menos em termos de impacto na procura de energia.

Para 2022 reina a incerteza sobre o aumento do preço do petróleo, havendo analistas que apontam para uma linha de suporte de 75 dólares o barril e de resistência de 85 dólares, para o brent do Mar do Norte, como aqueles que apontam para cotações na ordem dos três dígitos, como é o caso da Bloomberg Intelligence.

Ao início da tarde desta sexta-feira, o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em fevereiro  avança 0,16% para 82,25 dólares por barril. Já o contrato de fevereiro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, sobe 0,41% para 84,22 dólares.

Condutores portugueses vão pagar mais imposto em 2022

Por cá, este ano, os condutores devem contar com a redução de ISP no dia 31 de janeiro de 2022 e o congelamento da taxa de carbono em março.

No que respeita à taxa de carbono, a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro), contactada pelo Negócios, estima que os combustíveis rodoviários possam sofrer "um aumento entre 4 e 5 cêntimos por litro (sem IVA), após março de 2022, devido ao aumento de 78% no preço das licenças de emissões de CO2 face ao período anterior".

Os cálculos têm por base a evolução destes dois derivados do petróleo (gasóleo e gasolina) e do euro. Mas o custo dos combustíveis na bomba dependerá sempre de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra.

Os novos preços têm em conta as variações calculadas pelo Negócios face ao preço médio praticado em Portugal esta semana e anunciado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).

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