Notícia
Petróleo sobe com tensão entre Arábia Saudita e Irão
Os preços do petróleo estão em alta, depois da Arábia Saudita ter cortado relações com o Irão. A matéria-prima está a negociar abaixo dos 38 dólares por barril, quer no mercado de Nova Iorque, quer em Londres.
04 de Janeiro de 2016 às 09:02
Os preços do petróleo estão a negociar esta segunda-feira, 4 de Janeiro, em alta, depois do aumento da tensão entre a Arábia Saudita e o Irão, na sequência do corte de relações diplomáticas.
O petróleo está, assim, a transaccionar acima dos 37 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e que serve de referência a Portugal, está nos 37,43 dólares por barril, a subir 0,40%. Já o WTI (West Texas Intermediate), transaccionado em Nova Iorque, está nos 37,27 dólares por barril. Ambos fixaram-se acima dos 37 dólares por barril no último dia de 2015. Seguem, assim, pela segunda sessão consecutiva em alta.
A Bloomberg atribui esta subida à tensão entre Arábia Saudita e Irão. A Arábia Saudita é o principal produtor do grupo de produtores reunidos na OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Em Dezembro, o reino saudita produziu 10,25 milhões de barris de petróleo por dia, o que ajudou a que a produção entre os membros da OPEP fosse superior a 32 milhões de barris diários. O Irão é o quinto produtor entre os membros do cartel, tendo gerado 2,7 milhões de barris de petróleo por dia no mês passado. Ainda assim, Teerão quer aumentar a sua produção assim que as sanções económicas impostas ao país forem levantadas. Os dois países estão em campos opostos em vários conflitos no Médio Oriente, desde a Síria ao Iémen.
O último ponto de discórdia levou a um corte de relações entre os dois países, depois do ataque à embaixada saudita em Teerão em protesto pela execução em Riade de Nimr Baqir al-Nimr, um dignitário xiita, e figura da contestação contra o regime saudita. Este membro xiita foi executado com outras 46 pessoas condenadas por terrorismo. E logo nesse dia, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Ansari Jaber, afirmou que a Arábia Saudita iria pagar um "preço elevado" pela execução do dignitário religioso xiita Nimr al-Nimr.
À execução seguiram-se protestos que culminaram no ataque à embaixada saudita na capital iraniana, no domingo, a que se seguiu o cortar de relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irão. "Ao decidir cortar relações, a Arábia Saudita não pode fazer esquecer o grande erro que foi executar um clérigo", declarou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir Abdollahian, segundo a agência IRNA, citada pela Lusa.
Para Ric Spooner, analista chefe da australiana CMC Markets, este crescimento das tensões entre os dois países pode ser encarado pelo mercado como um "passo para uma escalada de longo prazo dos problemas nas principais nações produtoras de petróleo". Ainda assim, o analista considera que estas tensões não acarretam problemas imediatos para a produção de petróleo.
O petróleo está, assim, a transaccionar acima dos 37 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e que serve de referência a Portugal, está nos 37,43 dólares por barril, a subir 0,40%. Já o WTI (West Texas Intermediate), transaccionado em Nova Iorque, está nos 37,27 dólares por barril. Ambos fixaram-se acima dos 37 dólares por barril no último dia de 2015. Seguem, assim, pela segunda sessão consecutiva em alta.
O último ponto de discórdia levou a um corte de relações entre os dois países, depois do ataque à embaixada saudita em Teerão em protesto pela execução em Riade de Nimr Baqir al-Nimr, um dignitário xiita, e figura da contestação contra o regime saudita. Este membro xiita foi executado com outras 46 pessoas condenadas por terrorismo. E logo nesse dia, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Ansari Jaber, afirmou que a Arábia Saudita iria pagar um "preço elevado" pela execução do dignitário religioso xiita Nimr al-Nimr.
À execução seguiram-se protestos que culminaram no ataque à embaixada saudita na capital iraniana, no domingo, a que se seguiu o cortar de relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irão. "Ao decidir cortar relações, a Arábia Saudita não pode fazer esquecer o grande erro que foi executar um clérigo", declarou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir Abdollahian, segundo a agência IRNA, citada pela Lusa.
Para Ric Spooner, analista chefe da australiana CMC Markets, este crescimento das tensões entre os dois países pode ser encarado pelo mercado como um "passo para uma escalada de longo prazo dos problemas nas principais nações produtoras de petróleo". Ainda assim, o analista considera que estas tensões não acarretam problemas imediatos para a produção de petróleo.