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Brent abaixo dos 60 dólares pela primeira vez desde Abril, pressionado pela situação grega

O Brent do Mar do Norte está a negociar, pela primeira vez desde Abril, abaixo dos 60 dólares por barril. A especulação que aponta que a vitória do “não” no referendo pode levar a uma saída da Grécia do euro, colocando em causa a estabilidade da região está a pressionar a negociação.

Reuters
06 de Julho de 2015 às 10:50
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Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, recua 1,56% para 59,38 dólares por barril. Esta é a primeira vez desde Abril que o Brent negoceia abaixo dos 60 dólares.

A especulação que a vitória do "não" no referendo grego às propostas dos credores pode levar a uma saída da Grécia da Zona Euro, o que pode afectar a estabilidade e o crescimento económico da região, está a pressionar o comportamento do Brent do Mar do Norte.

O referendo deu a vitória ao "não" com 61,31% dos votos e o "sim" obteve 38,69%. Os gregos rejeitaram assim as propostas dos credores. Esta segunda-feira, 6 de Julho, a banca helénica e a bolsa continuam encerrados. Por outro lado, terão lugar uma série de reuniões. A Grécia já manifestou a vontade que um acordo seja alcançado em breve.

Ainda este domingo, Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia, depois de já ser público a vitória do "não" na consulta popular, indicou que "amanhã, juntos, iremos prosseguir o esforço nacional para superar a crise". Para o conseguir, Tsipras revelou que pretendia retomar as conversações "já a partir de amanhã [esta segunda-feira]" com o objectivo de restaurar o normal "funcionamento do sistema bancário". Porém, para o vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, afirmou ontem que o primeiro-ministro grego "cortou as últimas pontes" com a Europa e que lhe é "difícil imaginar" novas negociações com Atenas depois do referendo.

"A situação da Grécia tem um impacto na confiança da procura [por petróleo]. Um acordo nuclear com o Irão representa um evento de risco negativo para o petróleo em termos de poder significar um aumento da oferta", afirmou à Bloomberg Ric Spooner, analista chefe do CMC Markets, em Sydney, Austrália.

Entretanto, o secretário de Estado norte-americano John Kerry suavizou as expectativas de um acordo nuclear com o Irão iminente numa altura em que os diplomatas encontram-se em Viena, na Áustria, para continuar as negociações quando a data limite para um acordo é esta terça-feira, 7 de Julho.

A Bloomberg, que falou com analistas, adianta ainda que a Rússia, que ambiciona ser o maior produtor de petróleo do mundo, terá muito a perder quando o Irão regressar ao mercado energético pois Teerão vai competir com Moscovo.


O West Texas Intermediate cai 3,81% para 54,76 dólares por barril.

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