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Tensão entre Arábia Saudita e Irão sobe de tom
A tensão entre a Arábia Saudita e o Irão estão a subir de tom, depois dos sauditas terem cortado laços diplomáticos com o Irão que acusa a Arábia Saudita de "estar a fomentar as tensões".
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Negócios
04 de Janeiro de 2016 às 08:24
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A Arábia Saudita cortou, no domingo, as relações diplomáticas com o Irão, depois do ataque à embaixada saudita em Teerão em protesto pela execução em Riade de Nimr Baqir al-Nimr, um dignitário xiita, figura da contestação contra o regime saudita. Este membro xiita foi executado com outras 46 pessoas condenadas por terrorismo.
E logo nesse dia, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Ansari Jaber, afirmou que a Arábia Saudita iria pagar um "preço elevado" pela execução do dignitário religioso xiita Nimr al-Nimr.
À execução seguiram-se protestos que culminaram no ataque à embaixada saudita na capital iraniana, no domingo, a que se seguiu o cortar de relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irão. "Ao decidir cortar relações, a Arábia Saudita não pode fazer esquecer o grande erro que foi executar um clérigo", declarou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir Abdollahian, segundo a agência IRNA, citada pela Lusa.
A troca de acusações sucedem-se, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, através do seu porta-voz, a declarar que a Arábia Saudita está a usar o ataque à embaixada como combustível para incendiar as tensões na região. "A Arábia Saudita utilizou este incidente como desculpa para fomentar as tensões", declarou o porta-voz Hossein Jaberi Ansari, citado pela Reuters.
No sábado, uma fonte do regime saudita, não identificada, tinha declarado à Reuters que "já chega", para justificar o corte de relações depois do ataque à embaixada em Teerão, mas também indicando insatisfação com a atitude dos Estados Unidos da América que fez o acordo com o Irão, em Julho do ano passado, para que o Irão parasse com o seu programa nuclear, em troca do fim das sanções económicas.
As relações entre os dois países foram tendo ao longo do tempo altos e baixos. E depois de 1987 terem quase estado em ruptura, acabaram no final da década de 1990 por ficarem melhores depois do rei Fahd ter dados os parabéns à vitória do presidente iraniano Mohammad Khatami em 2001. Khatami visitou mesmo a Arábia Saudita em 1999, a primeira visita de um presidente iraniano desde a revolução iraniana em 1979. As relações começaram a deteriorar-se depois de 2003, quando Saddam Hussein foi deposto, conduzindo a um realinhamento de posições na região, com a chegada ao poder de uma maioria xiita. Também agora na crise síria, os dois países estão em lado opostos. A Arábia Saudita é o principal apoiante dos rebeldes que pretendem derrubar o aliado do Irão, o presidente Bashar al-Assad. Riade acusa Assad de genocídio e o Irão de ser uma força ocupante. Teerão acusa Riade de apoiar o terrorismo.
E logo nesse dia, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Ansari Jaber, afirmou que a Arábia Saudita iria pagar um "preço elevado" pela execução do dignitário religioso xiita Nimr al-Nimr.
A troca de acusações sucedem-se, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, através do seu porta-voz, a declarar que a Arábia Saudita está a usar o ataque à embaixada como combustível para incendiar as tensões na região. "A Arábia Saudita utilizou este incidente como desculpa para fomentar as tensões", declarou o porta-voz Hossein Jaberi Ansari, citado pela Reuters.
No sábado, uma fonte do regime saudita, não identificada, tinha declarado à Reuters que "já chega", para justificar o corte de relações depois do ataque à embaixada em Teerão, mas também indicando insatisfação com a atitude dos Estados Unidos da América que fez o acordo com o Irão, em Julho do ano passado, para que o Irão parasse com o seu programa nuclear, em troca do fim das sanções económicas.
As relações entre os dois países foram tendo ao longo do tempo altos e baixos. E depois de 1987 terem quase estado em ruptura, acabaram no final da década de 1990 por ficarem melhores depois do rei Fahd ter dados os parabéns à vitória do presidente iraniano Mohammad Khatami em 2001. Khatami visitou mesmo a Arábia Saudita em 1999, a primeira visita de um presidente iraniano desde a revolução iraniana em 1979. As relações começaram a deteriorar-se depois de 2003, quando Saddam Hussein foi deposto, conduzindo a um realinhamento de posições na região, com a chegada ao poder de uma maioria xiita. Também agora na crise síria, os dois países estão em lado opostos. A Arábia Saudita é o principal apoiante dos rebeldes que pretendem derrubar o aliado do Irão, o presidente Bashar al-Assad. Riade acusa Assad de genocídio e o Irão de ser uma força ocupante. Teerão acusa Riade de apoiar o terrorismo.
