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Bolsa nacional cai mais de 1,5% e acompanha perdas na Europa

A bolsa de Lisboa, à semelhança do que acontece com as principais congéneres europeias, está nesta primeira sessão de 2016 em queda. O índice alemão DAX lidera as quedas perdendo mais de 3%. Lisboa cai mais de 1,7%.

Miguel Baltazar/Negócios
04 de Janeiro de 2016 às 09:46
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A bolsa nacional está acentuar as perdas registadas no arranque da sessão. Por esta altura, o PSI-20 desce 1,76% para 5.219,44 pontos, com 15 empresas em queda e duas em alta. Entre as restantes congéneres europeias o sentimento é igualmente de perdas, com o índice alemão DAX a liderar as desvalorizações, recuando 3,20%, seguido do principal índice holandês, que desce 2,25%. O Stoxx 600, índice de referência e que engloba as 600 empresas mais importantes do Velho Continente, desce 2,13%.

Este comportamento dos índices bolsistas europeus tem lugar após uma sessão negativa no continente asiático. As praças japonesas encerraram no vermelho e na China a queda de 7% dos índices levou a bolsa a utilizar, pela primeira vez, o mecanismo automático de suspensão das negociações, criado para travar fortes volatilidades no mercado. De acordo com a Bloomberg, a forte queda das praças chinesas reacendeu no mercado os receios em torno do abrandamento económico da China e os efeitos que isso poderá ter na recuperação da economia mundial. E estes receios estão assim a penalizar a evolução das praças europeias.

Na bolsa de Lisboa, destaque pela negativa para os títulos da EDP e da Galp Energia, que são os que mais pressionam a negociação. A EDP desce 3,13% para 3,217 euros. Já a EDP Renováveis cede 0,86% para 7,188 euros. A Galp Energia recua 2,10% para 10,495 euros, numa altura em que os preços do petróleo registam uma queda ligeira depois de terem estado a ganhar terreno no arranque da sessão. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desliza 0,13% para 37,23 dólares por barril. O dia no mercado petrolífero está a ser marcado pelo corte de relações entre a Arábia Saudita e o Irão.
A REN cede 0,40% para 2,771 euros.

No retalho, a Jerónimo Martins desce 1,75% para 11,785 euros e a Sonae perde 1,24% para 1,035 euros.

A Nos cede 0,87% para 7,183 euros. A Pharol cai 3,69% para 26,1 cêntimos.

Na banca, o BCP desce 2,86% para 4,7 cêntimos. Já o BPI soma 0,37% para 1,095 euros. Este domingo foi conhecido que a Unitel avançou com uma oferta de 140 milhões por 10% do Banco de Fomento de Angola (BFA) que são detidos pelo BPI, que se for aceite permitirá à companhia de Isabel dos Santos assumir o controlo desta instituição financeira angolana.

A proposta que Isabel dos Santos apresentou ao BPI para a compra do controlo do BFA através da Unitel prevê diversas alterações ao acordo parassocial entre os dois parceiros no banco angolano. Mudanças que, nalguns casos, pretenderão garantir que a alternativa da empresária angolana seja aceite pelo Banco Central Europeu como solução para resolver o problema de excesso de concentração de riscos do BPI em Angola.

No sector do papel, a Semapa desvaloriza 1,50% para 12,505 euros. A Portucel perde 2,95% para 3,49 euros. A Altri recua 2,58% para 4,647 euros.

Na construção, a Mota-Engil desce 2,96% para 1,868 euros. A Teixeira Duarte, por outro lado, é das poucas em alta, e soma 1,91% para 32 cêntimos.

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