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Combustíveis pesam 8% nos orçamentos das famílias

Portugal ocupa a 10.ª posição no raking europeu do peso das faturas da gasolina e do gasóleo nos rendimentos das famílias. Apenas um terço do montante pago pelas famílias para abastecer pode ser explicado pela "montanha russa" do petróleo no mercado internacional.

Neste cenário, os governos pontapeiam as metas climáticas e apoiam o investimento em combustíveis fósseis, para combater a inflação e o risco de agitação social enquanto repensam o caminho para um futuro baixo em carbono. Apercebendo-se da subida dos preços das matérias-primas e do risco de um desastre económico devido ao calendário irrealista para a transição energética, os decisores políticos dão mais importância a sustentar a economia a curto prazo do que a salvar o ambiente a longo prazo. Durante cinco anos, os Governos aliviam a burocracia no que toca ao investimento na produção de petróleo e durante dez anos flexibilizam os processos para a produção de gás natural, para incentivar os produtores a assegurarem abastecimentos adequados e preços razoáveis, colmatando assim a lacuna entre a energia disponível no presente e a energia limpa prevista para o futuro.
Pedro Brutt Pacheco
Fábio Carvalho da Silva
Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt
15 de Fevereiro de 2022 às 07:00
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Há oito semanas consecutivas que os preços dos combustíveis em Portugal têm acompanhado a "montanha russa" da cotação do petróleo no mercado internacional. Atualmente, a gasolina vendida no país é a oitava mais cara do bloco europeu enquanto o gasóleo é o décimo mais caro da região.

Os rendimentos das famílias portuguesas não têm acompanhado esta evolução, pelo que ...
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