O Brent, negociado em Londres e preço de referência para a Europa, está a recuar 4,34% para 51,80 dólares por barril, enquanto o West Intermediate Texas, negociado em Nova Iorque, cai 4,43% para 47,02 euros por barril.

A matéria-prima corrige assim os ganhos de quase 5% registados ontem ao final da tarde, depois da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) se ter mostrado disponível para discutir com os restantes produtores "um preço justo" para a matéria-prima.

"Em última instância, vamos ter de ver provas de uma redução da produção", disse Ric Spooner, analista a CMC Markets, citado pela Bloomberg. "Estamos muito longe da OPEP concordar de facto com alguém. Um acordo como esse seria problemático uma vez que eles já consideram difícil respeitar as próprias quotas, quanto mais as de terceiros", acrescentou.

Segundo as estimativas da Bloomberg, que antecedem a divulgação dos dados da Energy Information Administration (EIA), os inventários de petróleo aumentaram em 700.000 barris a semana passada, o que tem um impacto negativo nos preços da matéria-prima.

A acrescentar aos receios de um aumento da oferta e à incerteza quanto a um acordo entre a OPEP e os restantes produtores de petróleo, estão os dados da actividade industrial chinesa, que voltaram a recuar em Agosto, elevando a expectativa de um abrandamento da procura neste mercado. O índice que mede a actividade do sector industrial da China atingiu o nível mais baixo dos últimos três anos, com o valor a indicar mesmo que o sector entrou em contracção.